Dimmi Amora – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - As eleições municipais de outubro tiveram peso decisivo na decisão do PMDB-RJ de romper com o governo Dilma Rousseff.
O diretório fluminense é o que tem mais votos no PMDB nacional –12 de 119– e vinha tentando manter o partido na base aliada. Na terça-feira (29), o partido decidirá se determina a seus filiados que deixem os cargos na Esplanada.
Pesquisas de opinião realizadas para preparar as candidaturas nas eleições municipais têm mostrado que a vinculação com o PT, com o ex-presidente Lula ou com Dilma piora índices de candidaturas a prefeito, até mesmo de nomes com boas intenção de votos.
Um caso concreto ocorreu na cidade de Niterói, uma das mais importantes do Rio, em que o prefeito Rodrigo Neves tem uma administração bem avaliada e é apontado como um dos favoritos da eleição. Grupos do PMDB do Rio, que participam do governo, recomendaram que ele fizesse pesquisas para avaliar o impacto do PT, ao qual era filiado, em sua candidatura.
Os resultados apavoraram os caciques do partido. Neves teria perto de 40% quando os entrevistados respondem questionário em que não era apontado o partido. Quando a pesquisa vinculava o prefeito ao PT, os índices caiam para perto dos 15%.
De saída
Neves anunciou sua saída do PT neste mês, rumo ao PV. Outros dois prefeitos, de Paraty e São Pedro da Aldeia, seguiram o mesmo caminho.
O PMDB do Rio governa o Estado e a prefeitura da capital, além de ter eleito a maioria dos prefeitos das 91 cidades do interior.
O partido já enfrenta um desafio para se manter no comando da capital. O candidato escolhido, o deputado federal Pedro Paulo, era pouco conhecido, tinha baixo índice de intenção de votos e se fiava nos bons índices de avaliação do atual prefeito, Eduardo Paes, para crescer nas pesquisas.
A candidatura de Pedro Paulo se tornou ainda mais problemática quando ele foi acusado de ter agredido sua mulher, e o partido já dá sinais de que pode abandoná-lo.
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