O estado do Rio de Janeiro consolidou uma política do Antigo Regime francês na distribuição de privilégios aos aliados políticos da situação. A situação reina absolutamente como se não houvesse uma oposição. Na verdade, oposição orgânica não observamos no cenário político fluminense. A melhor avaliação seria o reconhecimento de políticos oposicionistas que emergem em momentos delimitados pelos fatos. Os fatos políticos é que conduzem a chamada oposição uma vez que não se organizou em torno de uma política de frente ampla.
Atualmente, não considerando a dissidência da situação estadual que se deslocou para o PR sob a liderança de Garotinho, a oposição pode ser classificada em dois tipos: a oposição dos setores da “velha esquerda” (PSOL, PSTU, PCB-Dissidente) e a oposição dos setores liberais e da esquerda moderna (DEM, PSDB, PPS e parte significativa do PV). A base eleitoral desses dos tipos oposicionistas estaria na Capital onde Denise Frossard (PPS/PFL) foi vitoriosa nas eleições de 2006.
Consideremos que para enfrentar as raízes do Antigo Regime os filósofos iluministas estejam representados pelo Rousseau no primeiro grupo oposicionista e por Voltaire no segundo grupo. Entretanto, não há um balanço do Governo Estadual que unifique esses dois campos. Então, desenvolveremos uma análise sobre os dilemas do segundo grupo político oposicionista em construir uma candidatura de oposição.
Fizemos a opção de chamá-los de Os Mosqueteiros em respeito a essa análise do processo político de transformação burguesa que ocorre na política fluminense, mas com a continuidade dos privilégios do Antigo Regime (clientelismo, “pão e circo” no assistencialismo, ausência de oposição na imprensa, etc.). PPS, PSDB e DEM aparentam os soldados de uma política declinante uma vez que focam o debate na formação de um “palanque eleitoral” pelo olhar do individualismo partidário, ou seja, há muito cálculo de coeficiente eleitoral para a eleição de parlamentares federais/estaduais. Enfim, parte da pequena política como se fossem perder uma administração estadual.
O exemplo da política de alianças em 2008 na Capital foi uma vitória política não apenas pelo nome que a representou, mas pela condição de cumprir compromissos de uma nova postura na campanha. Os Mosqueteiros devem olhar mais para a política nacional que demonstra que mais de 65% do eleitorado fluminense não votaria na candidata lulista mesmo com o apoio declarado de dois pré-candidatos ao governo estadual.
Há uma ampla avenida política para ser trilhada se houver uma unidade com programa de reformas com um discurso que sensibilize setores das camadas médias que moram no interior. Campos, Nova Friburgo, Teresópolis, Macaé, Niterói, Angra dos Reis e Volta Redonda são exemplos de municípios onde a oposição poderá ganhar apoio eleitoral se apresentarem uma política democrática de redistribuição da ocupação do solo urbano. Aguardemos que as luzes cheguem à prática política.
[*} Militante do PPS em Campo Grande-Rio de Janeiro. Suplente do Conselho de Ética do Diretório Municipal do PPS-RJ. Mestre em Sociologia (UFRuralRJ).
Atualmente, não considerando a dissidência da situação estadual que se deslocou para o PR sob a liderança de Garotinho, a oposição pode ser classificada em dois tipos: a oposição dos setores da “velha esquerda” (PSOL, PSTU, PCB-Dissidente) e a oposição dos setores liberais e da esquerda moderna (DEM, PSDB, PPS e parte significativa do PV). A base eleitoral desses dos tipos oposicionistas estaria na Capital onde Denise Frossard (PPS/PFL) foi vitoriosa nas eleições de 2006.
Consideremos que para enfrentar as raízes do Antigo Regime os filósofos iluministas estejam representados pelo Rousseau no primeiro grupo oposicionista e por Voltaire no segundo grupo. Entretanto, não há um balanço do Governo Estadual que unifique esses dois campos. Então, desenvolveremos uma análise sobre os dilemas do segundo grupo político oposicionista em construir uma candidatura de oposição.
Fizemos a opção de chamá-los de Os Mosqueteiros em respeito a essa análise do processo político de transformação burguesa que ocorre na política fluminense, mas com a continuidade dos privilégios do Antigo Regime (clientelismo, “pão e circo” no assistencialismo, ausência de oposição na imprensa, etc.). PPS, PSDB e DEM aparentam os soldados de uma política declinante uma vez que focam o debate na formação de um “palanque eleitoral” pelo olhar do individualismo partidário, ou seja, há muito cálculo de coeficiente eleitoral para a eleição de parlamentares federais/estaduais. Enfim, parte da pequena política como se fossem perder uma administração estadual.
O exemplo da política de alianças em 2008 na Capital foi uma vitória política não apenas pelo nome que a representou, mas pela condição de cumprir compromissos de uma nova postura na campanha. Os Mosqueteiros devem olhar mais para a política nacional que demonstra que mais de 65% do eleitorado fluminense não votaria na candidata lulista mesmo com o apoio declarado de dois pré-candidatos ao governo estadual.
Há uma ampla avenida política para ser trilhada se houver uma unidade com programa de reformas com um discurso que sensibilize setores das camadas médias que moram no interior. Campos, Nova Friburgo, Teresópolis, Macaé, Niterói, Angra dos Reis e Volta Redonda são exemplos de municípios onde a oposição poderá ganhar apoio eleitoral se apresentarem uma política democrática de redistribuição da ocupação do solo urbano. Aguardemos que as luzes cheguem à prática política.
[*} Militante do PPS em Campo Grande-Rio de Janeiro. Suplente do Conselho de Ética do Diretório Municipal do PPS-RJ. Mestre em Sociologia (UFRuralRJ).
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