• Ibope e Datafolha mostram que Freixo está numericamente em segundo lugar
Pedro Paulo, Indio da Costa, Bolsonaro e Osorio também brigam para enfrentar o candidato do PRB, que ainda lidera com folga a disputa; institutos apontam cenários divergentes nas simulações para o confronto final
Numa disputa ainda imprevisível para a prefeitura do Rio, os cariocas decidirão hoje quem irá para o segundo turno ao lado de Marcelo Crivella (PRB), que mantém a liderança, de acordo com as pesquisas divulgadas ontem, feitas depois do debate da TV Globo. Marcelo Freixo (PSOL) está numericamente à frente de Pedro Paulo (PMDB) tanto no levantamento do Ibope (14% a 11% dos votos válidos) quanto no do Datafolha (16% a 12%). Nos dois casos, há empate técnico. Segundo o Ibope, Indio da Costa (PSD) e Flávio Bolsonaro (PSC), ambos com 10%, aparecem embolados neste grupo. O Datafolha registrou crescimento de Indio (7% para 11%) e de Osorio, do PSDB (7% para 10%), colocandoos diretamente na briga.
Os institutos trouxeram números divergentes para simulações de segundo turno. No Ibope, Crivella lidera com folga em todos os cenários. Já no Datafolha, Crivella está três pontos à frente de Indio, em empate técnico, e cinco à frente de Freixo. Nem parece, mas a eleição municipal chega hoje ao momento decisivo na imensa maioria das cidades brasileiras. Espremida pelo novo calendário, que reduziu a campanha de 90 para 45 dias, e por eventos históricos, como os Jogos Olímpicos e o impeachment de Dilma Rousseff, a disputa é marcada por um misto de desconfiança e desprezo dos eleitores, influenciados pelo clima de tensão política e pela enxurrada de denúncias produzidas em dois anos e incontáveis fases da Lava-Jato.
Nesse contexto, o Rio tem a eleição mais disputada no primeiro turno após a redemocratização. Cinco candidatos ainda brigam por uma vaga no segundo turno ao lado de Marcelo Crivella (PRB), que, segundo as últimas pesquisas, deve avançar sem sustos. Marcelo Freixo (PSOL) está numericamente à frente de Pedro Paulo (PMDB) no Ibope e no Datafolha, mas em empate técnico. A medição do Ibope inclui neste grupo Flávio Bolsonaro (PSC) e Indio da Costa. Já o Datafolha registrou um crescimento de Osorio (PSDB), colocando-o na briga.
O chamado voto útil, quando um eleitor muda o seu voto para impedir o avanço de um candidato rejeitado por ele, ainda deve mudar o cenário, de acordo com analistas políticos.
Em São Paulo, João Doria (PSDB) está com o passaporte carimbado para o segundo turno. Na briga para enfrentá-lo, porém, os institutos divergem significativamente. Segundo o Ibope, Celso Russomanno (PRB) aparece em segundo lugar, em empate técnico com Marta Suplicy (PMDB). No Datafolha, Fernando Haddad (PT) e Russomanno estão empatados em segundo lugar, com leve vantagem sobre Marta.
A derrota de Haddad marcaria o iminente fracasso do PT nas capitais. No primeiro turno, apenas Marcus Alexandre, prefeito de Rio Branco, deve vencer, segundo as pesquisas disponíveis. PMDB e PSDB podem se beneficiar: cada um lidera em cinco capitais. Com as disputas acirradas, apenas sete eleições devem ser decididas hoje.
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