Bertha Maakaroun e Juliana Cipriani
DEU NO ESTADO DE MINAS
Bancadas estadual e federal da legenda se reúnem com ministro do Trabalho, presidente licenciado do partido, para traçar estratégia visando disputa dos palácios do Planalto e Liberdade
Depois do PR, do PTB e do PSB de Ciro Gomes, agora é a vez de o PDT sinalizar disposição em dar sustentação à candidatura de Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto, caso esta se viabilize no PSDB. As bancadas estadual e federal do PDT, reunidas ontem na Assembleia Legislativa com o ministro do Trabalho e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, acertaram dois pontos. O primeiro: embora o partido integre os governos Lula e Aécio, não está compromissado nem com a candidatura do PT no plano federal nem com a do PSDB no plano estadual. Os parlamentares pedetistas concordam num segundo ponto: “Temos compromisso firmado que se Aécio for candidato à Presidência da República iremos apoiá-lo. Caso contrário, vamos estudar a quem hipotecar apoio no plano federal. Na disputa estadual, não temos candidato ao governo de Minas”, resume o deputado federal Mário Heringer (PDT), coordenador da bancada mineira. De forma idêntica, o deputado estadual Carlos Pimenta (PDT) assinala: “Se Aécio for indicado, terá nosso apoio. Se não, a legenda estará livre”.
Mais cauteloso, o ministro Carlos Lupi também indicou a preferência por Aécio depois de se reunir com o tucano no Palácio das Mangabeiras. De acordo com ele, o partido espera uma definição do PSDB para se posicionar. “Eu tenho que aguardar primeiro a decisão do partido do qual o governador Aécio faz parte. É claro que amanhã, o PSDB decidindo pelo nome do governador Aécio, muda todo o quadro eleitoral nacional”, afirmou, evitando antecipar suas preferências. Lupi disse não ter dificuldades também em um eventual apoio à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo PT, por quem teria simpatia. “Agora, a questão não é só de simpatia, é de afinidade, a questão é política”, emendou.
O ministro também deixou claro que o fato de integrar o governo Lula não será decisivo. “Uma coisa não tem necessariamente nada a ver com a outra. Quando assumimos o governo e aceitamos a honrosa missão que o presidente Lula nos deu de ser ministro, aceitamos com o compromisso de base de apoio no governo. Em nenhum momento nós discutimos a sucessão presidencial”, disse. Em Minas, depois de rasgar elogios a Aécio, Carlos Lupi disse que a tendência natural do partido é continuar a caminhar com ele. O partido participa do governo desde a primeira gestão do tucano à frente do Palácio da Liberdade. “A tendência natural, coerente, legítima do partido é acompanhar a continuidade do governo, do governador Aécio”, antecipou.
A movimentação das legendas que hoje integram a base do governo Lula (PT) e tenderão no próximo pleito a gravitar em torno do PSDB ou do PT aponta para um novo elemento que poderá ser essencial no processo de indicação do candidato tucano: a capacidade de agregar e, ao mesmo tempo, esfacelar a base de apoio lulista, numa tentativa de isolar a candidatura presidencial petista da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os tucanos que hoje dão sustentação à pré-candidatura de Aécio Neves no PSDB apostam nas habilidades do mineiro nesse quesito. Não à toa, o discurso dos aecistas passa pela capacidade em aglutinar e pelo potencial de crescer. Já a retórica serrista se prende aos indicadores imediatos de intenção de voto.
Candidatos mais conhecidos têm um recall maior, portanto, exibem melhor desempenho antes da propaganda gratuita. Nada, contudo, que não possa ser revertido ao longo de uma campanha eleitoral, se esta se demonstrar incapaz de agregar novos aliados ao núcleo de oposição integrado pelo PSDB, DEM e PPS.
Novos partidos integrados à proposta tucana, é o que quer Aécio Neves. “Temos um núcleo forte com democratas, o PPS e o PSDB, mas acho que podemos ampliar para não fazermos uma candidatura simplesmente de oposição ao presidente Lula”, afirma. E, para trazer aliados, segundo Aécio, é preciso ser capaz de agregar: “ Esse aspecto, a capacidade de aglutinar, será muito bem avaliado e importante na decisão que o partido vier a tomar no final do ano”.
Segundo ele, o PSDB deverá indicar o nome no próximo dezembro.
Até lá, os tucanos não devem ter pressa, acredita o governador. “Fico feliz de o PSDB ter optado por fazer encontros, movimentar-se pelo país”, afirma. “Vamos chegar ao final do ano. Havendo disputa, vamos fazer uma prévia dentro do partido, para olharmos não apenas aquele que tem maior indicador nas pesquisas, mas aquele que mais agrega e sobretudo quem tem mais condições de vencer as eleições, a partir de um potencial maior de crescimento”, prega o governador mineiro.
