DEU EM O GLOBO
ELEIÇÕES 2010:
PSDB confirma que governador e assessores não receberão salário do partido durante a campanha
Ideia é que evento não tenha militância nem palanque e que apenas o candidato e presidentes de partidos discursem
Adriana Vasconcelos e Maria Lima
BRASÍLIA. Na expectativa do lançamento da candidatura do governador José Serra à Presidência da República, PSDB, DEM e PPS reuniram-se ontem para acertar detalhes dos preparativos da festa marcada para o próximo dia 10. A ideia é promover um evento fora dos padrões tradicionais da política brasileira, sem palanque ou militância paga, com pouquíssimos oradores e público representativo. A princípio, estão previstos discursos apenas dos presidentes do três partidos de oposição e do candidato, deixando de fora estrelas tucanas como o ex-presidente Fernando Henrique.
Esse seria o sinal mais claro de que a oposição não pretende alimentar a estratégia do PT de estimular uma comparação entre os governos Lula e de FH.
- A mensagem principal será a do candidato. Será a palavra de um líder, para parar e ouvir - antecipou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
PSDB espera a presença de Jarbas Vasconcelos, do PMDB
O convite para o evento, que já começou a ser distribuído por email, será para um Encontro Nacional do PSDB, DEM e PPS, e não para uma convenção. O palco escolhido - por coincidência, o mesmo que será usado pelo governo para lançar dia 29 o chamado PAC-2 - será o Centro Empresarial Brasil 21. Só com o aluguel do espaço, o PSDB desembolsará R$18 mil.
O público representativo, na expectativa do PSDB, contará com pelo menos 500 prefeitos, bancadas federais, deputados estaduais, vereadores e governadores tucanos, do DEM, PPS e até representantes de partidos governistas como o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, e o senador Jarbas Vasconcelos, ambos do PMDB. Está prevista a presença de empresários, intelectuais, artistas e nomes de entidades civis alinhados com a campanha da oposição.
Sem a estrutura do governo de São Paulo a partir da próxima semana, Serra terá de sobreviver com as próprias economias nos três meses da pré-campanha. Respondendo ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, que quis saber quem vai bancar as despesas de Serra, dirigentes do PSDB informaram ontem que o partido não vai pagar seus salários, de assessores e nem alugar casa e imóveis para escritório.
Guerra confirmou, entretanto, que caberá ao partido custear todas as despesas de atividades partidárias que o pré-candidato cumprir até julho, quando começa a campanha oficial, inclusive aluguel de jatinhos.
Como o governador tem imóvel próprio em São Paulo, não será necessário o aluguel de casa para ele e a família. Quando viajar a Brasília, ficará em hotel, usando a estrutura de carros e servidores do PSDB na capital.
- Não é da nossa tradição, no PSDB, pagar salários para dirigentes e candidato. Nem membro do diretório pode receber remuneração, a menos que tenha uma função partidária. Temos inclusive curiosidade de saber como o PT vai contabilizar isso - disse Guerra.
O vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas, disseque Serra já teria declarado que não quer receber salário do PSDB.
- Ele pode muito bem ter reservas acumuladas com o trabalho ao longo da vida, ou achar que está prestando um serviço público - disse Eduardo Jorge, lembrando que nem Serra, em 2002, nem Geraldo Alckmin, em 2006, receberam salários do PSDB.
A campanha de Serra não terá um tesoureiro apenas. Será criado um comitê financeiro formado por três notáveis. No organograma que está sendo fechado, a coordenação política ficará a cargo de Sérgio Guerra, completada por um conselho político formado por representantes dos partidos. Haverá coordenadores regionais. O comitê central será em Brasília - em local ainda a definir - e haverá um comitê em São Paulo, onde ficará concentrada a parte de marketing e programas de TV. O marqueteiro deverá ser Luiz Gonzalez.
ELEIÇÕES 2010:
PSDB confirma que governador e assessores não receberão salário do partido durante a campanha
Ideia é que evento não tenha militância nem palanque e que apenas o candidato e presidentes de partidos discursem
Adriana Vasconcelos e Maria Lima
BRASÍLIA. Na expectativa do lançamento da candidatura do governador José Serra à Presidência da República, PSDB, DEM e PPS reuniram-se ontem para acertar detalhes dos preparativos da festa marcada para o próximo dia 10. A ideia é promover um evento fora dos padrões tradicionais da política brasileira, sem palanque ou militância paga, com pouquíssimos oradores e público representativo. A princípio, estão previstos discursos apenas dos presidentes do três partidos de oposição e do candidato, deixando de fora estrelas tucanas como o ex-presidente Fernando Henrique.
Esse seria o sinal mais claro de que a oposição não pretende alimentar a estratégia do PT de estimular uma comparação entre os governos Lula e de FH.
- A mensagem principal será a do candidato. Será a palavra de um líder, para parar e ouvir - antecipou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
PSDB espera a presença de Jarbas Vasconcelos, do PMDB
O convite para o evento, que já começou a ser distribuído por email, será para um Encontro Nacional do PSDB, DEM e PPS, e não para uma convenção. O palco escolhido - por coincidência, o mesmo que será usado pelo governo para lançar dia 29 o chamado PAC-2 - será o Centro Empresarial Brasil 21. Só com o aluguel do espaço, o PSDB desembolsará R$18 mil.
O público representativo, na expectativa do PSDB, contará com pelo menos 500 prefeitos, bancadas federais, deputados estaduais, vereadores e governadores tucanos, do DEM, PPS e até representantes de partidos governistas como o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, e o senador Jarbas Vasconcelos, ambos do PMDB. Está prevista a presença de empresários, intelectuais, artistas e nomes de entidades civis alinhados com a campanha da oposição.
Sem a estrutura do governo de São Paulo a partir da próxima semana, Serra terá de sobreviver com as próprias economias nos três meses da pré-campanha. Respondendo ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, que quis saber quem vai bancar as despesas de Serra, dirigentes do PSDB informaram ontem que o partido não vai pagar seus salários, de assessores e nem alugar casa e imóveis para escritório.
Guerra confirmou, entretanto, que caberá ao partido custear todas as despesas de atividades partidárias que o pré-candidato cumprir até julho, quando começa a campanha oficial, inclusive aluguel de jatinhos.
Como o governador tem imóvel próprio em São Paulo, não será necessário o aluguel de casa para ele e a família. Quando viajar a Brasília, ficará em hotel, usando a estrutura de carros e servidores do PSDB na capital.
- Não é da nossa tradição, no PSDB, pagar salários para dirigentes e candidato. Nem membro do diretório pode receber remuneração, a menos que tenha uma função partidária. Temos inclusive curiosidade de saber como o PT vai contabilizar isso - disse Guerra.
O vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas, disseque Serra já teria declarado que não quer receber salário do PSDB.
- Ele pode muito bem ter reservas acumuladas com o trabalho ao longo da vida, ou achar que está prestando um serviço público - disse Eduardo Jorge, lembrando que nem Serra, em 2002, nem Geraldo Alckmin, em 2006, receberam salários do PSDB.
A campanha de Serra não terá um tesoureiro apenas. Será criado um comitê financeiro formado por três notáveis. No organograma que está sendo fechado, a coordenação política ficará a cargo de Sérgio Guerra, completada por um conselho político formado por representantes dos partidos. Haverá coordenadores regionais. O comitê central será em Brasília - em local ainda a definir - e haverá um comitê em São Paulo, onde ficará concentrada a parte de marketing e programas de TV. O marqueteiro deverá ser Luiz Gonzalez.
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