Clóvis Rossi
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
SÃO PAULO - Recebi uma surpreendente chuva de e-mails a propósito da coluna de ontem, em que defendi regras básicas e mais rígidas para que a Folha aceite palpites de economistas. Surpreendente primeiro pela quantidade. Temas econômicos mobilizam menos o leitor.
Surpreendente também por ter sido a primeira vez na vida em que todos os bilhetes eram favoráveis -até de uma economista (Maria do Rosário Peixoto, do Rio de Janeiro).
Mas o que me leva a voltar ao assunto é a incrível coincidência de o jornal espanhol "El País" ter dedicado ao tema, no mesmo dia em que saiu a coluna, duas páginas inteirinhas. Conta inclusive que a rainha da Inglaterra fez uma visita solene à mitológica London School of Economics.
Depois do protocolo de praxe, sacou da algibeira a seguinte pergunta: "Por que ninguém foi capaz de antecipar o que desabou sobre nós?".
Pois é, rainha, fico feliz de ter sua nobre companhia. "El País" foi bem além do que meu modesto espaço me permitia, para contar coisas do arco da velha. Como: 1 - Há um ano, pediu a 15 corretoras da Bolsa um palpite sobre o nível em que estaria a Bolsa madrilenha em dezembro.
Na média dos palpites, deu 17,3 mil pontos. Na vida real, está em 9.000 pontos.
2 - Crédit Suisse, UBS, Citigroup, JPMorgan, Deutsche Bank, Goldman Sachs, BNP Paribas são mega-instituições que, em conjunto, analisam ações de 10 mil companhias.
Em junho (detalhe: um ano depois de eclodida a crise das subprimes), só 13% de seus conselhos eram para vender ações (a propósito, você reviu os conselhos do economista-chefe de seu banco?).
3 - Saindo do setor privado, o FMI dizia, em janeiro de 2007, que os Estados Unidos cresceriam 3% em 2008. Agora, a nova previsão é de magro 1,4%, a metade, portanto.
Repito: jogadores de búzios fariam melhor. E mais barato.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
SÃO PAULO - Recebi uma surpreendente chuva de e-mails a propósito da coluna de ontem, em que defendi regras básicas e mais rígidas para que a Folha aceite palpites de economistas. Surpreendente primeiro pela quantidade. Temas econômicos mobilizam menos o leitor.
Surpreendente também por ter sido a primeira vez na vida em que todos os bilhetes eram favoráveis -até de uma economista (Maria do Rosário Peixoto, do Rio de Janeiro).
Mas o que me leva a voltar ao assunto é a incrível coincidência de o jornal espanhol "El País" ter dedicado ao tema, no mesmo dia em que saiu a coluna, duas páginas inteirinhas. Conta inclusive que a rainha da Inglaterra fez uma visita solene à mitológica London School of Economics.
Depois do protocolo de praxe, sacou da algibeira a seguinte pergunta: "Por que ninguém foi capaz de antecipar o que desabou sobre nós?".
Pois é, rainha, fico feliz de ter sua nobre companhia. "El País" foi bem além do que meu modesto espaço me permitia, para contar coisas do arco da velha. Como: 1 - Há um ano, pediu a 15 corretoras da Bolsa um palpite sobre o nível em que estaria a Bolsa madrilenha em dezembro.
Na média dos palpites, deu 17,3 mil pontos. Na vida real, está em 9.000 pontos.
2 - Crédit Suisse, UBS, Citigroup, JPMorgan, Deutsche Bank, Goldman Sachs, BNP Paribas são mega-instituições que, em conjunto, analisam ações de 10 mil companhias.
Em junho (detalhe: um ano depois de eclodida a crise das subprimes), só 13% de seus conselhos eram para vender ações (a propósito, você reviu os conselhos do economista-chefe de seu banco?).
3 - Saindo do setor privado, o FMI dizia, em janeiro de 2007, que os Estados Unidos cresceriam 3% em 2008. Agora, a nova previsão é de magro 1,4%, a metade, portanto.
Repito: jogadores de búzios fariam melhor. E mais barato.
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