Anne Warth
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Após 5 meses de retração, Fiesp diz que onda de demissões está no fim
A Fiesp informou que as indústrias de São Paulo fecharam 43 mil postos de trabalho no mês passado, uma queda de 2,09% no nível de emprego em relação a janeiro. Foi o pior resultado para um mês de fevereiro desde 1994. Desde outubro, quando a crise financeira mundial se agravou, as empresas paulistas fecharam 235,5 mil postos, um corte de 8,5% em relação ao total de vagas existentes até setembro. Segundo o IBGE, a ocupação no setor industrial brasileiro em janeiro caiu 2,5% sobre o mesmo mês de 2008, o pior resultado desde 2001. Consulta da Confederação Nacional da Indústria mostra que"um terço das 431 empresas pesquisadas fará novas demissões. Para 54% dos empresários, as medidas contra a escassez de crédito têm tido efeito apenas moderado. (págs. 1, B1 e B3)
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Após 5 meses de retração, Fiesp diz que onda de demissões está no fim
A Fiesp informou que as indústrias de São Paulo fecharam 43 mil postos de trabalho no mês passado, uma queda de 2,09% no nível de emprego em relação a janeiro. Foi o pior resultado para um mês de fevereiro desde 1994. Desde outubro, quando a crise financeira mundial se agravou, as empresas paulistas fecharam 235,5 mil postos, um corte de 8,5% em relação ao total de vagas existentes até setembro. Segundo o IBGE, a ocupação no setor industrial brasileiro em janeiro caiu 2,5% sobre o mesmo mês de 2008, o pior resultado desde 2001. Consulta da Confederação Nacional da Indústria mostra que"um terço das 431 empresas pesquisadas fará novas demissões. Para 54% dos empresários, as medidas contra a escassez de crédito têm tido efeito apenas moderado. (págs. 1, B1 e B3)
NÚMERO
18,2 % é a queda da produção na crise
Indústria corta 236 mil vagas em SP
Com 43 mil dispensas em fevereiro, onda de demissões chega ao 5.º mês, mas Fiesp já vê sinais de estabilização
Em fevereiro, pelo quinto mês consecutivo, as demissões superaram as contratações na indústria paulista. Levantamento divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que as empresas do setor fecharam 43 mil postos de trabalho no mês passado, o que representou queda de 2,09% no nível de emprego em relação a janeiro, segundo dados com ajuste sazonal. Foi o pior resultado para um mês de fevereiro na série histórica da Fiesp, iniciada em julho de 1994.
Desde outubro de 2008, quando os efeitos da crise financeira mundial sobre a indústria se agravaram, as empresas paulistas já fecharam 236,5 mil vagas - o correspondente ao corte de 8,5% no total de 2,350 milhões de postos de trabalho que existiam no setor até setembro.
"Nestes cinco meses, perdemos mais do que havíamos ganho no nosso melhor ano", disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, referindo-se a 2004. Naquele ano, foram abertas mais de 140 mil vagas na indústria paulista. "Como normalmente ocorre a demissão de pouco mais de 35 mil pessoas nesse período de cinco meses, pode-se dizer que houve um corte adicional de 200 mil vagas por causa da crise", acrescentou Francini.
Mas a Fiesp já tem indícios de que o mês de março pode significar o fim do movimento de perda de postos de trabalho. Na primeira quinzena do mês, o indicador Sensor, que mede a confiança dos empresários, marcou 50,2 pontos, o que indica estabilidade, fato que não ocorria desde outubro de 2008. Nesse período, o indicador chegou a bater em 34 pontos, na primeira quinzena de dezembro.
"Isso sugere que as empresas começaram a enxergar alguma melhora no ambiente econômico", disse o diretor da Fiesp.
