Marcelo de Moraes, Brasília
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Maia tem conversado com Guerra, temendo o fortalecimento de Dilma
Integrantes do comando nacional do DEM não escondem a preocupação com a movimentação de campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que percorre vários pontos do País, acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em reunião da Comissão Executiva Nacional, ontem em Brasília, dirigentes do partido admitiram que gostariam que a candidatura de oposição se definisse o mais rápido possível para neutralizar eventual crescimento da ministra nas pesquisas.
O DEM não pretende forçar o PSDB a acelerar sua opção pelo lançamento oficial do governador de São Paulo, José Serra, ou pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), diz que tem conversado com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), para discutir cenários políticos e expôs, na terça-feira, a preocupação em relação à movimentação de Dilma e também do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). "A definição do lado de lá está angustiando o lado de cá", afirma Maia.
Na reunião da Executiva do DEM, dirigentes reconheceram que o cenário político do País sofreu alterações nos últimos meses e avaliam que a oposição precisa se preparar para esse novo momento. "Há seis meses, Dilma estava se tratando de uma doença e não fazia campanha. Agora, ela se recuperou e está na rua. A conjuntura está mudando muito rápido. E hoje está bem diferente da que tínhamos em março", diz Maia.
Setores do DEM avaliam que a demora em confirmar o candidato da oposição abre espaço para consolidação da ministra. A sequência de eventos e a exposição de sua imagem podem fazer Dilma subir nas pesquisas, reduzindo sua distância de Serra, o que poderia afastar aliados em potencial do tucano.
"Quando se tem 40 e poucos por cento nas pesquisas, isso gera expectativa de poder entre os políticos. Quando vai para 35%, a expectativa é diferente. E com 30% muda de novo. São situações que precisamos ficar atentos", acredita Maia.
Nesta semana, a ministra ocupou a mídia com sua participação, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a cidades do Rio São Francisco. Tanto DEM como o PSDB acham que esses atos representariam uma campanha fora do prazo previsto em lei.
"O governo não vai hesitar em fazer campanha fora de época, como fez ontem. Esse é outro problema que precisamos levar em conta e que ajuda na campanha da ministra", explica Rodrigo Maia.
Outro problema, apontado pela cúpula do partido, é a possibilidade haver desmobilização regional da campanha da oposição. "Há dois patamares: por cima do mar e embaixo do mar. Por cima, tanto faz definir ou não. Por baixo do mar, correntes são mais importantes. A pré-campanha deveria estar quente, mas está fria, quase gelada", compara o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM), pai do presidente do partido.
"O problema é que embaixo do mar as costuras regionais precisam ser feitas com alguém credenciado. De outra forma pode-se criar situações irreversíveis prejudiciais à campanha.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Maia tem conversado com Guerra, temendo o fortalecimento de Dilma
Integrantes do comando nacional do DEM não escondem a preocupação com a movimentação de campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que percorre vários pontos do País, acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em reunião da Comissão Executiva Nacional, ontem em Brasília, dirigentes do partido admitiram que gostariam que a candidatura de oposição se definisse o mais rápido possível para neutralizar eventual crescimento da ministra nas pesquisas.
O DEM não pretende forçar o PSDB a acelerar sua opção pelo lançamento oficial do governador de São Paulo, José Serra, ou pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), diz que tem conversado com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), para discutir cenários políticos e expôs, na terça-feira, a preocupação em relação à movimentação de Dilma e também do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). "A definição do lado de lá está angustiando o lado de cá", afirma Maia.
Na reunião da Executiva do DEM, dirigentes reconheceram que o cenário político do País sofreu alterações nos últimos meses e avaliam que a oposição precisa se preparar para esse novo momento. "Há seis meses, Dilma estava se tratando de uma doença e não fazia campanha. Agora, ela se recuperou e está na rua. A conjuntura está mudando muito rápido. E hoje está bem diferente da que tínhamos em março", diz Maia.
Setores do DEM avaliam que a demora em confirmar o candidato da oposição abre espaço para consolidação da ministra. A sequência de eventos e a exposição de sua imagem podem fazer Dilma subir nas pesquisas, reduzindo sua distância de Serra, o que poderia afastar aliados em potencial do tucano.
"Quando se tem 40 e poucos por cento nas pesquisas, isso gera expectativa de poder entre os políticos. Quando vai para 35%, a expectativa é diferente. E com 30% muda de novo. São situações que precisamos ficar atentos", acredita Maia.
Nesta semana, a ministra ocupou a mídia com sua participação, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a cidades do Rio São Francisco. Tanto DEM como o PSDB acham que esses atos representariam uma campanha fora do prazo previsto em lei.
"O governo não vai hesitar em fazer campanha fora de época, como fez ontem. Esse é outro problema que precisamos levar em conta e que ajuda na campanha da ministra", explica Rodrigo Maia.
Outro problema, apontado pela cúpula do partido, é a possibilidade haver desmobilização regional da campanha da oposição. "Há dois patamares: por cima do mar e embaixo do mar. Por cima, tanto faz definir ou não. Por baixo do mar, correntes são mais importantes. A pré-campanha deveria estar quente, mas está fria, quase gelada", compara o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM), pai do presidente do partido.
"O problema é que embaixo do mar as costuras regionais precisam ser feitas com alguém credenciado. De outra forma pode-se criar situações irreversíveis prejudiciais à campanha.
Lembro que o que diferencia Serra ou Aécio de Dilma é a capilaridade das candidaturas regionais e o tempo de TV. A capilaridade não deve ser um processo espontâneo, pois o risco é grande num país continental e com partidos inorgânicos", argumenta o ex-prefeito.
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