Ana Maria Campos
DEU NO CORREIO bRAZILIENSE
Petistas discutem, em seminário, as eleições para o GDF. Mas direção do partido quer primeiro decidir estratégia de Dilma. Definições locais devem ficar para o ano que vem
No próximo fim de semana, o PT vai se reunir em seminário para discutir estratégias com vistas às eleições de 2010. O presidente regional do partido, Chico Vigilante, quer levar para o encontro o debate sobre a antecipação das prévias para a escolha do candidato do partido ao Governo do Distrito Federal. Mas dificilmente a decisão sairá neste ano. A antecipação da consulta aos militantes depende de aval da direção nacional e unidade entre as tendências regionais do PT.
O estatuto do partido é muito claro. Quem define o calendário é o diretório nacional. O interesse da cúpula é tomar todas as decisões que interessem à coligação que vai se formar em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff à Presidência da República. O PT quer fechar alianças locais que fortaleçam a campanha nacional. Por isso, é possível que em alguns estados o partido tenha de abrir mão de lançar cabeças de chapa para assegurar uma boa convivência com os aliados. A prioridade da legenda é a reeleição de governadores que poderão disputar a reeleição, como Jaques Wagner na Bahia, Marcelo Déda em Sergipe, Binho Marques no Acre e Ana Júlia no Pará, além da ampliação da bancada de deputados e senadores do PT.
Em várias outras unidades da Federação, poderá haver acordo político. Para evitar casos de candidaturas consolidadas, a direção petista só quer prévias a partir de fevereiro de 2010, depois do encontro do PT, em Brasília, quando serão traçadas todas as estratégias e definido o arco de alianças para a campanha eleitoral. Na avaliação de petistas do DF, será difícil a cúpula do partido criar um precedente no Distrito Federal para a realização de prévias antes desse prazo. Abriria, assim, uma exceção que poderá ser reivindicada por outros diretórios regionais. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, onde o PT quer lançar o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), ao governo, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere apoiar a reeleição do atual governador, Sérgio Cabral (PMDB).
Aliado do ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, Vigilante tenta unir o PT local em torno da antecipação das prévias para, com isso, convencer o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, a apoiar essa tese. Aliados de Magela, no entanto, dizem que ele até aceita marcar a data para novembro, quando ocorrerá o processo de eleição direta (PED) para a escolha do próximo presidente regional do PT, mas no primeiro semestre, como quer Vigilante, será difícil. Mesmo quem trabalha pelo consenso até junho avalia que o estatuto do partido abre a possibilidade de a decisão ficar para o próximo ano. “Não adianta maioria. Precisamos de um acordo que represente a unidade do partido para evitar uma decisão apenas em 2010”, avalia Paulo Tadeu.
O ex-deputado distrital Chico Floresta também acredita ainda num acordo político entre Agnelo e Geraldo Magela. “Vamos trabalhar para que isso ocorra e vou defender isso no seminário do fim de semana”, conta Floresta. No encontro do fim de semana, o PT também vai discutir a criação de um grupo técnico para outras definições de candidaturas proporcionais — deputados distritais e federais.
DEU NO CORREIO bRAZILIENSE
Petistas discutem, em seminário, as eleições para o GDF. Mas direção do partido quer primeiro decidir estratégia de Dilma. Definições locais devem ficar para o ano que vem
No próximo fim de semana, o PT vai se reunir em seminário para discutir estratégias com vistas às eleições de 2010. O presidente regional do partido, Chico Vigilante, quer levar para o encontro o debate sobre a antecipação das prévias para a escolha do candidato do partido ao Governo do Distrito Federal. Mas dificilmente a decisão sairá neste ano. A antecipação da consulta aos militantes depende de aval da direção nacional e unidade entre as tendências regionais do PT.
O estatuto do partido é muito claro. Quem define o calendário é o diretório nacional. O interesse da cúpula é tomar todas as decisões que interessem à coligação que vai se formar em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff à Presidência da República. O PT quer fechar alianças locais que fortaleçam a campanha nacional. Por isso, é possível que em alguns estados o partido tenha de abrir mão de lançar cabeças de chapa para assegurar uma boa convivência com os aliados. A prioridade da legenda é a reeleição de governadores que poderão disputar a reeleição, como Jaques Wagner na Bahia, Marcelo Déda em Sergipe, Binho Marques no Acre e Ana Júlia no Pará, além da ampliação da bancada de deputados e senadores do PT.
Em várias outras unidades da Federação, poderá haver acordo político. Para evitar casos de candidaturas consolidadas, a direção petista só quer prévias a partir de fevereiro de 2010, depois do encontro do PT, em Brasília, quando serão traçadas todas as estratégias e definido o arco de alianças para a campanha eleitoral. Na avaliação de petistas do DF, será difícil a cúpula do partido criar um precedente no Distrito Federal para a realização de prévias antes desse prazo. Abriria, assim, uma exceção que poderá ser reivindicada por outros diretórios regionais. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, onde o PT quer lançar o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), ao governo, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere apoiar a reeleição do atual governador, Sérgio Cabral (PMDB).
Aliado do ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, Vigilante tenta unir o PT local em torno da antecipação das prévias para, com isso, convencer o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, a apoiar essa tese. Aliados de Magela, no entanto, dizem que ele até aceita marcar a data para novembro, quando ocorrerá o processo de eleição direta (PED) para a escolha do próximo presidente regional do PT, mas no primeiro semestre, como quer Vigilante, será difícil. Mesmo quem trabalha pelo consenso até junho avalia que o estatuto do partido abre a possibilidade de a decisão ficar para o próximo ano. “Não adianta maioria. Precisamos de um acordo que represente a unidade do partido para evitar uma decisão apenas em 2010”, avalia Paulo Tadeu.
O ex-deputado distrital Chico Floresta também acredita ainda num acordo político entre Agnelo e Geraldo Magela. “Vamos trabalhar para que isso ocorra e vou defender isso no seminário do fim de semana”, conta Floresta. No encontro do fim de semana, o PT também vai discutir a criação de um grupo técnico para outras definições de candidaturas proporcionais — deputados distritais e federais.
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