DEU NO ESTADO DE MINAS
Bancadas estadual e federal da legenda se reúnem com ministro do Trabalho, presidente licenciado do partido, para traçar estratégia visando disputa dos palácios do Planalto e Liberdade
Depois do PR, do PTB e do PSB de Ciro Gomes, agora é a vez de o PDT sinalizar disposição em dar sustentação à candidatura de Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto, caso esta se viabilize no PSDB. As bancadas estadual e federal do PDT, reunidas ontem na Assembleia Legislativa com o ministro do Trabalho e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, acertaram dois pontos. O primeiro: embora o partido integre os governos Lula e Aécio, não está compromissado nem com a candidatura do PT no plano federal nem com a do PSDB no plano estadual. Os parlamentares pedetistas concordam num segundo ponto: “Temos compromisso firmado que se Aécio for candidato à Presidência da República iremos apoiá-lo. Caso contrário, vamos estudar a quem hipotecar apoio no plano federal. Na disputa estadual, não temos candidato ao governo de Minas”, resume o deputado federal Mário Heringer (PDT), coordenador da bancada mineira. De forma idêntica, o deputado estadual Carlos Pimenta (PDT) assinala: “Se Aécio for indicado, terá nosso apoio. Se não, a legenda estará livre”.
Mais cauteloso, o ministro Carlos Lupi também indicou a preferência por Aécio depois de se reunir com o tucano no Palácio das Mangabeiras. De acordo com ele, o partido espera uma definição do PSDB para se posicionar. “Eu tenho que aguardar primeiro a decisão do partido do qual o governador Aécio faz parte. É claro que amanhã, o PSDB decidindo pelo nome do governador Aécio, muda todo o quadro eleitoral nacional”, afirmou, evitando antecipar suas preferências. Lupi disse não ter dificuldades também em um eventual apoio à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo PT, por quem teria simpatia. “Agora, a questão não é só de simpatia, é de afinidade, a questão é política”, emendou.
O ministro também deixou claro que o fato de integrar o governo Lula não será decisivo. “Uma coisa não tem necessariamente nada a ver com a outra. Quando assumimos o governo e aceitamos a honrosa missão que o presidente Lula nos deu de ser ministro, aceitamos com o compromisso de base de apoio no governo. Em nenhum momento nós discutimos a sucessão presidencial”, disse. Em Minas, depois de rasgar elogios a Aécio, Carlos Lupi disse que a tendência natural do partido é continuar a caminhar com ele. O partido participa do governo desde a primeira gestão do tucano à frente do Palácio da Liberdade. “A tendência natural, coerente, legítima do partido é acompanhar a continuidade do governo, do governador Aécio”, antecipou.
A movimentação das legendas que hoje integram a base do governo Lula (PT) e tenderão no próximo pleito a gravitar em torno do PSDB ou do PT aponta para um novo elemento que poderá ser essencial no processo de indicação do candidato tucano: a capacidade de agregar e, ao mesmo tempo, esfacelar a base de apoio lulista, numa tentativa de isolar a candidatura presidencial petista da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os tucanos que hoje dão sustentação à pré-candidatura de Aécio Neves no PSDB apostam nas habilidades do mineiro nesse quesito. Não à toa, o discurso dos aecistas passa pela capacidade em aglutinar e pelo potencial de crescer. Já a retórica serrista se prende aos indicadores imediatos de intenção de voto.
Candidatos mais conhecidos têm um recall maior, portanto, exibem melhor desempenho antes da propaganda gratuita. Nada, contudo, que não possa ser revertido ao longo de uma campanha eleitoral, se esta se demonstrar incapaz de agregar novos aliados ao núcleo de oposição integrado pelo PSDB, DEM e PPS.
Novos partidos integrados à proposta tucana, é o que quer Aécio Neves. “Temos um núcleo forte com democratas, o PPS e o PSDB, mas acho que podemos ampliar para não fazermos uma candidatura simplesmente de oposição ao presidente Lula”, afirma. E, para trazer aliados, segundo Aécio, é preciso ser capaz de agregar: “ Esse aspecto, a capacidade de aglutinar, será muito bem avaliado e importante na decisão que o partido vier a tomar no final do ano”.
Segundo ele, o PSDB deverá indicar o nome no próximo dezembro.
Até lá, os tucanos não devem ter pressa, acredita o governador. “Fico feliz de o PSDB ter optado por fazer encontros, movimentar-se pelo país”, afirma. “Vamos chegar ao final do ano. Havendo disputa, vamos fazer uma prévia dentro do partido, para olharmos não apenas aquele que tem maior indicador nas pesquisas, mas aquele que mais agrega e sobretudo quem tem mais condições de vencer as eleições, a partir de um potencial maior de crescimento”, prega o governador mineiro.
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