DEU NO VALOR ECONÔMICO
Cristiane Agostine, de São Paulo
Morreu na noite de segunda-feira o cientista político e ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro Gildo Marçal Brandão. Às vésperas de completar 61 anos, que seriam comemorados hoje, Brandão foi vítima de um ataque cardíaco, segundo informaram seus amigos.
Cristiane Agostine, de São Paulo
Morreu na noite de segunda-feira o cientista político e ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro Gildo Marçal Brandão. Às vésperas de completar 61 anos, que seriam comemorados hoje, Brandão foi vítima de um ataque cardíaco, segundo informaram seus amigos.
Ele estava em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, com a família, preparando-se para a apresentação na Universidade de São Paulo (USP) que o efetivaria como professor da instituição.
O corpo foi velado ontem, na capital paulista.
De acordo com informações fornecidas por amigos, Brandão tinha uma cardiopatia grave há anos, mas estava bem de saúde.
Brandão trabalhava como professor do Departamento de Ciência Política da USP, de onde era livre-docente desde 2004, e é reconhecido como um dos maiores pesquisadores das linhagens do pensamento político-social brasileiro - tema de livro de sua autoria e de coletâneas de textos clássicos.
Nos anos 80, ainda na resistência à ditadura, Brandão integrou a primeira diretoria do jornal "Voz da Unidade", do PCB. Também trabalhou como jornalista na Gazeta Mercantil e na "Folha de S.Paulo". O Partido Comunista foi seu objeto de estudo na tese de doutorado e a pesquisa aprofundada resultou no livro "A Esquerda Positiva (As Duas Almas do Partido Comunista, (1920-1964)".
Amigo de Brandão, Brasílio Sallum, também professor da USP, lembrou que o ex-dirigente do partidão costumava falar que a ditadura não devia ser "derrubada", mas sim "derrotada". "Ele não militava mais, mas sempre foi um homem da esquerda", disse Sallum.
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