domingo, 15 de agosto de 2010

Gabeira diz que terá que trabalhar por 2º turno

DEU EM O GLOBO

Verde espera que debates e programa de TV reduzam distância de 43 pontos percentuais entre ele e Cabral

Rafael Galdo

O candidato ao governo do Rio pelo PV, Fernando Gabeira, admitiu ontem dificuldades para chegar a um possível segundo turno. Mas disse contar com o início da propaganda eleitoral na TV, a realização de novos debates e entrevistas para emissoras de televisão para diminuir a diferença em relação ao governador Sérgio Cabral (PMDB). Na pesquisa Datafolha divulgada anteontem e contratada pela Rede Globo e Folha de S. Paulo, Gabeira teve 14% dos votos, contra 57% de Cabral, que ganharia no primeiro turno.

As pesquisas indicam que tenho que trabalhar muito para provocar um segundo turno reconheceu. Começou agora uma nova fase, mais produtiva.

Agosto sempre foi difícil para mim. Em 2008, terminei o mês com 8%. Setembro é quando realmente conseguimos a arrancada.

Vamos fazer tudo para levar a eleição ao segundo turno continuou.

O candidato afirmou ainda não ver um motivo específico para ter caído de 18% na pesquisa do Datafolha do fim de julho para 14%, no novo levantamento.

Mas reconheceu que não aconteceu nada também que tenha provocado um avanço, o que ele espera que ocorra a partir das próximas semanas.

Começando os debates e o programa de televisão, grande parte da população deve tomar conhecimento do processo, dos candidatos e do que está em jogo. E estou lutando contra uma máquina muito poderosa, que gastou R$ 430,1 milhões em propaganda justificou, atacando os gastos do governo Cabral com publicidade.

Gabeira participou ontem de encontros do DEM em Guaratiba e em Santa Cruz, na Zona Oeste, ao lado dos candidatos ao Senado de sua chapa, Cesar Maia (DEM) e Marcelo Cerqueira (PPS). Ele afirmou que, para combater as milícias da região, não bastam as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) prometidas por Cabral.

Para Gabeira, é preciso um trabalho de inteligência, para atacar as fontes de renda desses grupos, como a venda de botijões de gás: A milícia recompra o gás de botijão e revende R$ 10 a R$ 15 mais caro. E obriga as pessoas a comprarem, sob pena de morte. É preciso controlar também as revendedoras.

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