Manoel Medeiros Neto
DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Na visita ao Recife, o tucano Aécio Neves aproveita a passagem também do líder do Partido Verde Fernando Gabeira para reforçar a sintonia política. Os dois agendam encontro para discutir 2010
A possibilidade de a senadora Marina Silva (PT-AC) desembarcar no Partido Verde (PV) e candidatar-se à Presidência da República foi tema de conversa, ontem, entre o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), no Recife. Como tinham agendas independentes, os dois combinaram de se reunir em Belo Horizonte para conversar com mais cautela sobre a provável candidatura do PV. Aécio e Gabeira se encontraram rapidamente durante almoço em um restaurante nas Graças, onde o mineiro se reunia com lideranças da extinta União por Pernambuco (DEM, PMDB, PPS e PSDB). Para o deputado, só “falta um ajuste de contas íntimo” para Marina filiar-se ao PV.
Gabeira, que veio a Pernambuco para participar de manifestação ambiental (leia na próxima página), descartou, no entanto, a hipótese de Marina Silva disputar o pleito de 2010 na condição de vice na chapa encabeçada por um tucano. “A Marina é a nossa candidata, sem ambiguidades. Depois, no segundo turno, nós veremos”, avaliou ele, lembrando que as movimentações ainda dependem da confirmação por parte da senadora da mudança de legenda. Em entrevista à Rádio Jornal, Aécio comentou a hipótese de uma aliança PSDB-PV já no primeiro turno. “Ela ser vice nunca foi conversado oficialmente pela direção do partido, mas podemos conversar em outra oportunidade já que temos canais desobstruídos com o PV.”
Gabeira também disse a Aécio que “espera” a decisão do PSDB – entre o mineiro e o governador de São Paulo, José Serra -, além de ressaltar que as boas relações com o PSDB devem continuar. Os tucanos apoiaram a candidatura de Fernando Gabeira à Prefeitura do Rio de Janeiro, ano passado, quando o verde surpreendeu, foi ao segundo turno, mas treminou derrotado pelo peemedebista Eduardo Paes por pouco mais de 50 mil votos. “O PSDB me apoiou no Rio de uma forma muito leal. Nós (PV) estamos ligados também ao governo de Minas, temos um papel e eu admiro muito a administração de Aécio”.
Além dos elogios entre as partes, o nó que Fernando Gabeira precisa desatar para viabilizar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro está diretamente ligado à sucessão presidencial e, em resumo, ao PSDB. Ele precisa do apoio dos tucanos para conquistar tempo no programa eleitoral, mas, caso Marina seja candidata, não subirá no palanque de Serra ou Aécio. Na contrapartida, os peessedebistas necessitam de um palanque forte no Rio de Janeiro, território onde o os social-democratas não possuem histórico de boas votações.
“Não sabemos como é que fica, é a engenharia mais difícil até agora: Dona Flor e seus dois maridos”, brincou.
O deputado federal adiantou, no entanto, que não subirá em dois palanques presidenciais:
“Os eleitores não entenderiam se eu subisse em dois palanques”. Sobre a possibilidade de Marina tirar votos dos tucanos, Aécio Neves negou preocupações. “A candidatura dela preocupa mais o núcleo do governo do que a oposição”, avaliou.
DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Na visita ao Recife, o tucano Aécio Neves aproveita a passagem também do líder do Partido Verde Fernando Gabeira para reforçar a sintonia política. Os dois agendam encontro para discutir 2010
A possibilidade de a senadora Marina Silva (PT-AC) desembarcar no Partido Verde (PV) e candidatar-se à Presidência da República foi tema de conversa, ontem, entre o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), no Recife. Como tinham agendas independentes, os dois combinaram de se reunir em Belo Horizonte para conversar com mais cautela sobre a provável candidatura do PV. Aécio e Gabeira se encontraram rapidamente durante almoço em um restaurante nas Graças, onde o mineiro se reunia com lideranças da extinta União por Pernambuco (DEM, PMDB, PPS e PSDB). Para o deputado, só “falta um ajuste de contas íntimo” para Marina filiar-se ao PV.
Gabeira, que veio a Pernambuco para participar de manifestação ambiental (leia na próxima página), descartou, no entanto, a hipótese de Marina Silva disputar o pleito de 2010 na condição de vice na chapa encabeçada por um tucano. “A Marina é a nossa candidata, sem ambiguidades. Depois, no segundo turno, nós veremos”, avaliou ele, lembrando que as movimentações ainda dependem da confirmação por parte da senadora da mudança de legenda. Em entrevista à Rádio Jornal, Aécio comentou a hipótese de uma aliança PSDB-PV já no primeiro turno. “Ela ser vice nunca foi conversado oficialmente pela direção do partido, mas podemos conversar em outra oportunidade já que temos canais desobstruídos com o PV.”
Gabeira também disse a Aécio que “espera” a decisão do PSDB – entre o mineiro e o governador de São Paulo, José Serra -, além de ressaltar que as boas relações com o PSDB devem continuar. Os tucanos apoiaram a candidatura de Fernando Gabeira à Prefeitura do Rio de Janeiro, ano passado, quando o verde surpreendeu, foi ao segundo turno, mas treminou derrotado pelo peemedebista Eduardo Paes por pouco mais de 50 mil votos. “O PSDB me apoiou no Rio de uma forma muito leal. Nós (PV) estamos ligados também ao governo de Minas, temos um papel e eu admiro muito a administração de Aécio”.
Além dos elogios entre as partes, o nó que Fernando Gabeira precisa desatar para viabilizar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro está diretamente ligado à sucessão presidencial e, em resumo, ao PSDB. Ele precisa do apoio dos tucanos para conquistar tempo no programa eleitoral, mas, caso Marina seja candidata, não subirá no palanque de Serra ou Aécio. Na contrapartida, os peessedebistas necessitam de um palanque forte no Rio de Janeiro, território onde o os social-democratas não possuem histórico de boas votações.
“Não sabemos como é que fica, é a engenharia mais difícil até agora: Dona Flor e seus dois maridos”, brincou.
O deputado federal adiantou, no entanto, que não subirá em dois palanques presidenciais:
“Os eleitores não entenderiam se eu subisse em dois palanques”. Sobre a possibilidade de Marina tirar votos dos tucanos, Aécio Neves negou preocupações. “A candidatura dela preocupa mais o núcleo do governo do que a oposição”, avaliou.
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