Presidente do PSDB garante que está atuando forte na campanha de Daniel Coelho, atuando nos bastidores, e que participar de caminhadas não faz parte de seu estilo
Sérgio Montenegro Filho
O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, reagiu com ironia, ontem, à avaliação de que estaria ausente da campanha do candidato do PSDB à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho. Segundo ele, tal afirmação é “conversa de quem não tem o que falar”. Guerra justificou que não tem aparecido nos eventos de rua promovidos pelo concorrente tucano à PCR por não ser “seu estilo” participar de caminhadas. Para ele, o único instrumento que define as condições de vitória de um candidato é o guia eleitoral de TV e rádio, que começa no dia 21 de agosto.
Em entrevista à Rádio JC/CNB, Sérgio Guerra lembrou que na sua própria campanha para deputado federal, em 2010, só esteve presente durante 22 dias no Estado. O resto do tempo ele dedicou à coordenação da campanha do presidenciável do PSDB, José Serra, derrotado por Dilma Rousseff (PT). Mas garantiu estar contribuindo para a campanha de Daniel nos bastidores, participando de reuniões com a coordenação, marketing e comitê financeiro, colaborando na arrecadação de fundos. “Em alguns momentos irei caminhar com Daniel. Sou amigo dele e tenho feito o que posso para ajudá-lo”, acrescentou.
Sérgio Guerra também rechaçou a tese de que a candidatura de Daniel possa servir como “linha auxiliar” do palanque de Geraldo Julio (PSB), articulada pelo governador Eduardo Campos (PSB), de quem é amigo pessoal. “Eduardo sempre defendeu que eu apoiasse Mendonça Filho (DEM), mas o PSDB tem um nome e está de fato na disputa”, disse, acrescentando que, na sua opinião, somente Daniel e Geraldo Julio ainda teriam chance de ampliar seus índices nas pesquisas, sobretudo após o início dos programas de TV e rádio. Humberto Costa (PT) e Mendonça, segundo avalia, já chegaram ao “teto” máximo que poderiam atingir. O deputado só não quis antecipar quem seria seu aliado preferencial no caso de Daniel Coelho não chegar a um segundo turno, mas deu uma dica, ao lembrar que há uma resolução interna do PSDB de evitar alianças com os petistas.
Questionado sobre a reaproximação entre Eduardo Campos e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) – seu ex-aliado e hoje principal desafeto político –, Sérgio Guerra admitiu ter ficado surpreso, embora acreditasse que isso viesse a acontecer antes de 2014. Ao comentar como está sua relação com Jarbas, o deputado tratou a questão com certa distância. “Não tenho nada contra ele. Até o admiro muito. Foi o pessoal dele que ficou dizendo que iríamos aderir ao governo Eduardo. O tempo provou o contrário”, afirmou. E adotou um tom de ironia ao ser indagado se Jarbas teria rompido com ele por causa das acusações de que o PSDB fez “corpo mole” na sua campanha. “Jarbas dizer isso seria uma grande bobagem. Quem fez corpo mole foram três milhões de eleitores, que não quiseram votar nele”, concluiu.
Caminhada
Ontem à tarde, Daniel Coelho realizou sua primeira caminhada pelo Centro do Recife. Saindo da Praça Maciel Pinheiro, o tucano percorreu toca a rua da Imperatriz, atravessou a ponte em direção à rua Nova e encerrou o trajeto na Praça da República onde fez um breve discurso. Lá, voltou a criticar as ações da prefeitura no Centro, especial em relação às calçadas e à coleta de lixo.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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