Eliane Cantanhêde
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Lula vai levar cinco acompanhantes para seu encontro de amanhã com Obama, incluindo dois ministros: Amorim, por óbvio, e Dilma, por ser a "gerentona" do governo (além de candidata à sua própria sucessão em 2010).
Mantega e Meirelles ficam na segunda classe, ao lado de Luciano Coutinho (BNDES) e de José Sérgio Gabrielli (Petrobras), para participar de um seminário no "Wall Street Journal", em que, aliás, Dilma voltará ao foco, já na condição de "mãe do PAC" e falando sobre investimentos e regulação.
Mas a grande estrela vai ser mesmo o nosso Lulinha, que não vai pegar o Aerolula, voar esse tempo todo até Washington e ter a honra de ser o terceiro líder a pisar na Casa Branca de Obama para chegar lá humilde, modesto. Muito pelo contrário. Ele quer ir não só como presidente do Brasil nem mesmo só como líder regional, mas como um protagonista mundial. Lula tinha uma boa empatia com Bush e vai se esmerar para que isso se repita ou até se acentue com Obama. Um nordestino retirante que fez a vida e a carreira política em São Paulo até virar presidente.
Um jovem criado pelos avós brancos e de classe média no Havaí e na Indonésia, que se tornou o primeiro presidente negro da potência. Mas Lula deve ter cuidado. O risco é que tente ensinar a Obama como consertar os bancos, segurar a crise internacional, mudar a ONU, o FMI e o Banco Mundial e, de quebra, como tratar de Bolívia e Cuba a Peru e Colômbia. O céu é o limite.
Isso lembra um pouco uma ironia do ex-presidente Itamar Franco, depois de convidar, em vão, José Serra para ser ministro da Fazenda do seu governo e ouvir um programa de governo inteiro: "O Serra não quer ser ministro da Fazenda. Ele quer ser presidente no meu lugar!". Obama não pode sair do encontro de amanhã com a mesma sensação: "O Lula não quer ser líder da América do Sul. Ele quer ser presidente dos EUA!".
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Lula vai levar cinco acompanhantes para seu encontro de amanhã com Obama, incluindo dois ministros: Amorim, por óbvio, e Dilma, por ser a "gerentona" do governo (além de candidata à sua própria sucessão em 2010).
Mantega e Meirelles ficam na segunda classe, ao lado de Luciano Coutinho (BNDES) e de José Sérgio Gabrielli (Petrobras), para participar de um seminário no "Wall Street Journal", em que, aliás, Dilma voltará ao foco, já na condição de "mãe do PAC" e falando sobre investimentos e regulação.
Mas a grande estrela vai ser mesmo o nosso Lulinha, que não vai pegar o Aerolula, voar esse tempo todo até Washington e ter a honra de ser o terceiro líder a pisar na Casa Branca de Obama para chegar lá humilde, modesto. Muito pelo contrário. Ele quer ir não só como presidente do Brasil nem mesmo só como líder regional, mas como um protagonista mundial. Lula tinha uma boa empatia com Bush e vai se esmerar para que isso se repita ou até se acentue com Obama. Um nordestino retirante que fez a vida e a carreira política em São Paulo até virar presidente.
Um jovem criado pelos avós brancos e de classe média no Havaí e na Indonésia, que se tornou o primeiro presidente negro da potência. Mas Lula deve ter cuidado. O risco é que tente ensinar a Obama como consertar os bancos, segurar a crise internacional, mudar a ONU, o FMI e o Banco Mundial e, de quebra, como tratar de Bolívia e Cuba a Peru e Colômbia. O céu é o limite.
Isso lembra um pouco uma ironia do ex-presidente Itamar Franco, depois de convidar, em vão, José Serra para ser ministro da Fazenda do seu governo e ouvir um programa de governo inteiro: "O Serra não quer ser ministro da Fazenda. Ele quer ser presidente no meu lugar!". Obama não pode sair do encontro de amanhã com a mesma sensação: "O Lula não quer ser líder da América do Sul. Ele quer ser presidente dos EUA!".
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