DEU EM O GLOBO
Em menos de 2 meses, presidenciáveis participaram de 53 programas
Silvia Amorim
SÃO PAULO. Na era dos blogs e das redes sociais da internet, a corrida por popularidade tem levado os pré-candidatos à Presidência da República a recorrerem ao tradicional rádio para marcar suas posições junto ao eleitorado. Ontem foi mais um dia em que José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) dedicaram espaço privilegiado em suas agendas para entrevistas a emissoras de todo o país. Desde abril, os três juntos já participaram de pelo menos 53 programas, o que dá uma média de uma aparição por dia de um dos presidenciáveis nessa mídia.
A ofensiva não é por acaso.
Os programas de rádio são considerados pelas campanhas um canal estratégico para alavancar o potencial eleitoral dos précandidatos.
A preferência é sempre por emissoras populares e de grande audiência, que têm uma penetração maior junto ao eleitorado que está fora dos grandes centros. Nessas oportunidades, Serra, Dilma e Marina exploram suas plataformas principalmente na área social. Temas como a continuidade do Bolsa Família são obrigatórios.
Serra foi quem participou de mais programas Ontem, Dilma fez uma maratona midiática. De manhã, a petista deu entrevista a programas nas rádios Record e Tupi, em São Paulo, e, à noite, participou do jornal SBT Brasil. Serra cancelou visita a Gramado (RS) e foi para o Rio para dar uma entrevista à Rádio Globo. Marina dedicou o fim de tarde a um programa na Rádio Bandnews, em São Paulo.
Há uma diferença, entretanto, sobre o que move cada um dos presidenciáveis a se lançar nessa incursão. Serra, por exemplo, usou as rádios para se tornar mais popular no Nordeste e, com isso, amenizar a fama de ser um candidato dos centros urbanos. Já Dilma recorreu ao rádio para se fazer conhecer como candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marina também se lançou à empreitada para se tornar mais conhecida.
Em geral, as campanhas aproveitam as visitas aos estados para fazer essa ofensiva.
Mas isso não impede os pré-candidatos de fazerem participações à distância.
Serra é, por enquanto, o campeão em entrevistas. Esteve, pelo menos, em 21 programas conversando com ouvintes da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Natal, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Marina fez 18 e Dilma, 13.
Enquanto não tem campanha oficialmente, as rádios são o único caminho para falar com esse segmento mais popular da população e que é maioria do eleitorado analisa o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos e professor da Universidade de Salamanca em Comunicação Política, Carlos Manhanelli.
Busca mais violenta nesta eleição, diz consultor Com o início oficial das eleições, em julho, acredita o consultor, a procura pelas rádios tende a arrefecer. Um dos motivos é o rigor da legislação eleitoral para rádio e TV. Outra razão é que a agenda dos candidatos acaba ficando mais carregada. Além disso, há a veiculação do horário eleitoral na TV e no rádio a partir de agosto. Embora em toda eleição a procura por programas de rádio ocorra, Manhanelli vê nesta eleição uma procura maior: Acredito que agora há uma busca mais violenta, talvez porque esteja havendo uma fiscalização mais rigorosa entre os partidos da postura dos pré-candidatos nos eventos públicos
Em menos de 2 meses, presidenciáveis participaram de 53 programas
Silvia Amorim
SÃO PAULO. Na era dos blogs e das redes sociais da internet, a corrida por popularidade tem levado os pré-candidatos à Presidência da República a recorrerem ao tradicional rádio para marcar suas posições junto ao eleitorado. Ontem foi mais um dia em que José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) dedicaram espaço privilegiado em suas agendas para entrevistas a emissoras de todo o país. Desde abril, os três juntos já participaram de pelo menos 53 programas, o que dá uma média de uma aparição por dia de um dos presidenciáveis nessa mídia.
A ofensiva não é por acaso.
Os programas de rádio são considerados pelas campanhas um canal estratégico para alavancar o potencial eleitoral dos précandidatos.
A preferência é sempre por emissoras populares e de grande audiência, que têm uma penetração maior junto ao eleitorado que está fora dos grandes centros. Nessas oportunidades, Serra, Dilma e Marina exploram suas plataformas principalmente na área social. Temas como a continuidade do Bolsa Família são obrigatórios.
Serra foi quem participou de mais programas Ontem, Dilma fez uma maratona midiática. De manhã, a petista deu entrevista a programas nas rádios Record e Tupi, em São Paulo, e, à noite, participou do jornal SBT Brasil. Serra cancelou visita a Gramado (RS) e foi para o Rio para dar uma entrevista à Rádio Globo. Marina dedicou o fim de tarde a um programa na Rádio Bandnews, em São Paulo.
Há uma diferença, entretanto, sobre o que move cada um dos presidenciáveis a se lançar nessa incursão. Serra, por exemplo, usou as rádios para se tornar mais popular no Nordeste e, com isso, amenizar a fama de ser um candidato dos centros urbanos. Já Dilma recorreu ao rádio para se fazer conhecer como candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marina também se lançou à empreitada para se tornar mais conhecida.
Em geral, as campanhas aproveitam as visitas aos estados para fazer essa ofensiva.
Mas isso não impede os pré-candidatos de fazerem participações à distância.
Serra é, por enquanto, o campeão em entrevistas. Esteve, pelo menos, em 21 programas conversando com ouvintes da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Natal, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Marina fez 18 e Dilma, 13.
Enquanto não tem campanha oficialmente, as rádios são o único caminho para falar com esse segmento mais popular da população e que é maioria do eleitorado analisa o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos e professor da Universidade de Salamanca em Comunicação Política, Carlos Manhanelli.
Busca mais violenta nesta eleição, diz consultor Com o início oficial das eleições, em julho, acredita o consultor, a procura pelas rádios tende a arrefecer. Um dos motivos é o rigor da legislação eleitoral para rádio e TV. Outra razão é que a agenda dos candidatos acaba ficando mais carregada. Além disso, há a veiculação do horário eleitoral na TV e no rádio a partir de agosto. Embora em toda eleição a procura por programas de rádio ocorra, Manhanelli vê nesta eleição uma procura maior: Acredito que agora há uma busca mais violenta, talvez porque esteja havendo uma fiscalização mais rigorosa entre os partidos da postura dos pré-candidatos nos eventos públicos
Nenhum comentário:
Postar um comentário