Agência Estado
Escândalo envolvendo governador do DF repercute no STF e no Senado; Simon cobra explicações do PMDB
BRASÍLIA - O escândalo de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), foi o principal assunto discutido em Brasília nesta sexta-feira, 4. Arruda é acusado de chefiar um esquema de desvio de dinheiro e aparece em um vídeo realizado pela polícia federal durante a investigação, que foi divulgado nesta semana.
Ao comentar o caso, que ficou conhecido como mensalão do DEM, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou que "é preocupante porque pode afetar a legitimidade do sistema político". Mendes defendeu mudanças no financiamento de campanhas eleitorais. "Esse modelo de financiamento exclusivamente privado e captado pelos candidatos ou envolvidos é propiciador desse modelo [de corrupção]. Precisamos refletir sobre esse assunto", ressaltou o ministro.
No Senado, Pedro Simon (PMDB-RS) alfinetou Arruda em plenário e disse que "a corrupção no Brasil daria para comprar panetones para todos os habitantes do planeta", em referência à alegação do governador de que o dinheiro que aparece no vídeo da Polícia Federal teria sido usado para a compra de alimentos para os pobres.
Simon também aproveitou a ocasião para cobrar da direção nacional do PMDB explicações sobre um possível envolvimento de políticos do partido na crise do governo do Distrito Federal, citados em gravações reunidas na investigação feita pela Polícia Federal sobre o caso.
Por outro lado, o senador Mão Santa (PSC-PI) afirmou que o País foi tomado por "um tsunami de desmoralização e corrupção" e voltou a criticar o Governo Federal e o presidente Lula. "Nunca vi tanto descaramento. Está na hora de o bravo povo de Brasília pegar o chicote e colocar esses vagabundos corruptos pra fora", ressaltou.
Política de combate à corrupção
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediu a criação de uma Política Judiciária de Combate à Corrupção, para regulamentar a "prioridade ao julgamento de processos relativos à corrupção e defesa do patrimônio público que envolvem agentes públicos".
A instituição, que participou em 2007 da campanha Juízes Contra a Corrupção, propôs também o fim do foro privilegiado e a criação de varas e câmaras especializadas para julgar esse tipo de crime.
"É preciso dar celeridade e uma resposta mais ágil e eficaz à sociedade sobre esses escândalos contra o erário público", afirmou o presidente da entidade, Mozart Valadares. Segundo ele, a lentidão nos julgamentos dessas ações estimula a impunidade.
Escândalo envolvendo governador do DF repercute no STF e no Senado; Simon cobra explicações do PMDB
BRASÍLIA - O escândalo de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), foi o principal assunto discutido em Brasília nesta sexta-feira, 4. Arruda é acusado de chefiar um esquema de desvio de dinheiro e aparece em um vídeo realizado pela polícia federal durante a investigação, que foi divulgado nesta semana.
Ao comentar o caso, que ficou conhecido como mensalão do DEM, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou que "é preocupante porque pode afetar a legitimidade do sistema político". Mendes defendeu mudanças no financiamento de campanhas eleitorais. "Esse modelo de financiamento exclusivamente privado e captado pelos candidatos ou envolvidos é propiciador desse modelo [de corrupção]. Precisamos refletir sobre esse assunto", ressaltou o ministro.
No Senado, Pedro Simon (PMDB-RS) alfinetou Arruda em plenário e disse que "a corrupção no Brasil daria para comprar panetones para todos os habitantes do planeta", em referência à alegação do governador de que o dinheiro que aparece no vídeo da Polícia Federal teria sido usado para a compra de alimentos para os pobres.
Simon também aproveitou a ocasião para cobrar da direção nacional do PMDB explicações sobre um possível envolvimento de políticos do partido na crise do governo do Distrito Federal, citados em gravações reunidas na investigação feita pela Polícia Federal sobre o caso.
Por outro lado, o senador Mão Santa (PSC-PI) afirmou que o País foi tomado por "um tsunami de desmoralização e corrupção" e voltou a criticar o Governo Federal e o presidente Lula. "Nunca vi tanto descaramento. Está na hora de o bravo povo de Brasília pegar o chicote e colocar esses vagabundos corruptos pra fora", ressaltou.
Política de combate à corrupção
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pediu a criação de uma Política Judiciária de Combate à Corrupção, para regulamentar a "prioridade ao julgamento de processos relativos à corrupção e defesa do patrimônio público que envolvem agentes públicos".
A instituição, que participou em 2007 da campanha Juízes Contra a Corrupção, propôs também o fim do foro privilegiado e a criação de varas e câmaras especializadas para julgar esse tipo de crime.
"É preciso dar celeridade e uma resposta mais ágil e eficaz à sociedade sobre esses escândalos contra o erário público", afirmou o presidente da entidade, Mozart Valadares. Segundo ele, a lentidão nos julgamentos dessas ações estimula a impunidade.
Um comentário:
Capivara gigante
Os veículos de comunicação ganharam uma ótima oportunidade para provar aos céticos que as acusações de golpismo eram exageradas. Basta dedicar à oposição a mesma virulência investigativa (e amiúde caluniosa) que reservou aos petistas nos idos de 2005.
O noticiário oferece três “mensalões” muito promissores, cheios de novidades inexploradas, que compartilham entre si, no mínimo, as tendências políticas de seus protagonistas: o de Eduardo Azeredo (PSDB), o da Camargo Corrêa e o do governador José Roberto Arruda.
Somando todos os esqueletos, constrói-se um enorme ossário com as cúpulas do PSDB e do DEM (PFL), uns pedaços de peemedebistas e tutano dos governos FHC para salgar o caldo. Se os escandólatras da imprensa democrática usarem seu espírito investigativo para expor os Freuds Godoys do momento, operam a grande revolução moralizante que tanto defenderam em seus editoriais inflamados.
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