Oposicionistas em Teerã e Isfahan exigem saída do presidente Ahmadinejad e do líder supremo Khamenei
Protestos são os maiores desde 2009, quando população foi às ruas para contestar reeleição presidencial
A polícia iraniana entrou em confronto com dezenas de milhares de manifestantes contrários ao governo ontem no centro de Teerã e na cidade de Isfahan (320 km da capital). Uma pessoa morreu nos choques.
Foram as maiores manifestações no país desde dezembro de 2009, quando o regime reprimiu com força protestos contra a reeleição supostamente fraudulenta do presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad.
Os atos foram organizados pelos líderes oposicionistas Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karoubi, derrotados no último pleito presidencial.
Mousavi e Karoubi pediram autorização ao governo na semana passada para convocar a população a participar de uma passeata em solidariedade aos protestos contra a ditadura egípcia.
O pedido colocou o regime em uma situação delicada, já que o governo havia apoiado os protestos no Egito.
A autorização foi negada, e os dois líderes oposicionistas foram colocados sob prisão domiciliar.
A passeata de ontem em Teerã começou pacífica, com uma multidão caminhando em silêncio pelas principais avenidas do centro.
"Nós apoiamos você, Mousavi", gritava a multidão. Os manifestantes ainda bradaram "morte ao ditador", mas não estava claro se se referiam a Ahmadinejad ou ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, detentor da palavra final na gestão do país.
Fotos do líder supremo foram queimadas nas ruas.
Os confrontos começaram quando a polícia e membros da milícia à paisana Basij, favorável ao governo, usaram gás lacrimogêneo e balas de tinta para impedir que a multidão se concentrasse nas praças principais da capital.
A rede de telefonia celular foi cortada durante horas.
A imprensa independente foi impedida de cobrir as manifestações, mas testemunhas relataram que a repressão policial deixou dezenas de feridos e presos.
VÍTIMA FATAL
Uma agência de notícias oficial relatou que uma pessoa morreu, supostamente atingida por disparos de uma milícia de oposição que teria aberto fogo contra pedestres em uma calçada.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, incentivou ontem o Irã a seguir o exemplo do Egito e a "abrir" seu sistema político.
"Queremos para a oposição e o povo heroico nas ruas das cidades do Irã as mesmas oportunidades que alcançaram seus homólogos egípcios", afirmou Hillary.
FONTE: AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Protestos são os maiores desde 2009, quando população foi às ruas para contestar reeleição presidencial
A polícia iraniana entrou em confronto com dezenas de milhares de manifestantes contrários ao governo ontem no centro de Teerã e na cidade de Isfahan (320 km da capital). Uma pessoa morreu nos choques.
Foram as maiores manifestações no país desde dezembro de 2009, quando o regime reprimiu com força protestos contra a reeleição supostamente fraudulenta do presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad.
Os atos foram organizados pelos líderes oposicionistas Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karoubi, derrotados no último pleito presidencial.
Mousavi e Karoubi pediram autorização ao governo na semana passada para convocar a população a participar de uma passeata em solidariedade aos protestos contra a ditadura egípcia.
O pedido colocou o regime em uma situação delicada, já que o governo havia apoiado os protestos no Egito.
A autorização foi negada, e os dois líderes oposicionistas foram colocados sob prisão domiciliar.
A passeata de ontem em Teerã começou pacífica, com uma multidão caminhando em silêncio pelas principais avenidas do centro.
"Nós apoiamos você, Mousavi", gritava a multidão. Os manifestantes ainda bradaram "morte ao ditador", mas não estava claro se se referiam a Ahmadinejad ou ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, detentor da palavra final na gestão do país.
Fotos do líder supremo foram queimadas nas ruas.
Os confrontos começaram quando a polícia e membros da milícia à paisana Basij, favorável ao governo, usaram gás lacrimogêneo e balas de tinta para impedir que a multidão se concentrasse nas praças principais da capital.
A rede de telefonia celular foi cortada durante horas.
A imprensa independente foi impedida de cobrir as manifestações, mas testemunhas relataram que a repressão policial deixou dezenas de feridos e presos.
VÍTIMA FATAL
Uma agência de notícias oficial relatou que uma pessoa morreu, supostamente atingida por disparos de uma milícia de oposição que teria aberto fogo contra pedestres em uma calçada.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, incentivou ontem o Irã a seguir o exemplo do Egito e a "abrir" seu sistema político.
"Queremos para a oposição e o povo heroico nas ruas das cidades do Irã as mesmas oportunidades que alcançaram seus homólogos egípcios", afirmou Hillary.
FONTE: AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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