O Carnaval é sempre um bom termômetro para os políticos medirem a popularidade. Em ano de eleitoral, vale também sentir como está o clima entre os aliados e adversários. É com esse espírito que o prefeito do Recife, João da Costa (PT), recebe hoje em sua casa, no bairro da Macaxeira, vereadores e deputados federais da base governista e também da oposição. É de domínio público que o petista enfrenta fortes resistências entre aliados e correligionários, que se negam a apoiá-lo para mais um mandato. O almoço será uma oportunidade cavada pelo prefeito para se aproximar dos deputados federais e vereadores, tentando, assim, diminuir as arestas, já que passado o período de momo, não haverá mais como adiar o debate em torno da sucessão.
O anúncio do almoço, entretanto, foi uma das principais polêmicas da semana passada envolvendo João da Costa. Causou mal estar porque embora o encontro estivesse sendo tratado por interlocutores da prefeitura como um evento privado, alguns vereadores reclamaram da “pompa” institucional empregada na divulgação do evento e ainda da exclusão de alguns nomes da Casa da lista de convidados.
Um dos questionamentos foi o fato de os convites para o almoço terem sido impressos em papel timbrado da PCR, e enviados pelo cerimonial da própria Prefeitura. Muitos entenderam tratar-se de um almoço oficial e consideraram “deselegante” a atitude do prefeito em deixar de lado vereadores que fazem oposição ou são desafetos políticos, a exemplo do ex-presidente da Câmara, que cumpriu mandato nos dois primeiros anos da gestão do prefeito, Múcio Magalhães (PT). Oposicionistas como Priscila Krause (DEM), Aline Mariano (PSDB) e Sérgio Magalhães (PSD) também ficaram de fora. Após a repercussão negativa do fato, o prefeito recuou, enviando convites para os vereadores antes “esquecidos”. (B.S)
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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