Dois dos itens que compõem o Sensor tiveram forte recuperação: Mercado, que fechou com 58,9 pontos, e Vendas, com 54,6 pontos. Eles indicam que o industrial percebe melhora tanto no mercado, de forma geral, como nas suas vendas, de forma mais específica. Já o item Emprego ficou com 47,7 pontos. Embora ainda distante dos 55/60 pontos registrados ao longo de 2008, o resultado é muito melhor que os 35/40 verificados desde novembro.
Para Francini, embora seja difícil prever como será o resultado de março, tudo indica que o emprego pode ficar estável. Se cair, ele acredita que será numa intensidade bem menor que a dos últimos meses.
Por enquanto,74 mil vagas já foram fechadas este ano. Na comparação entre fevereiro de 2009 com o de 2008, o nível de emprego mostra retração de 4,57%, com a eliminação de 112,5 mil postos de trabalho no período. Dos 22 segmentos pesquisados, 20 demitiram e só dois contrataram em fevereiro. As empresas do setor de couro e calçados abriram 346 vagas, enquanto as de produtos diversos fizeram 77 contratações.
Indústria corta 236 mil vagas em SP
Com 43 mil dispensas em fevereiro, onda de demissões chega ao 5.º mês, mas Fiesp já vê sinais de estabilização
Em fevereiro, pelo quinto mês consecutivo, as demissões superaram as contratações na indústria paulista. Levantamento divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que as empresas do setor fecharam 43 mil postos de trabalho no mês passado, o que representou queda de 2,09% no nível de emprego em relação a janeiro, segundo dados com ajuste sazonal. Foi o pior resultado para um mês de fevereiro na série histórica da Fiesp, iniciada em julho de 1994.
Desde outubro de 2008, quando os efeitos da crise financeira mundial sobre a indústria se agravaram, as empresas paulistas já fecharam 236,5 mil vagas - o correspondente ao corte de 8,5% no total de 2,350 milhões de postos de trabalho que existiam no setor até setembro.
"Nestes cinco meses, perdemos mais do que havíamos ganho no nosso melhor ano", disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, referindo-se a 2004. Naquele ano, foram abertas mais de 140 mil vagas na indústria paulista. "Como normalmente ocorre a demissão de pouco mais de 35 mil pessoas nesse período de cinco meses, pode-se dizer que houve um corte adicional de 200 mil vagas por causa da crise", acrescentou Francini.
Mas a Fiesp já tem indícios de que o mês de março pode significar o fim do movimento de perda de postos de trabalho. Na primeira quinzena do mês, o indicador Sensor, que mede a confiança dos empresários, marcou 50,2 pontos, o que indica estabilidade, fato que não ocorria desde outubro de 2008. Nesse período, o indicador chegou a bater em 34 pontos, na primeira quinzena de dezembro.
"Isso sugere que as empresas começaram a enxergar alguma melhora no ambiente econômico", disse o diretor da Fiesp.
Dois dos itens que compõem o Sensor tiveram forte recuperação: Mercado, que fechou com 58,9 pontos, e Vendas, com 54,6 pontos. Eles indicam que o industrial percebe melhora tanto no mercado, de forma geral, como nas suas vendas, de forma mais específica. Já o item Emprego ficou com 47,7 pontos. Embora ainda distante dos 55/60 pontos registrados ao longo de 2008, o resultado é muito melhor que os 35/40 verificados desde novembro.
Para Francini, embora seja difícil prever como será o resultado de março, tudo indica que o emprego pode ficar estável. Se cair, ele acredita que será numa intensidade bem menor que a dos últimos meses.
Por enquanto,74 mil vagas já foram fechadas este ano. Na comparação entre fevereiro de 2009 com o de 2008, o nível de emprego mostra retração de 4,57%, com a eliminação de 112,5 mil postos de trabalho no período. Dos 22 segmentos pesquisados, 20 demitiram e só dois contrataram em fevereiro. As empresas do setor de couro e calçados abriram 346 vagas, enquanto as de produtos diversos fizeram 77 contratações.
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