DEU EM O GLOBO
Atração de festa do PT, Dilma confraterniza com Dirceu
Evandro Éboli
BRASÍLIA. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi a estrela da primeira festa de comemoração de 30 anos do PT, anteontem à noite, numa casa de eventos em Brasília, onde foram homenageados ex-presidentes da legenda, entre eles José Dirceu e Luiz Gushiken, réus no caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Paparicada como a candidata do partido à Presidência da República, Dilma circulou à vontade pelo salão, posou para dezenas de fotos e distribuiu sorrisos e abraços.
Anunciada pelo orador como mineira de nascimento e gaúcha por adoção, Dilma elogiou a gestão Lula, disse que o povo é o protagonista deste governo e, numa referência ao escândalo do mensalão, que atingiu o partido em 2005, afirmou que o PT soube curar suas feridas e seguir de cabeça erguida. Ao chegar, ela dissera que são “estarrecedoras” as imagens do mensalão do DEM no Distrito Federal.
Ao falar da homenagem aos ex-presidentes da legenda, o locutor anunciou que eles não subiriam ao palanque, mas os militantes gritaram “sobe, sobe”. Todos subiram. O PT parecia desejar evitar aparições de Dilma ao lado de Dirceu e Gushiken.
Dirceu foi anunciado como o dirigente “imprescindível para nos levar à Presidência da República”. E Gushiken como nosso “guerreiro e samurai”. No pequeno palanque, Dirceu estava de costas para os fotógrafos quando abraçou Dilma. Também assediado, o ex-ministro da Casa Civil tirou fotos com petistas.
Entre os presentes, estavam outros envolvidos no mensalão, como Professor Luizinho, ex-deputado pelo PT paulista. Sem barba e procurando ficar nos cantos, Luizinho afirmou que não pretende tentar nova vaga para Câmara em 2010. E se queixou da imprensa: — Chega de maldade. Vocês fizeram muita maldade. Venderam a ideia de que o governo pagou para aprovar projetos no Congresso.
Dilma fez um discurso pouco empolgante, minutos após ser ovacionada pelos petistas, afirmando que é preciso manter as conquistas obtidas no governo Lula.
Desfilando na festa do PT e fazendo planos para o futuro, estavam ex-ministros, deputados e ex-deputados réus no processo do mensalão no STF. Se já estivesse valendo a lei que Lula propôs ontem, classificando como hediondo o crime de corrupção, e se todos forem condenados pelos crimes dos quais são sendo acusados, teriam que cumprir pena maior.
Para corrupção, passiva e ativa, peculato, formação de quadrilha e outros investigados no caso do mensalão, a legislação atual prevê pena de dois a 16 anos de prisão. Pela proposta de Lula, a pena mínima passa para oito anos. A máxima continua em 16 anos
Atração de festa do PT, Dilma confraterniza com Dirceu
Evandro Éboli
BRASÍLIA. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi a estrela da primeira festa de comemoração de 30 anos do PT, anteontem à noite, numa casa de eventos em Brasília, onde foram homenageados ex-presidentes da legenda, entre eles José Dirceu e Luiz Gushiken, réus no caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Paparicada como a candidata do partido à Presidência da República, Dilma circulou à vontade pelo salão, posou para dezenas de fotos e distribuiu sorrisos e abraços.
Anunciada pelo orador como mineira de nascimento e gaúcha por adoção, Dilma elogiou a gestão Lula, disse que o povo é o protagonista deste governo e, numa referência ao escândalo do mensalão, que atingiu o partido em 2005, afirmou que o PT soube curar suas feridas e seguir de cabeça erguida. Ao chegar, ela dissera que são “estarrecedoras” as imagens do mensalão do DEM no Distrito Federal.
Ao falar da homenagem aos ex-presidentes da legenda, o locutor anunciou que eles não subiriam ao palanque, mas os militantes gritaram “sobe, sobe”. Todos subiram. O PT parecia desejar evitar aparições de Dilma ao lado de Dirceu e Gushiken.
Dirceu foi anunciado como o dirigente “imprescindível para nos levar à Presidência da República”. E Gushiken como nosso “guerreiro e samurai”. No pequeno palanque, Dirceu estava de costas para os fotógrafos quando abraçou Dilma. Também assediado, o ex-ministro da Casa Civil tirou fotos com petistas.
Entre os presentes, estavam outros envolvidos no mensalão, como Professor Luizinho, ex-deputado pelo PT paulista. Sem barba e procurando ficar nos cantos, Luizinho afirmou que não pretende tentar nova vaga para Câmara em 2010. E se queixou da imprensa: — Chega de maldade. Vocês fizeram muita maldade. Venderam a ideia de que o governo pagou para aprovar projetos no Congresso.
Dilma fez um discurso pouco empolgante, minutos após ser ovacionada pelos petistas, afirmando que é preciso manter as conquistas obtidas no governo Lula.
Desfilando na festa do PT e fazendo planos para o futuro, estavam ex-ministros, deputados e ex-deputados réus no processo do mensalão no STF. Se já estivesse valendo a lei que Lula propôs ontem, classificando como hediondo o crime de corrupção, e se todos forem condenados pelos crimes dos quais são sendo acusados, teriam que cumprir pena maior.
Para corrupção, passiva e ativa, peculato, formação de quadrilha e outros investigados no caso do mensalão, a legislação atual prevê pena de dois a 16 anos de prisão. Pela proposta de Lula, a pena mínima passa para oito anos. A máxima continua em 16 anos
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