Secretaria estadual de Obras/RJ não informou onde dinheiro federal foi aplicado
Gabriel Mascarenhas, Luiz Ernesto Magalhães
As chuvas neste início de 2012 demonstram, quase um ano após a tragédia que matou mais de 900 pessoas na Região Serrana, que muitas cidades continuam vulneráveis. Em janeiro de 2011, União, Estado e prefeituras anunciaram investimentos milionários para recuperar os municípios. O que foi feito até agora não é suficiente e, além disso, o governo do estado ainda não explicou ao Tribunal de Contas (TCE) como a Secretaria de Obras aplicou R$10,9 milhões de um montante de R$70 milhões enviado pelo governo federal, no início do ano passado, para ações de socorro e assistências a vítimas da tragédia.
Se um total de R$114,9 milhões - vindos de diversas fontes - foram gastos em obras emergenciais e recuperação de pontes e estradas destruídas em 2011, as chuvas chegaram sem que acabassem as intervenções de contenção de e recuperação de encostas. Como se não bastasse, milhares de famílias em Friburgo, Bom Jardim, Teresópolis e Petrópolis continuam a receber aluguel social de R$500 em abrigos ou nas áreas de risco.
Em Friburgo, onde muita gente entrou Justiça para receber o aluguel social, há denúncias de de pagamentos feitos indevidamente.
- Em janeiro, faremos um recadastramento. Há denúncias de que uma mesma família recebe até três benefícios. Hoje, pagamos 2.660 aluguéis, mas a demanda é maior. Temos mais 2.100 sem receber e, destas, 500 famílias entraram na justiça requerendo o benefício - disse o secretário municipal de Assistência Social de Friburgo, Josué Edinézer.
Nenhum centavo dos R$452,6 milhões anunciados em obras do Minha Casa Minha Vida para reassentar famílias foram pagos. Os locais escolhidos pelas prefeituras não atraíram as empreiteiras ou precisaram ser revistos, devido aos custos da obras.
FONTE: O GLOBO
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