DEU EM O GLOBO
Às vésperas da convenção que oficializará apoio a Gabeira, mudança desagrada a aliados; PPS insiste na vaga
Gerson Camarotti, Cassio Bruno e Natanael Damasceno
BRASÍLIA e RIO. Por determinação do comando nacional do PSDB, a direção tucana no Rio de Janeiro decidiu lançar um candidato próprio ao Senado, em prejuízo do acordo prévio para apoiar a candidatura do exdeputado Marcelo Cerqueira (PPS), na aliança encabeçada pelo deputado Fernando Gabeira (PV), que disputará o governo estadual. A decisão foi tomada após três reuniões do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), com dirigentes estaduais do partido.
A decisão do PSDB causou grande desconforto no partido aliado, mas o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que o diretório no Rio terá autonomia para decidir. Freire criticou a pressão para substituir o candidato do partido ao Senado em cima da hora. Hoje, deve acontecer nova reunião entre integrantes de PSDB e PPS. O ex-deputado tucano Márcio Fortes já conversou com Cerqueira sobre a troca.
— O PPS do Rio é que vai decidir.
Mas, pelo que eu vi, isso não foi recebido com bons olhos. Fazer isso na véspera é muito ruim. Temos um grande candidato no Rio, que é o Gabeira, e uma grande aliança. Se mexer, o problema pode ser maior.
Lançamos o que de melhor tinha no Rio. Mas agora (os tucanos) descobriram que é importante ter um candidato majoritário — disse Freire, contrariado.
“Fomos pegos de surpresa”, diz dirigente do PPS No Rio, o presidente regional do PPS, deputado estadual Comte Bittencourt, disse que não abrirá mão de Cerqueira e que a coligação de Gabeira, formada por PV-PSDB-DEMPPS, será mantida: — Fomos pegos de surpresa.
Não há crise. A coligação continua a mesma — desconversou Comte.
Já o ex-prefeito Cesar Maia, que concorrerá ao Senado pelo DEM, afirmou que o diretório fluminense do seu partido manterá o apoio ao PPS.
— Hoje, o Sergio Guerra (presidente nacional do PSDB) e s t e v e e m m e u apartamento tratando da campanha de Serra no Estado do Rio quando, de passagem, me informou sobre as demarches entre PSDB e PPS. Eu disse que o DEM estará firme com o PPS seja qual for a decisão que o PPS tomar.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, também disse que não criaria problemas para a substituição de Cerqueira por um tucano, desde que o PPS concorde: — Se não tiver problema por parte do PPS, o DEM irá apoiar a solução. Mas essa tem que ser uma decisão do PPS — disse Rodrigo.
Na coordenação da campanha de Serra, há um cuidado para evitar uma crise por causa dessa mudança.
Por isso, o próprio Sérgio Guerra e o deputado J u t a h y J u n i o r (PSDB-BA) fizeram reuniões ontem no Rio. Há u m m ê s , o co mando do partido já tinha alertado sobre a necessidade de ter pelo menos um candidato ao Senado para massificar o número da legenda (45), na propaganda regional. Como não houve avanço nas negociações, o comando nacional tucano resolveu pressionar.
— Nós mostramos a importância de ter uma presença do partido na chapa majoritária com uma candidatura ao Senado.
Mas tem que ser uma construção do diretório estadual com os aliados — disse Jutahy.
Foram escalados para resolver o impasse o ex-deputado Márcio Fortes, candidato a vice na chapa de Gabeira, o presidente estadual do PSDB, o prefeito José Camilo Zito (Duque de Caxias), e o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha. Uma das alternativas seria realizar uma troca de cargos na chapa entre Márcio Fortes e Cerqueira.
Fortes, que também participou da reunião com os dirigentes nacionais no Rio, negou que seja o nome escolhido pelo partido para a disputa ao Senado: — Não. Eu não. Não é essa a questão que está posta. A coligação tem dois candidatos ao Senado. Nós estamos evoluindo para, eventualmente, termos um candidato do PSDB ao Senado em lugar de um outro candidato.
Isso não está elaborada.
“É praticamente impossível mudar”, diz Gabeira Gabeira ironizou ontem a suposta tentativa de tucanos de implodir seu palanque: — Não vão implodir palanque nenhum. Se for implodir, precisam avisar antes para ninguém se machucar. A situação (da coligação) não mudou. É praticamente impossível mudar. Estamos a 48 horas da convenção. Se houvesse mudança, eu saberia.
O presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, seguiu o mesmo tom de Gabeira: — Falei com dirigentes do PSDB e, com relação ao Gabeira, tudo deve continuar como está. O que eles estão discutindo é uma possibilidade de lançar um candidato ao Senado.
Marcelo Cerqueira não retornou as ligações.
