Eliane Cantanhêde
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - EUA, Alemanha e todo o mundo já admitem claramente um crescimento menor em 2009.
Dificilmente o Brasil escapa dessa, apesar de o ministro Guido Mantega (Fazenda) insistir num índice de 4% a 4,5%. É alegre demais.
Num ambiente de recessão internacional, a oferta de dinheiro, os negócios em geral e a demanda por commodities minguam. Como o Brasil vai passar ileso? No setor agrícola, já se fala de uma queda na produção de 40%. Não é pouco.
O país pegou a onda positiva mundial em boas condições internas, e o governo Lula aproveitou bem o momento. Houve aumento de investimentos, de empregos e de salários de várias categorias. Agora o clima é outro, muito diferente. E, como nas Bolsas, quem ganhou ganhou, quem não ganhou vai ficar chupando o dedo.
Bancários e policiais civis paulistas, por exemplo, decidiram exigir sua fatia do bolo exatamente quando a festa está acabando. É possível que haja muitas outras categorias assim, que viram os bons índices, ouviram o estouro da champanhe e agora queiram forçar a barra e a porta. Mas tarde demais.
No caso de São Paulo, há uma mistura explosiva de economia, política e eleição, perceptível à distância. Não é nem trivial nem aceitável policiais armados tentando cercar um palácio de governo que são pagos para defender. E o que dizer de um confronto entre policiais civis e policiais militares em praça pública, envolvendo viaturas oficiais e bombas de gás lacrimogêneo? Imagens de guerra na TV.
A crise financeira chegou às Bolsas, ao real, às empresas, à confiança. A eleição municipal descamba para golpes baixos. Bancários parados. Policiais civis e militares se estranhando em praça pública. E novas greves devem vir por aí. O clima é tenso. Convém aos que tenham responsabilidade pública parar de dar versões cor-de-rosa e a todos os lados que adiem, "sine die", a disputa sangrenta de 2010.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - EUA, Alemanha e todo o mundo já admitem claramente um crescimento menor em 2009.
Dificilmente o Brasil escapa dessa, apesar de o ministro Guido Mantega (Fazenda) insistir num índice de 4% a 4,5%. É alegre demais.
Num ambiente de recessão internacional, a oferta de dinheiro, os negócios em geral e a demanda por commodities minguam. Como o Brasil vai passar ileso? No setor agrícola, já se fala de uma queda na produção de 40%. Não é pouco.
O país pegou a onda positiva mundial em boas condições internas, e o governo Lula aproveitou bem o momento. Houve aumento de investimentos, de empregos e de salários de várias categorias. Agora o clima é outro, muito diferente. E, como nas Bolsas, quem ganhou ganhou, quem não ganhou vai ficar chupando o dedo.
Bancários e policiais civis paulistas, por exemplo, decidiram exigir sua fatia do bolo exatamente quando a festa está acabando. É possível que haja muitas outras categorias assim, que viram os bons índices, ouviram o estouro da champanhe e agora queiram forçar a barra e a porta. Mas tarde demais.
No caso de São Paulo, há uma mistura explosiva de economia, política e eleição, perceptível à distância. Não é nem trivial nem aceitável policiais armados tentando cercar um palácio de governo que são pagos para defender. E o que dizer de um confronto entre policiais civis e policiais militares em praça pública, envolvendo viaturas oficiais e bombas de gás lacrimogêneo? Imagens de guerra na TV.
A crise financeira chegou às Bolsas, ao real, às empresas, à confiança. A eleição municipal descamba para golpes baixos. Bancários parados. Policiais civis e militares se estranhando em praça pública. E novas greves devem vir por aí. O clima é tenso. Convém aos que tenham responsabilidade pública parar de dar versões cor-de-rosa e a todos os lados que adiem, "sine die", a disputa sangrenta de 2010.
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