DEU NA FOLHA DE S. PAULO
DEM e PSDB estudam estratégias para que escândalo Arruda fique circunscrito apenas ao DF e não prejudique a pré-campanha
DEM e PSDB estudam estratégias para que escândalo Arruda fique circunscrito apenas ao DF e não prejudique a pré-campanha
Para o pré-candidato tucano Aécio Neves, a semana "não foi um bom momento" para a oposição, mas a crise não terá reflexo nas eleições
Da Reportagem Local
Da Agência Folha, em Belo Horizonte
Passada uma semana do início do escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a oposição começa a se articular para sair das cordas.
A estratégia passa por quatro pontos: movimentar-se para uma expulsão rápida do governador -o que evitaria o prolongamento do "sangramento" dele-, intensificar agenda de viagens dos pré-candidatos para discutir plano de governo, aumentar a pressão pela chapa unindo os governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), e começar a trabalhar palanques em locais problemáticos, como DF, RS e RJ.
A oposição quer circunscrever a crise de Arruda ao Distrito Federal e entrar em 2010 com "agendas positivas". Para isso, o PSDB retomará encontros estaduais para debater programa de governo. Aécio e Serra devem estar juntos nas agendas.
Aécio disse ontem que a semana "não foi um bom momento" para a oposição, mas que a crise "não terá reflexo direto nas eleições de 2010".
A bancada federal do PSDB pretende já em janeiro organizar viagens de grupo de deputados aos Estados. "É um bom momento para entrarmos em contato com vários setores da sociedade", diz o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP).
No próximo fim de semana, os tucanos promoverão encontro no interior paulista com aliados do PMDB, do DEM, do PV e do PPS. "É uma demonstração de unidade para as campanhas estadual e nacional", afirmou o vice-presidente do PSDB, o deputado federal Edson Aparecido.
Nesta semana, o tema da chapa única com Serra e Aécio dominou encontro da bancada de deputados federais do partido. O DEM não se opõe à ideia.
"O marco zero é a definição da candidatura, mas não vamos ficar cobrando. Isso não depende dos democratas, que pretendem apoiar o PSDB, que tem dois grandes candidatos", declara o líder do DEM no Senado, José Agripino.
A relação DEM e PSDB ficou estremecida durante a semana. A insatisfação de uma ala tucana, ligada a Serra, com a condução do caso do mensalão do DEM gerou inclusive a tentativa de enfraquecer o presidente da sigla, Rodrigo Maia (DEM-RJ), amigo de Arruda.
Azeredo
O governador Aécio Neves defendeu ontem o senador Eduardo Azeredo, um dia depois de ele virar réu no STF (Supremo Tribunal Federal). Aécio disse que o senador mineiro é "vítima do conturbado momento político" e que Azeredo é um "homem de bem".
Ex-governador de Minas e ex-presidente do PSDB, Azeredo teve a denúncia contra ele aceita por suposta participação no valerioduto tucano, esquema que teria sido montado na tentativa da sua reeleição, em 1998, com desvio de, ao menos, R$ 3,5 milhões de empresas públicas mineiras.
Azeredo sempre disse que não tomou conhecimento dos fatos ocorridos na coordenação financeira da campanha, argumento repetido por Aécio. "Não sou jurista, mas não vi que existissem ali indícios de uma responsabilidade direta dele", disse o governador.
(Fernando Barros de Mello e Paulo Peixoto)
Passada uma semana do início do escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a oposição começa a se articular para sair das cordas.
A estratégia passa por quatro pontos: movimentar-se para uma expulsão rápida do governador -o que evitaria o prolongamento do "sangramento" dele-, intensificar agenda de viagens dos pré-candidatos para discutir plano de governo, aumentar a pressão pela chapa unindo os governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), e começar a trabalhar palanques em locais problemáticos, como DF, RS e RJ.
A oposição quer circunscrever a crise de Arruda ao Distrito Federal e entrar em 2010 com "agendas positivas". Para isso, o PSDB retomará encontros estaduais para debater programa de governo. Aécio e Serra devem estar juntos nas agendas.
Aécio disse ontem que a semana "não foi um bom momento" para a oposição, mas que a crise "não terá reflexo direto nas eleições de 2010".
A bancada federal do PSDB pretende já em janeiro organizar viagens de grupo de deputados aos Estados. "É um bom momento para entrarmos em contato com vários setores da sociedade", diz o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP).
No próximo fim de semana, os tucanos promoverão encontro no interior paulista com aliados do PMDB, do DEM, do PV e do PPS. "É uma demonstração de unidade para as campanhas estadual e nacional", afirmou o vice-presidente do PSDB, o deputado federal Edson Aparecido.
Nesta semana, o tema da chapa única com Serra e Aécio dominou encontro da bancada de deputados federais do partido. O DEM não se opõe à ideia.
"O marco zero é a definição da candidatura, mas não vamos ficar cobrando. Isso não depende dos democratas, que pretendem apoiar o PSDB, que tem dois grandes candidatos", declara o líder do DEM no Senado, José Agripino.
A relação DEM e PSDB ficou estremecida durante a semana. A insatisfação de uma ala tucana, ligada a Serra, com a condução do caso do mensalão do DEM gerou inclusive a tentativa de enfraquecer o presidente da sigla, Rodrigo Maia (DEM-RJ), amigo de Arruda.
Azeredo
O governador Aécio Neves defendeu ontem o senador Eduardo Azeredo, um dia depois de ele virar réu no STF (Supremo Tribunal Federal). Aécio disse que o senador mineiro é "vítima do conturbado momento político" e que Azeredo é um "homem de bem".
Ex-governador de Minas e ex-presidente do PSDB, Azeredo teve a denúncia contra ele aceita por suposta participação no valerioduto tucano, esquema que teria sido montado na tentativa da sua reeleição, em 1998, com desvio de, ao menos, R$ 3,5 milhões de empresas públicas mineiras.
Azeredo sempre disse que não tomou conhecimento dos fatos ocorridos na coordenação financeira da campanha, argumento repetido por Aécio. "Não sou jurista, mas não vi que existissem ali indícios de uma responsabilidade direta dele", disse o governador.
(Fernando Barros de Mello e Paulo Peixoto)
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