Partido em Minas já decidiu por apoiar um nome da base tucana
Lucas Pavanelli
Nos últimos dez anos, o PDT já foi base, rompeu, lançou candidato próprio à Presidência e retomou a aliança com o PT. Nas eleições de 2014, no entanto, pode ser a primeira vez que os trabalhistas surjam, de fato, como oposição.
A parceria com os petistas dura seis anos e começou com a nomeação do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, no Ministério do Trabalho, em 2007. E é o mesmo Lupi (que pediu demissão do cargo após envolvimento em série de denúncias de corrupção) o pivô deste novo cenário político. O pedetista mantém conversas com dois pré-candidatos à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Em Minas, o PDT já definiu apoio à base do governo do Estado e vai fazer pressão na executiva nacional para levar o apoio à candidatura de Aécio. O presidente estadual da legenda, Mário Heringer, aposta na boa relação entre Lupi e Aécio, e na proximidade do PDT com os tucanos em outros Estados.
“Tem muito Estado em que a relação é mais fácil com o PSDB do que com o PT: no Rio Grande do Sul, Paraná, Amapá, Distrito Federal, Rio de Janeiro, por exemplo. Eles podem cooperar fortemente nessa decisão”, acredita Heringer.
Outro fator pode ser levado em conta – a disputa de palanques. O Rio Grande do Sul, onde o PDT compõe a base do governador Tarso Genro PT, é um exemplo.
“É quase impossível o PDT não ter candidatura lá. Aí o PT vai querer que nós apoiemos a Dilma. E ela vai subir no palanque do Tarso Genro? Como é que fica?”, questiona a vice-presidente nacional do PDT, a gaúcha Michelina Vecchio.
Brizola Neto perde força
A corrente do PDT capitaneada por Carlos Lupi acredita que a ala liderada pelo deputado Brizola Neto, que quer continuar na base de Dilma, não tem mais força. “A oposição representa 3% do partido e não terá peso suficiente para interferir nas decisões”, afirmou o presidente do PDT de Minas, Mário Heringer.
Fonte: O Tempo (MG)
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