Pedro Venceslau - O Estado de S Paulo
Após quase uma semana sem participar de eventos públicos, o senador Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, vai retomar hoje sua agenda de campanha na favela do Vidigal, no Rio.
O tucano cancelou diversas agendas desde domingo, quando o jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem sobre a construção de um aeroporto em um terreno que pertenceu ao tio-avô de Aécio, Múcio Guimarães Tolentino. Ontem, o Estado revelou que o local já havia recebido dinheiro do governo de Minas também em 1983, quando o governador era Tancredo Neves, avô de Aécio - na época, o Estado pagou a construção de uma pista de terra para pousos e decolagens no local.
Nos últimos cinco dias, o candidato participou de apenas um evento, em Minas. Na terça-feira, reuniu-se no comitê com pessoas com deficiência e na sequência fez uma declaração à imprensa, mas não respondeu perguntas dos jornalistas.
Ontem, Aécio era esperado no "Ano Profético", principal atividade da igreja evangélica Sara Nossa Terra, mas viajou para o Rio e enviou seu candidato à vice, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para representá-lo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, e o ex-governador José Serra (PSDB), que disputa o Senado, participaram do ato.
Aécio tem feito sua defesa por meio das redes sociais e por notas divulgadas no site da campanha. Ele alega que o terreno onde está o aeroporto foi desapropriado e classifica como ação "puramente eleitoreira" o pedido do PT para que o procurador-geral da República apure prática de ato de improbidade administrativa em sua gestão no governo mineiro.
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