DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Além do próprio governador tucano, pelo menos três secretários devem se afastar para disputar a eleição
Silvia Amorim
O desfalque no governo paulista provocado pelas eleições de 2010 deve ir além da saída do governador José Serra (PSDB). Titulares do secretariado do tucano estão de olho nas urnas e devem se afastar do cargo. Por enquanto, ao menos, três baixas são consideradas certas.
Uma delas, diretamente ligada à sucessão estadual, tem sido bastante discutida. Ou o secretário do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, ou o titular da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, deixará o posto para ser o candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Por enquanto, as pesquisas de intenção de voto dão larga vantagem a Alckmin, mas Aloysio tem se movimentado bastante no partido e conta com a simpatia do principal aliado dos tucanos no Estado, o DEM do prefeito Gilberto Kassab.
O imbróglio terá de ser resolvido até 3 de abril, data limite em todo o País para as desincompatibilizações - afastamento obrigatório do cargo nos casos previstos pela legislação eleitoral. O prazo vale para Serra, caso ele entre na disputa pela Presidência da República, e para seus secretários. É o caso também da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já deputados e senadores podem disputar a eleição sem se licenciar do mandato.
No governo paulista, os chefes das pastas de Gestão, Sidney Beraldo, e de Assistência e Desenvolvimento Social, Rita Passos, são os outros dois desfalques praticamente assegurados. Ambos foram eleitos deputados estaduais em 2006 e querem renovar a cadeira no Legislativo. A dúvida é se tentarão um voo mais alto à Câmara ou optarão pela reeleição.
"Devo me afastar. É mais provável para que venha a disputar algum outro cargo", diz Rita. Beraldo é cotado para reforçar a chapa do PSDB para a Câmara. O secretário, entretanto, diz que é cedo para tratar do tema.
Outro nome sempre lembrado é o de Guilherme Afif Domingos, secretário de Emprego e Relações do Trabalho. Ele é cotado para ser o candidato a vice ao governo paulista. Filiado ao DEM, Afif surpreendeu na eleição de 2006, quando quase derrotou o senador Eduardo Suplicy (PT) na disputa ao Senado. Num cenário mais remoto, é opção para uma nova disputa para senador. Afif tem se mostrado disposto a entrar na corrida em qualquer posição. Mas também tem dito que a decisão caberá ao DEM e ao PSDB. "É o partido quem escala o candidato."
Outras duas secretarias-chave que têm titulares que podem sair do governo são as de Educação e Meio Ambiente. Na primeira, o secretário Paulo Renato é um dos nomes do PSDB para o Senado. Seu colega, Xico Graziano também é citado para a vaga. A briga pelo posto está acirrada no tucanato. Até Alckmin está cotado, se não sair candidato a governador.
Ex-ministro da Educação, Paulo Renato deixou a cadeira de deputado para assumir o posto de auxiliar de Serra. Ele adianta que não cogita voltar à Câmara. Mas está aberto à disputa ao Senado. "Se o governador entender que eu ajudo disputando a eleição, eu vou."
Além do próprio governador tucano, pelo menos três secretários devem se afastar para disputar a eleição
Silvia Amorim
O desfalque no governo paulista provocado pelas eleições de 2010 deve ir além da saída do governador José Serra (PSDB). Titulares do secretariado do tucano estão de olho nas urnas e devem se afastar do cargo. Por enquanto, ao menos, três baixas são consideradas certas.
Uma delas, diretamente ligada à sucessão estadual, tem sido bastante discutida. Ou o secretário do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, ou o titular da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, deixará o posto para ser o candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Por enquanto, as pesquisas de intenção de voto dão larga vantagem a Alckmin, mas Aloysio tem se movimentado bastante no partido e conta com a simpatia do principal aliado dos tucanos no Estado, o DEM do prefeito Gilberto Kassab.
O imbróglio terá de ser resolvido até 3 de abril, data limite em todo o País para as desincompatibilizações - afastamento obrigatório do cargo nos casos previstos pela legislação eleitoral. O prazo vale para Serra, caso ele entre na disputa pela Presidência da República, e para seus secretários. É o caso também da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já deputados e senadores podem disputar a eleição sem se licenciar do mandato.
No governo paulista, os chefes das pastas de Gestão, Sidney Beraldo, e de Assistência e Desenvolvimento Social, Rita Passos, são os outros dois desfalques praticamente assegurados. Ambos foram eleitos deputados estaduais em 2006 e querem renovar a cadeira no Legislativo. A dúvida é se tentarão um voo mais alto à Câmara ou optarão pela reeleição.
"Devo me afastar. É mais provável para que venha a disputar algum outro cargo", diz Rita. Beraldo é cotado para reforçar a chapa do PSDB para a Câmara. O secretário, entretanto, diz que é cedo para tratar do tema.
Outro nome sempre lembrado é o de Guilherme Afif Domingos, secretário de Emprego e Relações do Trabalho. Ele é cotado para ser o candidato a vice ao governo paulista. Filiado ao DEM, Afif surpreendeu na eleição de 2006, quando quase derrotou o senador Eduardo Suplicy (PT) na disputa ao Senado. Num cenário mais remoto, é opção para uma nova disputa para senador. Afif tem se mostrado disposto a entrar na corrida em qualquer posição. Mas também tem dito que a decisão caberá ao DEM e ao PSDB. "É o partido quem escala o candidato."
Outras duas secretarias-chave que têm titulares que podem sair do governo são as de Educação e Meio Ambiente. Na primeira, o secretário Paulo Renato é um dos nomes do PSDB para o Senado. Seu colega, Xico Graziano também é citado para a vaga. A briga pelo posto está acirrada no tucanato. Até Alckmin está cotado, se não sair candidato a governador.
Ex-ministro da Educação, Paulo Renato deixou a cadeira de deputado para assumir o posto de auxiliar de Serra. Ele adianta que não cogita voltar à Câmara. Mas está aberto à disputa ao Senado. "Se o governador entender que eu ajudo disputando a eleição, eu vou."
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