Por Raphael Di Cunto | Valor Econômico
BRASÍLIA - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu a renovação do partido na convenção nacional do PSDB nesta sexta-feira em Brasília, mas fez acenos à velha guarda da sigla e tentou nacionalizar seu discurso. “Amo São Paulo, mas antes de amar São Paulo, amo meu país”, disse. Ele finalizou o discurso segurando uma bandeira do Brasil.
Doria evitou entrar em atritos com a velha guarda do PSDB e fez elogios a caciques como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – “um orgulho para o PSDB”, o ex-governador Gerado Alckmin – “homem honesto, decente” – e o senador José Serra – “que revolucionou a saúde”. “Esse novo PSDB, que não apaga a sua história, é o PSDB do emprego e do trabalho”, afirmou.
O tucano criticou o PT, dizendo que o partido governou olhando só para si e, por isso, deixou 13 milhões de desempregados no país. Buscou se diferenciar também do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que está atuando em São Paulo para “proteger empregos na indústria, comércio, tecnologia” e exaltando a participação feminina na vida partidária.
“O PSDB precisa abrir mais espaço para as mulheres brasileiras dentro do PSDB, proteger as mulheres, dar espaço”, disse.
Ele foi recebido aos gritos de “Doria presidente” pelo grupo Conexão 45 – o mesmo que, minutos antes, trocou empurrões com a juventude do PSDB.
Em vídeo gravado para a convenção, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o partido pode mudar de nome, mas não de propósito. "O PSDB pode mudar de nome, fazer coligação, mas o propósito não pode mudar. O partido tem que ter lado e seu lado é ao lado do povo brasileiro", disse.
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