Pré-candidato do PSDB, sigla à qual Parente era ligado, Alckmin pediu que não se desperdice ‘recuperação’ da estatal
- O Estado de S. Paulo.
Nas horas que seguiram o pedido de demissão do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, pré-candidatos ao Planalto se dividiram na defesa de sua gestão e na comemoração de sua saída da estatal.
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, poupou o ex-dirigente da estatal, ligado as tucanos. Em seu Twitter, disse que não se pode “desperdiçar o trabalho de recuperação da Petrobrás”, mas defendeu uma política de preços da Petrobrás que “proteja” melhor os consumidores. O pré-candidato do PRB, Flávio Rocha, disse, também nas redes sociais, que “Parente repassou o alto custo da ineficiência (das gestões petistas)”.
Já o empresário João Amoêdo (Novo) e o senador Álvaro Dias (Podemos) fizeram defesas mais enfáticas. Nas redes sociais, o primeiro lamentou que “a velha política afasta os bons profissionais”, e o segundo disse que Parente foi “a primeira vítima” da greve.
Em tom moderado, Marina Silva (Rede) reconheceu que a gestão do ex-presidente da estatal foi bem avaliada pelo mercado, mas ponderou que “faltou sensibilidade ao repassar o aumento do preço do combustível direto ao consumidor”.
Os três presidenciáveis que cobraram publicamente a saída de Parente do comando da estatal comemoraram ontem nas redes sociais: Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL).
No Twitter, a pré-candidata atribuiu a demissão à pressão popular. Manuela também compartilhou uma foto de Parente com um chavão atribuído à então presidente Dilma Rousseff, na época do impeachment: “Tchau, querido”. No mesmo tom, Boulos disse que Parente “já vai tarde” e defendeu que a “desastrosa política de preços da Petrobrás e a privatização branca” causaram estrago e o brasileiro “está sentindo no bolso”.
Em vídeo, Ciro Gomes celebrou a saída do dirigente, mas disse que “não basta”. “É preciso exigir que a política de preços que ele impôs seja trocada”, afirmou. Ex-tucano, Ciro reforçou ainda a ligação de Parente com o PSDB. Ele classificou o aumento do preço na gasolina, segundo “falta de respeito” e “política do PSDB”.
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