Elza Fiúza
O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) deve se encontrar entre hoje à noite e amanhã com a presidente Dilma Rousseff para entregar o cargo.
Embora Dilma tivesse demonstrado contrariedade com o processo de fritura a que o ministro foi submetido pelo PT, que conspirava abertamente inclusive para indicar seu sucessor, o próprio Luiz Sérgio disse que a situação ficou insustentável e decidiu pedir demissão.
Na tarde desta quinta-feira ele está no Rio de Janeiro e a presidente, em Santa Catarina.
Numa demonstração de que não pretende se curvar ao lobby do PT da Câmara, que se movimenta há vários dias para indicar Cândido Vaccarezza ou Pepe Vargas para o lugar de Luiz Sérgio, Dilma mandou assessores palacianos sondarem os senadores da bancada sobre o nome da ministra da Pesca, Ideli Salvatti.
Se confirmada a escolha de Ideli, que nunca foi deputada e tem pouquíssimo trânsito na Casa e no PMDB, Dilma repetirá o movimento que fez na indicação de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil: uma escolha solitária, como a dizer que não aceitará tutela dos partidos, notadamente do PT.
Na manhã desta sexta, os deputados petistas procuraram fazer uma articulação com os senadores da legenda pela indicação de Vaccarezza. Um dos procurados foi Lindbergh Farias, que, assim como o atual ministro, é do Rio. Luiz Sérgio acusa o correligionário de ser um dos cabeças do processo de fritura ao qual está sendo submetido.
A articulação chegou ao conhecimento do Planalto e de Dilma, que tem se queixado da desenvoltura com que o PT pretende indicar seus assessores diretos.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL
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