DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Presidente reage, afirma que insinuações em blogs são rotina e que tem ""coisas mais sérias para cuidar em vez de estudar as dores de cotovelo"" do tucano
Marcelo de Moraes e Elder Ogliari
O candidato tucano José Serra disse ontem que chegou a avisar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de ter havido quebra de sigilo fiscal de sua filha Verônica Serra. Em entrevista dada ao portal IG, Serra disse que tratou do assunto com o presidente em janeiro deste ano, quando levantou a suspeita que poderia ter sido violado o sigilo de Verônica.
Na ocasião, Serra aparecia na liderança das pesquisas de intenção de voto e se preparava para confirmar sua candidatura à sucessão de Lula enfrentando a petista Dilma Rousseff.
"Eu disse a ele (Lula) que havia uma armação contra familiares meus, inclusive no blog do Lula, no blog da Dilma, dos amigos do Lula. E que tinha inclusive elementos de quebra de sigilo. Eu estava preocupado e passei cópia para ele disso em janeiro", afirmou. "Mas só se confirmou a quebra agora. Eu suspeitava", disse Serra ao IG, confirmando informação publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Em Porto Alegre, Lula rebateu a declaração. "Não tem nada de mais que a internet publicou", reagiu Lula. "Tem insinuações, como tem contra o presidente Lula, como tem contra a família do presidente Lula, como tem contra vocês, jornalistas."
"Tenho coisas mais sérias para cuidar do que as dores de cotovelo do Serra", ressaltou, insinuando que o tucano estaria usando o episódio para atrapalhar a candidatura da rival Dilma Rousseff (PT). "Serra precisa saber de uma coisa: uma eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente, não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar adversários. O senhor Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça proposta de coisa que ele quer fazer para o nosso país, que apresente soluções para o crescimento industrial."
Corpo mole. Na entrevista ao portal IG, Serra criticou a atuação da Receita no caso e disse que está havendo "corpo mole" na apuração e uma espécie de "operação abafa" para impedir o avanço das investigações. A campanha petista nega responsabilidade no caso e ainda decidiu abrir processos contra Serra por conta das acusações a Dilma e ao PT. Na entrevista, o tucano voltou a culpar Dilma.
"A campanha é de responsabilidade da candidata. E as pessoas que ela escolhe são de responsabilidade dela. Qualquer pessoa que lê as coisas na imprensa vê que houve um envolvimento. Houve ato criminoso de quebra de sigilo com fins político-eleitorais que são óbvios. Isso vem desde o ano passado", insistiu. "Ela (Dilma) é responsável, sem dúvida nenhuma. Você é responsável pelo que acontece na sua campanha."
O tucano alegou que só não revelou antes sua suspeita porque não tinha confirmação sobre a veracidade das denúncias. Também afirmou que não cobrou do presidente, na época, que tomasse alguma atitude em relação ao problema. "Eu não o intimei. Não tinha provas. Não revelei a ele algo que estivesse acontecendo. Revelei algo que podia estar acontecendo. E também o meu profundo desagrado por utilizar meus filhos. Não pedi a ele para tomar providências", explicou o presidenciável.
Presidente reage, afirma que insinuações em blogs são rotina e que tem ""coisas mais sérias para cuidar em vez de estudar as dores de cotovelo"" do tucano
Marcelo de Moraes e Elder Ogliari
O candidato tucano José Serra disse ontem que chegou a avisar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de ter havido quebra de sigilo fiscal de sua filha Verônica Serra. Em entrevista dada ao portal IG, Serra disse que tratou do assunto com o presidente em janeiro deste ano, quando levantou a suspeita que poderia ter sido violado o sigilo de Verônica.
Na ocasião, Serra aparecia na liderança das pesquisas de intenção de voto e se preparava para confirmar sua candidatura à sucessão de Lula enfrentando a petista Dilma Rousseff.
"Eu disse a ele (Lula) que havia uma armação contra familiares meus, inclusive no blog do Lula, no blog da Dilma, dos amigos do Lula. E que tinha inclusive elementos de quebra de sigilo. Eu estava preocupado e passei cópia para ele disso em janeiro", afirmou. "Mas só se confirmou a quebra agora. Eu suspeitava", disse Serra ao IG, confirmando informação publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Em Porto Alegre, Lula rebateu a declaração. "Não tem nada de mais que a internet publicou", reagiu Lula. "Tem insinuações, como tem contra o presidente Lula, como tem contra a família do presidente Lula, como tem contra vocês, jornalistas."
"Tenho coisas mais sérias para cuidar do que as dores de cotovelo do Serra", ressaltou, insinuando que o tucano estaria usando o episódio para atrapalhar a candidatura da rival Dilma Rousseff (PT). "Serra precisa saber de uma coisa: uma eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente, não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar adversários. O senhor Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça proposta de coisa que ele quer fazer para o nosso país, que apresente soluções para o crescimento industrial."
Corpo mole. Na entrevista ao portal IG, Serra criticou a atuação da Receita no caso e disse que está havendo "corpo mole" na apuração e uma espécie de "operação abafa" para impedir o avanço das investigações. A campanha petista nega responsabilidade no caso e ainda decidiu abrir processos contra Serra por conta das acusações a Dilma e ao PT. Na entrevista, o tucano voltou a culpar Dilma.
"A campanha é de responsabilidade da candidata. E as pessoas que ela escolhe são de responsabilidade dela. Qualquer pessoa que lê as coisas na imprensa vê que houve um envolvimento. Houve ato criminoso de quebra de sigilo com fins político-eleitorais que são óbvios. Isso vem desde o ano passado", insistiu. "Ela (Dilma) é responsável, sem dúvida nenhuma. Você é responsável pelo que acontece na sua campanha."
O tucano alegou que só não revelou antes sua suspeita porque não tinha confirmação sobre a veracidade das denúncias. Também afirmou que não cobrou do presidente, na época, que tomasse alguma atitude em relação ao problema. "Eu não o intimei. Não tinha provas. Não revelei a ele algo que estivesse acontecendo. Revelei algo que podia estar acontecendo. E também o meu profundo desagrado por utilizar meus filhos. Não pedi a ele para tomar providências", explicou o presidenciável.
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