Declaração de parte do PSOL, partido de Freixo, sobre a morte de ex-primeiro-ministro de Israel revoltou judeus.
PSOL chama Peres de ‘genocida’, e Freixo se desculpa
• Corrente ligada ao partido publica texto atacando ex-primeiro ministro de Israel, irrita judeus e leva campanha a se explicar
Miguel Caballero - O Globo
Uma nota de uma corrente do PSOL sobre a morte do ex-primeiro ministro de Israel Shimon Peres provocou revolta entre a comunidade judaica do Rio e desconforto na campanha de Marcelo Freixo a prefeito. Numa eleição em que a ligação de Marcello Crivella com a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) é considerada um ponto de fragilidade do candidato do PRB, o caso criou atrito entre Freixo e os judeus da cidade.
No último dia 9, a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST) publicou em seu site um texto sobre Peres, morto em 28 de setembro, em que diz que o ex-primeiro ministro “foi um dos fundadores do Estado de Israel e de sua milícia terrorista Haganah, dedicada a exterminar e expulsar palestinos de seus territórios”, e que ele é “responsável direto das agressões e bombardeios, execuções extrajudiciais e violação dos direitos humanos” sofridas por palestinos. Com o título “Morreu o genocida Prêmio Nobel da Paz”, o texto encerrava dizendo que “com razão, enquanto os poderosos lhe fizeram homenagens em Israel, os palestinos festejaram”.
A péssima repercussão do texto levou Freixo a pedir desculpas à comunidade judaica. Em seu perfil no Facebook, o candidato publicou, na quinta-feira à noite, um texto afirmando que as opiniões expressas no texto não são autorizadas pela campanha.
“Marcelo Freixo repudia os textos que circularam pelas redes sociais desqualificando Israel e seu ex-presidente Shimon Peres. A produção e circulação desses textos não passou pela coordenação da campanha e, desta forma, está desautorizada. Pedimos desculpas aos que se sentiram ofendidos e reafirmamos que as posições expressadas nos textos não condizem com a opinião do candidato Marcelo Freixo a respeito da comunidade judaica”, diz o texto do candidato.
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