Às vésperas da convenção que oficializará apoio a Gabeira, mudança desagrada a aliados; PPS insiste na vaga
Gerson Camarotti, Cassio Bruno e Natanael Damasceno
BRASÍLIA e RIO. Por determinação do comando nacional do PSDB, a direção tucana no Rio de Janeiro decidiu lançar um candidato próprio ao Senado, em prejuízo do acordo prévio para apoiar a candidatura do exdeputado Marcelo Cerqueira (PPS), na aliança encabeçada pelo deputado Fernando Gabeira (PV), que disputará o governo estadual. A decisão foi tomada após três reuniões do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), com dirigentes estaduais do partido.
A decisão do PSDB causou grande desconforto no partido aliado, mas o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que o diretório no Rio terá autonomia para decidir. Freire criticou a pressão para substituir o candidato do partido ao Senado em cima da hora. Hoje, deve acontecer nova reunião entre integrantes de PSDB e PPS. O ex-deputado tucano Márcio Fortes já conversou com Cerqueira sobre a troca.
— O PPS do Rio é que vai decidir.
Mas, pelo que eu vi, isso não foi recebido com bons olhos. Fazer isso na véspera é muito ruim. Temos um grande candidato no Rio, que é o Gabeira, e uma grande aliança. Se mexer, o problema pode ser maior.
Lançamos o que de melhor tinha no Rio. Mas agora (os tucanos) descobriram que é importante ter um candidato majoritário — disse Freire, contrariado.
“Fomos pegos de surpresa”, diz dirigente do PPS No Rio, o presidente regional do PPS, deputado estadual Comte Bittencourt, disse que não abrirá mão de Cerqueira e que a coligação de Gabeira, formada por PV-PSDB-DEMPPS, será mantida: — Fomos pegos de surpresa.
Não há crise. A coligação continua a mesma — desconversou Comte.
Já o ex-prefeito Cesar Maia, que concorrerá ao Senado pelo DEM, afirmou que o diretório fluminense do seu partido manterá o apoio ao PPS.
— Hoje, o Sergio Guerra (presidente nacional do PSDB) e s t e v e e m m e u apartamento tratando da campanha de Serra no Estado do Rio quando, de passagem, me informou sobre as demarches entre PSDB e PPS. Eu disse que o DEM estará firme com o PPS seja qual for a decisão que o PPS tomar.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, também disse que não criaria problemas para a substituição de Cerqueira por um tucano, desde que o PPS concorde: — Se não tiver problema por parte do PPS, o DEM irá apoiar a solução. Mas essa tem que ser uma decisão do PPS — disse Rodrigo.
Na coordenação da campanha de Serra, há um cuidado para evitar uma crise por causa dessa mudança.
Por isso, o próprio Sérgio Guerra e o deputado J u t a h y J u n i o r (PSDB-BA) fizeram reuniões ontem no Rio. Há u m m ê s , o co mando do partido já tinha alertado sobre a necessidade de ter pelo menos um candidato ao Senado para massificar o número da legenda (45), na propaganda regional. Como não houve avanço nas negociações, o comando nacional tucano resolveu pressionar.
— Nós mostramos a importância de ter uma presença do partido na chapa majoritária com uma candidatura ao Senado.
Mas tem que ser uma construção do diretório estadual com os aliados — disse Jutahy.
Foram escalados para resolver o impasse o ex-deputado Márcio Fortes, candidato a vice na chapa de Gabeira, o presidente estadual do PSDB, o prefeito José Camilo Zito (Duque de Caxias), e o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha. Uma das alternativas seria realizar uma troca de cargos na chapa entre Márcio Fortes e Cerqueira.
Fortes, que também participou da reunião com os dirigentes nacionais no Rio, negou que seja o nome escolhido pelo partido para a disputa ao Senado: — Não. Eu não. Não é essa a questão que está posta. A coligação tem dois candidatos ao Senado. Nós estamos evoluindo para, eventualmente, termos um candidato do PSDB ao Senado em lugar de um outro candidato.
Isso não está elaborada.
“É praticamente impossível mudar”, diz Gabeira Gabeira ironizou ontem a suposta tentativa de tucanos de implodir seu palanque: — Não vão implodir palanque nenhum. Se for implodir, precisam avisar antes para ninguém se machucar. A situação (da coligação) não mudou. É praticamente impossível mudar. Estamos a 48 horas da convenção. Se houvesse mudança, eu saberia.
O presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, seguiu o mesmo tom de Gabeira: — Falei com dirigentes do PSDB e, com relação ao Gabeira, tudo deve continuar como está. O que eles estão discutindo é uma possibilidade de lançar um candidato ao Senado.
Marcelo Cerqueira não retornou as ligações.
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