quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PSB faz ofensiva para blindar ministro

BRASÍLIA. Diante da possibilidade de enfraquecimento do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, neste período que antecede uma reforma ministerial, a cúpula do PSB fez uma ofensiva ontem para protegê-lo. A estratégia teve como objetivo preservar não apenas Bezerra, mas seu padrinho político, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. A ordem no partido foi a de dividir com o Planalto a responsabilidade por todas as decisões do ministério.

Campos afirmou, em Recife, que os recursos liberados tinham sido acertados com a presidente Dilma Rousseff para obras de barragens com o objetivo de conter enchentes.

Ontem pela manhã, diante da informação de que a presidente Dilma orientou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a monitorar as ações e liberações do ministério, integrantes do PSB manifestaram descontentamento junto ao Planalto.

A situação foi contornada depois que Gleisi soltou nota informando que não recebeu por "parte da presidenta da República nenhuma orientação ou determinação para intervir na execução orçamentária do Ministério da Integração Nacional" e que Fernando Bezerra "é e continua sendo responsável pela execução dos programas e projetos daquela Pasta."

De fato, Dilma ficou contrariada com o noticiário sobre uso político de verbas e determinou um monitoramento na pasta. Deputados do PSB saíram em defesa do ministro. O deputado Júlio Delgado (MG) criticou:

- Essa postura executiva de cobrança, em ano eleitoral, com o PSB sendo paquerado por partidos da base e da oposição, não é boa. O ministro tem apoio da bancada. Não é uma atitude simpática da parte do governo.

FONTE: O GLOBO

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