Clarissa Oliveira e Luciana Nunes Leal
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Ele avalia que novo cenário é mais favorável à candidatura presidencial
Antes mesmo de ser confirmada, a candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência da República já começou a impactar nas articulações para a eleição do ano que vem. Diante do convite feito pelo PV a Marina para que saia candidata ao Planalto em 2010, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) começou a rever a possibilidade de disputar o governo de São Paulo e voltou a investir na tese de que quer mesmo concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro comentou com aliados que a entrada de Marina na corrida criaria um cenário muito mais favorável a uma candidatura sua ao Planalto. Com a senadora na disputa, argumentou, a eleição perderia o caráter plebiscitário esperado pelo PT e pelo PSDB, ajudando a garantir um segundo turno.
A expectativa é de que Ciro diga pessoalmente a Lula que quer concorrer à Presidência. Os dois devem se reunir esta semana com o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e dirigentes das duas siglas. A previsão era de que o encontro fosse um jantar em Brasília, amanhã. Até ontem, não havia confirmação.
A negociação para lançar Ciro ao Palácio dos Bandeirantes avançou depois que Lula mandou um recado ao PT de São Paulo, para que levasse "a sério" a candidatura do deputado. Num encontro com o presidente do PT paulista, Edinho Silva, e o deputado Márcio França, presidente do PSB no Estado, Ciro deu a linha do que dirá a Lula. Afirmou que se animou com as conversas sobre a corrida estadual, mas sua prioridade continua sendo a disputa presidencial.
Ontem, no Rio, Ciro disse que terá "uma conversa franca" com Lula. Mas garantiu que, do encontro, não sairá a definição sobre seu futuro político. Ele criticou a aliança PT-PMDB para dar sustentação à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em 2010. E disse que entrada de Marina na corrida "causa uma erosão a ponto de implodir" a candidatura de Dilma. A afirmação já havia sido feita em entrevista ao Valor Econômico. Ao jornal, Ciro disse ainda que a Presidência é sua prioridade "sem qualquer tipo de dubiedade".
NEGOCIAÇÃO
Marina ainda não deu uma resposta ao PV, mas sua saída do PT já é dada como certa por aliados. Ela tirou o último fim de semana para conversar com familiares e amigos no Acre. Quem esteve com a senadora saiu convencido de que há pouca chance de ela ficar no PT.
Na lista dos que se reuniram com Marina estão o governador Binho Marques e o ex-governador Jorge Viana. Nas conversas, ela não disfarçou o entusiasmo com a possibilidade de liderar uma campanha presidencial e reiterou que está decepcionada com o PT. Destacou, porém, que não fará nenhum movimento para "arrastar" para o PV seus aliados.
"O PT foi, de certa forma, ingrato com a história de Marina. Considero que é muito difícil, neste momento, ela optar por permanecer no partido", disse Sibá Machado (AC), suplente da senadora, que exerceu o mandato quando ela esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente. Binho Marques afirmou, em nota, que aguarda a decisão de Marina. "Como amigo, companheiro e conhecedor de suas virtudes, serei sempre solidário a ela."
O recado de que ela está prestes a aceitar o convite chegou à cúpula do PV. "As posições que recebemos sobre conversas que ela teve no Acre foram muito animadoras", disse o presidente do partido, José Luiz Penna.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Ele avalia que novo cenário é mais favorável à candidatura presidencial
Antes mesmo de ser confirmada, a candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência da República já começou a impactar nas articulações para a eleição do ano que vem. Diante do convite feito pelo PV a Marina para que saia candidata ao Planalto em 2010, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) começou a rever a possibilidade de disputar o governo de São Paulo e voltou a investir na tese de que quer mesmo concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro comentou com aliados que a entrada de Marina na corrida criaria um cenário muito mais favorável a uma candidatura sua ao Planalto. Com a senadora na disputa, argumentou, a eleição perderia o caráter plebiscitário esperado pelo PT e pelo PSDB, ajudando a garantir um segundo turno.
A expectativa é de que Ciro diga pessoalmente a Lula que quer concorrer à Presidência. Os dois devem se reunir esta semana com o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e dirigentes das duas siglas. A previsão era de que o encontro fosse um jantar em Brasília, amanhã. Até ontem, não havia confirmação.
A negociação para lançar Ciro ao Palácio dos Bandeirantes avançou depois que Lula mandou um recado ao PT de São Paulo, para que levasse "a sério" a candidatura do deputado. Num encontro com o presidente do PT paulista, Edinho Silva, e o deputado Márcio França, presidente do PSB no Estado, Ciro deu a linha do que dirá a Lula. Afirmou que se animou com as conversas sobre a corrida estadual, mas sua prioridade continua sendo a disputa presidencial.
Ontem, no Rio, Ciro disse que terá "uma conversa franca" com Lula. Mas garantiu que, do encontro, não sairá a definição sobre seu futuro político. Ele criticou a aliança PT-PMDB para dar sustentação à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em 2010. E disse que entrada de Marina na corrida "causa uma erosão a ponto de implodir" a candidatura de Dilma. A afirmação já havia sido feita em entrevista ao Valor Econômico. Ao jornal, Ciro disse ainda que a Presidência é sua prioridade "sem qualquer tipo de dubiedade".
NEGOCIAÇÃO
Marina ainda não deu uma resposta ao PV, mas sua saída do PT já é dada como certa por aliados. Ela tirou o último fim de semana para conversar com familiares e amigos no Acre. Quem esteve com a senadora saiu convencido de que há pouca chance de ela ficar no PT.
Na lista dos que se reuniram com Marina estão o governador Binho Marques e o ex-governador Jorge Viana. Nas conversas, ela não disfarçou o entusiasmo com a possibilidade de liderar uma campanha presidencial e reiterou que está decepcionada com o PT. Destacou, porém, que não fará nenhum movimento para "arrastar" para o PV seus aliados.
"O PT foi, de certa forma, ingrato com a história de Marina. Considero que é muito difícil, neste momento, ela optar por permanecer no partido", disse Sibá Machado (AC), suplente da senadora, que exerceu o mandato quando ela esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente. Binho Marques afirmou, em nota, que aguarda a decisão de Marina. "Como amigo, companheiro e conhecedor de suas virtudes, serei sempre solidário a ela."
O recado de que ela está prestes a aceitar o convite chegou à cúpula do PV. "As posições que recebemos sobre conversas que ela teve no Acre foram muito animadoras", disse o presidente do partido, José Luiz Penna.
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