segunda-feira, 23 de março de 2009

ELEIÇÕES DATAFOLHA: BA

Breno Costa
DEU NA FOLHA DE S. PAULO

Wagner está em 1º na Bahia; Geddel não passa do 4º lugar

Em todos os cenários, o 2º colocado é um nome do DEM e o 3º é César Borges, do PR

Peemedebista não vai bem na pesquisa porque ainda é desconhecido do eleitorado baiano, afirma o diretor do Datafolha, Mauro Paulino

Cotado a vice em uma eventual chapa presidencial encabeçada pela chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), aparece apenas em quarto lugar na intenção de voto dos eleitores da Bahia para o governo do Estado, a pouco mais de um ano e meio das eleições.

Quatro cenários projetados pelo Datafolha com oito possíveis candidatos ao governo indicam liderança folgada do atual governador baiano, Jaques Wagner (PT). Ele oscila entre 36% e 38% das intenções de voto na pesquisa estimulada. Na espontânea -sem a apresentação de nomes-, também mantém a dianteira, com 24%.

Geddel aparece em 2 dos 4 cenários. Em um deles, com a presença dos ex-governadores Paulo Souto (DEM) e César Borges (PR), tem 7%. No outro, em que Souto é substituído pelo deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), fica com 8%. Nos dois casos, ele aparece tecnicamente empatado com o radialista Raimundo Varela (PRB).

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, diz acreditar que, caso Geddel se candidate de fato ao governo da Bahia, a intenção de voto deve aumentar. Geddel nunca disputou cargos majoritários.

"Acredito que seja desconhecimento da população, que pode ser revertido a partir do momento em que começar a campanha. Muitas vezes as articulações de bastidores não atingem os eleitores", diz Paulino, em referência ao cenário das eleições municipais de Salvador, em outubro, quando o candidato de Geddel venceu o apadrinhado de Wagner.

DEM

O segundo lugar nas pesquisas é disputado entre os dois principais nomes do DEM baiano, ACM Neto e Paulo Souto. O partido vem sendo considerado cambaleante no Estado após três fatos: a morte do senador Antonio Carlos Magalhães, a perda da hegemonia no governo para o PT e a derrota de ACM Neto na disputa pela Prefeitura de Salvador no ano passado, quando não chegou ao segundo turno.

Quando confrontados, nos cenários, com o senador César Borges, ambos se saem melhor. ACM Neto fica com 17% nos dois cenários em que é citado. Em um deles, Borges tem 14%. Em outro, com Geddel Vieira Lima, o senador fica com 12%.

Quando o possível candidato é Paulo Souto, a diferença chega a ser de nove pontos percentuais (19% x 10%) quando Geddel é incluído na disputa. Sem o ministro, a diferença cai para quatro pontos (18% x 14%).

O Datafolha entrevistou 991 pessoas em 36 municípios baianos, entre os dias 16 e 19 deste mês. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

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