Fernando Taquari | Valor Econômico
SÃO PAULO - O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) reuniu-se na tarde de desta terça-feira por uma hora e meia com o ex-ministro da Aldo Rebelo (SD). Na pauta do encontro, realizado no escritório do tucano, na capital paulista, sondou-se a possibilidade do presidenciável do Solidariedade ser o vice do tucano na eleição para o Palácio do Planalto.
Com perfil agregador, Aldo agrada a Alckmin e aos demais tucanos, que o enxergam como um “vice dos sonhos”. Interlocutores do ex-governador lembram, inclusive, que o ex-ministro sempre teve um bom relacionamento com o partido, apesar de ter sido um fiel aliado dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.
No PSDB, Aldo também é apontado como um nome capaz de unir o Centrão em torno da pré-candidatura de Alckmin. Algumas lideranças de partidos do bloco, composto por DEM, PP, PRB e Solidariedade, resistem em apoiar o ex-governador e sinalizam preferência pelo ex-ministro e pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.
As chances de o ex-ministro ser o vice de Alckmin, conforme um dirigente do PSDB, aumentam se ele trouxer consigo o Centrão unido. Sem agenda pública nesta semana, o tucano deve intensificar as articulações ao longo da semana. Nesta quarta-feira, ele estará em Brasília, em reuniões internas, segundo sua assessoria.
A resistência de parte do Centrão a Alckmin reside na costura de acordos entre as siglas em palanques regionais e na dificuldade apresentada pelo tucano até o momento em crescer nas pesquisas de intenção de voto. Fora o bloco partidário, Alckmin tem negociações adiantadas com PPS, PV, PSD e PTB.
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