Pode parece um pouco imodesto de minha parte, mas julgo ter uma boa vivência política e gozar de uma razoável capacidade intelectual. Já fui militante de organização clandestina, dirigente de movimento estudantil, dirigente partidário municipal, estadual e nacional do PCB e do PPS, atuei em movimentos comunitários, profissionais e sindicais. Participo ativamente de campanhas eleitorais desde 1982. Já ganhei e perdi eleições, nos mais diversos níveis. Podem me chamar de muitas coisas, não de ingênuo.
Digo isso porque, nunca antes vi na história desse país, nesta campanha para presidente, principalmente nesse 2º turno, tamanha desfaçatez, falta de escrúpulos e empulhação, principalmente exercidos pelo Presidente da República, contumaz transgressor da legislação eleitoral e utilizador da máquina de governo e da projeção propiciada pelo cargo para propagandear sua candidata e detratar adversários.
O que se tenta fazer é a exacerbação da máxima: o que vale é a versão e não o fato. Senão vejamos:
O dossiê, com os dados obtidos com a quebra do sigilo fiscal de familiares e correligionários de José Serra, surge em reunião entre o jornalista organizador do papelório, arapongas e pessoas vinculadas à campanha de Dilma e somente depois disso vaza para a imprensa, o autor da falcatrua, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. fica hospedado em Brasília em apartamento custeado pelo PT, a empresa de comunicação envolvida no caso trabalha contratada oficialmente pela campanha de Dilma.
A polícia rastreia o processo de compra e a cadeia de comando para a obtenção dos documentos ilegais, chegando até a Receita Federal de Mauá, comprovando que o mando e a autoria são do jornalista. Fica claro quem são os participantes do negócio ilícito em todas as suas etapas, tendo o tal jornalista como mandante e organizador. Daí, rastreados e nomeados os autores do ato criminoso, o jornalista Amaury, coordenador do esquema, em depoimento à Polícia Federal diz que fez o que fez para proteger o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de seu correligionário José Serra e que alguém do PT roubou as dados de seu computador.
Só faltou dizer que quem entregou o pacote com a papelada do dossiê foi o Coelhinho da Páscoa e que foi Papai Noel quem roubou os dados do computador, descendo pela chaminé do apartamento, (aquele mesmo pago pelo PT).
O pior é ver o Presidente da República no papel único de cabo eleitoral, encomendar à Polícia Federal a produção de uma nota oficial edulcorada, enviesada e no mínimo estranha, para depois, secundado pela sua candidata e pelo presidente do PT e outras figuras de menor importância, reverberar e martelar esse conto da carochinha para confundir a opinião pública, tentando turvar a compreensão da realidade pelos eleitores.
No episódio da agressão ao candidato José Serra na caminhada no Rio de Janeiro, o mesmo "modus operandi" é usado. O presidente, aproveitando-se de ato oficial, nega as imagens, ofende a vítima, detrata o médico e assim estimula a violência em campanha e o vale tudo.
Não são os fatos em si que me impressionam, mas o que demonstram: não há mais limites para o que possam fazer para se manter no poder, mandaram às favas os escrúpulos, e já faz tempo.
Digo isso porque, nunca antes vi na história desse país, nesta campanha para presidente, principalmente nesse 2º turno, tamanha desfaçatez, falta de escrúpulos e empulhação, principalmente exercidos pelo Presidente da República, contumaz transgressor da legislação eleitoral e utilizador da máquina de governo e da projeção propiciada pelo cargo para propagandear sua candidata e detratar adversários.
O que se tenta fazer é a exacerbação da máxima: o que vale é a versão e não o fato. Senão vejamos:
O dossiê, com os dados obtidos com a quebra do sigilo fiscal de familiares e correligionários de José Serra, surge em reunião entre o jornalista organizador do papelório, arapongas e pessoas vinculadas à campanha de Dilma e somente depois disso vaza para a imprensa, o autor da falcatrua, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. fica hospedado em Brasília em apartamento custeado pelo PT, a empresa de comunicação envolvida no caso trabalha contratada oficialmente pela campanha de Dilma.
A polícia rastreia o processo de compra e a cadeia de comando para a obtenção dos documentos ilegais, chegando até a Receita Federal de Mauá, comprovando que o mando e a autoria são do jornalista. Fica claro quem são os participantes do negócio ilícito em todas as suas etapas, tendo o tal jornalista como mandante e organizador. Daí, rastreados e nomeados os autores do ato criminoso, o jornalista Amaury, coordenador do esquema, em depoimento à Polícia Federal diz que fez o que fez para proteger o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de seu correligionário José Serra e que alguém do PT roubou as dados de seu computador.
Só faltou dizer que quem entregou o pacote com a papelada do dossiê foi o Coelhinho da Páscoa e que foi Papai Noel quem roubou os dados do computador, descendo pela chaminé do apartamento, (aquele mesmo pago pelo PT).
O pior é ver o Presidente da República no papel único de cabo eleitoral, encomendar à Polícia Federal a produção de uma nota oficial edulcorada, enviesada e no mínimo estranha, para depois, secundado pela sua candidata e pelo presidente do PT e outras figuras de menor importância, reverberar e martelar esse conto da carochinha para confundir a opinião pública, tentando turvar a compreensão da realidade pelos eleitores.
No episódio da agressão ao candidato José Serra na caminhada no Rio de Janeiro, o mesmo "modus operandi" é usado. O presidente, aproveitando-se de ato oficial, nega as imagens, ofende a vítima, detrata o médico e assim estimula a violência em campanha e o vale tudo.
Não são os fatos em si que me impressionam, mas o que demonstram: não há mais limites para o que possam fazer para se manter no poder, mandaram às favas os escrúpulos, e já faz tempo.
Urbano Patto é Arquiteto Urbanista, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional e membro do Conselho de Ética do Partido Popular Socialista - PPS - do Estado de São Paulo.
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