DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Partido fará primeiro encontro do ano no Estado, para prestigiar Aécio e fortalecer o palanque da oposição
Christiane Samarco
BRASÍLIA - A primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB em 2010 será em Belo Horizonte, no final do mês. A decisão de prestigiar o governador mineiro, Aécio Neves, depois que ele renunciou à pré-candidatura presidencial, em dezembro, tem serventia dupla: mostrar que o ambiente interno é de "calma e normalidade" e impulsionar a candidatura do vice-governador Antônio Anastasia (PSDB) na corrida estadual, fortalecendo o palanque nacional da oposição no segundo maior colégio eleitoral do País.
Como o objetivo futuro é conquistar o apoio de Minas ao governador paulista, José Serra, que passou a ser o único pré-candidato tucano à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), adverte logo que a escolha do vice será "assunto proibido" na reunião.
Guerra sabe que o sonho de consumo do tucanato é a chapa puro-sangue, com Aécio como vice de Serra. Por isso, avisa que será uma "reunião normal", para a qual Serra nem será convidado a participar, e que o vice não será discutido agora.
"Antecipar o debate do vice quando nem pré-candidato oficial nós temos, não é bom para o nosso projeto político em Minas, nem para a campanha nacional do PSDB", defende o presidente do partido. Diante da enorme popularidade de Aécio e do desejo do eleitorado mineiro de vê-lo candidato a presidente, Guerra não tem dúvidas de que, "se fosse uma reunião para pressionar em favor da chapa puro-sangue, o último lugar para realizá-la seria Minas".
A recomendação de não tratar do assunto não é só dele. Dirigentes e líderes tucanos que se encontraram com Guerra na segunda-feira, no Rio, já se acertaram em torno disso. Foi nessa conversa que se decidiu a escolha de Belo Horizonte para sediar a reunião. Daqui para frente, as reuniões mensais da direção serão itinerantes. A escolha se dará na medida em que os palanques forem ajustados.
"Minas agirá com maior lealdade possível. Vamos ajudar na campanha nacional", afirma o secretário-geral do partido, deputado Rodrigo de Castro. "O PSDB mineiro está totalmente entrosado no PSDB nacional. Não tem isso de PSDB mineiro, paulista nem pernambucano", completa Guerra. "Estamos todos unidos na disposição de enfrentar essa avalanche de propaganda do governo".
PROPAGANDA SUBLIMINAR
A ideia é montar uma agenda que ajude a reforçar os palanques tucanos e a ganhar espaço no noticiário nacional. Presente ao encontro do Rio, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-RJ) defendeu uma ação parlamentar sincronizada com o candidato, sobretudo diante da "propaganda escandalosa do governo". Para ele, pior que a propaganda oficial é a privada, transvestida de oficial. Ele citou até o nome de uma importante montadora que, na sua opinião, estaria "a serviço do governo".
Tucanos avaliam que a propaganda subliminar, com o conceito e a linguagem adotados por Lula em sua fala oficial de final do ano, está presente na publicidade de várias empresas. C.S.
Partido fará primeiro encontro do ano no Estado, para prestigiar Aécio e fortalecer o palanque da oposição
Christiane Samarco
BRASÍLIA - A primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB em 2010 será em Belo Horizonte, no final do mês. A decisão de prestigiar o governador mineiro, Aécio Neves, depois que ele renunciou à pré-candidatura presidencial, em dezembro, tem serventia dupla: mostrar que o ambiente interno é de "calma e normalidade" e impulsionar a candidatura do vice-governador Antônio Anastasia (PSDB) na corrida estadual, fortalecendo o palanque nacional da oposição no segundo maior colégio eleitoral do País.
Como o objetivo futuro é conquistar o apoio de Minas ao governador paulista, José Serra, que passou a ser o único pré-candidato tucano à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), adverte logo que a escolha do vice será "assunto proibido" na reunião.
Guerra sabe que o sonho de consumo do tucanato é a chapa puro-sangue, com Aécio como vice de Serra. Por isso, avisa que será uma "reunião normal", para a qual Serra nem será convidado a participar, e que o vice não será discutido agora.
"Antecipar o debate do vice quando nem pré-candidato oficial nós temos, não é bom para o nosso projeto político em Minas, nem para a campanha nacional do PSDB", defende o presidente do partido. Diante da enorme popularidade de Aécio e do desejo do eleitorado mineiro de vê-lo candidato a presidente, Guerra não tem dúvidas de que, "se fosse uma reunião para pressionar em favor da chapa puro-sangue, o último lugar para realizá-la seria Minas".
A recomendação de não tratar do assunto não é só dele. Dirigentes e líderes tucanos que se encontraram com Guerra na segunda-feira, no Rio, já se acertaram em torno disso. Foi nessa conversa que se decidiu a escolha de Belo Horizonte para sediar a reunião. Daqui para frente, as reuniões mensais da direção serão itinerantes. A escolha se dará na medida em que os palanques forem ajustados.
"Minas agirá com maior lealdade possível. Vamos ajudar na campanha nacional", afirma o secretário-geral do partido, deputado Rodrigo de Castro. "O PSDB mineiro está totalmente entrosado no PSDB nacional. Não tem isso de PSDB mineiro, paulista nem pernambucano", completa Guerra. "Estamos todos unidos na disposição de enfrentar essa avalanche de propaganda do governo".
PROPAGANDA SUBLIMINAR
A ideia é montar uma agenda que ajude a reforçar os palanques tucanos e a ganhar espaço no noticiário nacional. Presente ao encontro do Rio, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-RJ) defendeu uma ação parlamentar sincronizada com o candidato, sobretudo diante da "propaganda escandalosa do governo". Para ele, pior que a propaganda oficial é a privada, transvestida de oficial. Ele citou até o nome de uma importante montadora que, na sua opinião, estaria "a serviço do governo".
Tucanos avaliam que a propaganda subliminar, com o conceito e a linguagem adotados por Lula em sua fala oficial de final do ano, está presente na publicidade de várias empresas. C.S.
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