quarta-feira, 13 de março de 2013

Aécio volta a atacar o PT

Em seminário do PSDB, o presidenciável disse ontem que antecipação da campanha é boa para os tucanos

Paulo de Tarso Lyra

O PSDB mudou o próprio discurso e afirmou ontem, durante o primeiro seminário do partido para discutir os problemas do país, que a decisão do PT de antecipar a campanha presidencial de 2014 é boa para a oposição. “É uma oportunidade para viajarmos pelo país mostrando o Brasil real e não o Brasil virtual, fruto da propaganda mentirosa do PT e do governo”, declarou o provável candidato do PSDB à presidência, o senador Aécio Neves (MG). À noite, ele recebeu sete dos oito governadores do partido para um jantar em seu apartamento. Somente Simão Jatene, do Pará, não compareceu — ele se recupera de uma cirurgia.

A exemplo do que aconteceu em Goiânia na semana passada, Aécio foi mais uma vez saudado aos gritos de “Brasil, para frente, Aécio presidente”. Ele afirmou que a disposição do PSDB e de outros setores da oposição é não apenas apontar os acertos do passado e os erros do presente, mas também apresentar propostas para o futuro do país. “Eles estão dilapidando o patrimônio nacional, desconstruindo uma história escrita ao longo das últimas décadas”, completou o senador.

O parlamentar mineiro voltou a acusar o governo do PT de falhar no planejamento estratégico e aparelhar a máquina público federal. “Temos que assegurar que a meritocracia vença o aparelhamento e que o planejamento supere o improviso”, completou Aécio, que participou do evento ao lado do presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).

O presidenciável tucano também repetiu que o poder está excessivamente concentrado nas mãos do governo federal. Em um sinal de que tem conseguido superar arestas internas no partido, o seminário do PSDB contou com a presença do vice-presidente da legenda e ex-vice governador de São Paulo, Alberto Goldmann. Ele foi vice de José Serra entre 2006 e 2010, e inflamou os presentes com uma convocação. “É assim que eu gosto, um partido em pé-de-guerra. O papel do partido agora é preparar-se para a guerra. É assim que eu sou e é assim que eu quero que todos sejam”, completou Goldmann.

Ele lembrou que todas as transformações feitas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso foram duramente combatidas pelo PT. “Eles são os verdadeiros reacionários desse país, sempre foram contrários a qualquer tipo de transformação”, criticou o vice-presidente do PSDB.

Goldmann lembrou que “o governo democrático do PSDB” propunha mudanças por emenda constitucional, não por medida provisória. “É porque eles não conseguem montar uma maioria parlamentar com base no convencimento, no debate ideológico e na afinidade política. Nós sabemos como eles formaram essa maioria parlamentar. Nós bem sabemos”, insinuou o tucano paulista.

Colaborou Edson Luiz

Fonte: Correio Braziliense

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