quarta-feira, 13 de março de 2013

Dilma é só promessas no nordeste

RUMO A 2014 - De novo na região, desta vez em Alagoas, presidente promete até cabras e vacas para agricultores prejudicados pela seca

Eduardo Bresciani / Agência Estado

ÁGUA BRANCA (AL) - Em sua segunda visita ao Nordeste em menos de oito dias, a presidente Dilma Rousseff inaugurou ontem em Alagoas trecho de uma obra que leva água ao Sertão alagoano e prometeu até cabras e vacas para agricultores que sofrem com a seca na região. No palco, políticos alagoanos de vários partidos, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), o senador Fernando Collor (PTB) e o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB).

A inauguração pela presidente dos dois primeiros trechos da obra do Canal do Sertão visa minimizar os efeitos dos atrasos no cronograma da Transposição do Rio São Francisco, que beneficiará quatro Estados e tem como prazo de entrega o ano de 2015. O projeto do Canal do Sertão prevê 250 quilômetros de extensão dentro de Alagoas. Até agora, 65 quilômetros foram entregues e estão em funcionamento desde fevereiro. A presidente se comprometeu com a construção de mais dois trechos, o que faria a obra chegar próxima a sua metade. O governo federal já investiu R$ 1 bilhão e vai investir mais R$ 1,1 bilhão nos outros dois trechos.

Em um discurso de quase 30 minutos, Dilma usou um termo mencionado pelo governador de Alagoas para dizer que a obra vai "desembestar". Destacou ações emergenciais do governo federal para minimizar os efeitos de uma das secas mais rigorosas dos últimos anos e prometeu recompor o rebanho perdido por agricultores por causa da estiagem dentro de um programa para ser implementado após o fim da seca.

"É um programa de retomada. Quando a seca passar, não basta chover, vai ter de recuperar rebanho, bode, cabra, bovino, galinhas. O governo federal está atento a isso. Não posso recuperar quando tem seca, porque vai morrer outra vez, mas quero assegurar ao pequeno produtor que teve sua cabrinha morta, seu boizinho, que o governo federal vai recompor isso", prometeu.

O modelo para financiar o rebanho, segundo fontes do Planalto, não está definido ainda e nem quem oferecerá o dinheiro, podendo ser o Banco do Brasil, o agente. Na semana passada, Dilma já tinha falado, para integrantes da Contag, da necessidade de recuperação das criações de galinha, cabras e bois, mortos por causa da seca. A pessoa receberia, então, um financiamento dentro de "um programa para retomar a criação", conforme disse a presidente à confederação dos trabalhadores na agricultura.

Ela destacou a compra de milho subsidiado durante a seca, o repasse de recursos em espécie por meio de programas federais e a contratação de carros pipa para atender às áreas mais afetadas.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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