DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Presidente apimenta o debate com o ex-titular do Planalto e diz que o tucano “está baixando o nível”
Flávia Foreque
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rompeu o silêncio e rebateu as críticas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez à pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em entrevista a rádios de Goiás, estado onde cumpriu agenda ontem, Lula afirmou que o tucano “está baixando muito o nível” e que a ministra não deve entrar na discussão. “Ela tem que mostrar o que ela fez no governo e o que ela se propõe a fazer daqui para a frente”, resumiu.
Os ataques, argumentou o presidente, seriam uma estratégia do tucano para não ser esquecido pelo próprio partido. “A verdade é que o Alckmin não quis ele na campanha de 2006. A verdade é que o Serra não o quer na campanha de 2010”, opinou o presidente, que concedeu a entrevista ao lado de Dilma. Na avaliação de Lula, a atitude do tucano seria, na verdade, uma mágoa pelo reconhecimento internacional do governo petista.
Fernando Henrique alimentou a polêmica durante a semana ao criticar o perfil da ministra e sua capacidade de liderança. “Pode até vir a ser, mas por enquanto ela não é líder. Por enquanto, é o reflexo de um líder”, afirmou o tucano em evento na capital paulista. O sociólogo chegou a comparar a ministra a um “boneco”, cujo ventríloquo seria o próprio presidente Lula.
Silêncio
Lula não mencionou a desavença com o ex-presidente nos dois discursos na capital goiana, onde inaugurou uma barragem e uma escola, além de visitar unidades habitacionais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O petista, no entanto, comparou seu governo ao de seus antecessores. Lula ressaltou o investimento de sua gestão em obras de infraestrutura e voltou a criticar a paralisação de obras em função de indícios de irregularidades. Segundo ele, só o governo Geisel (1974-1979) investiu mais em infraestrutura no país. A diferença, na opinião do petista, é que Geisel endividou o Brasil. “Hoje, o Brasil empresta para o Fundo Monetário Internacional, trouxe de volta as empresas que deixaram o país em busca de investimentos e reaparelhou a engenharia do Exército”, comentou o presidente.
Diante da plateia de cerca de 300 pessoas, Lula encerrou a cerimônia de inauguração da Barragem do Ribeirão João Leite afirmando que a população não pode “deixar o passado voltar”. Sempre ao seu lado, a ministra Dilma Rousseff também discursou nos dois eventos do dia e foi bastante aplaudida pela população. Na inauguração da barragem, um grupo chegou a entoar: “Dilma, presidente socialista do Brasil”.
O Brasil é importante no G-20, no G-8, no G-4. Crie um G que o Brasil está lá. Por isso, não tem país mais preparado para encontrar o Ponto G do que o Brasil”
(Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República)
Presidente apimenta o debate com o ex-titular do Planalto e diz que o tucano “está baixando o nível”
Flávia Foreque
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rompeu o silêncio e rebateu as críticas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez à pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em entrevista a rádios de Goiás, estado onde cumpriu agenda ontem, Lula afirmou que o tucano “está baixando muito o nível” e que a ministra não deve entrar na discussão. “Ela tem que mostrar o que ela fez no governo e o que ela se propõe a fazer daqui para a frente”, resumiu.
Os ataques, argumentou o presidente, seriam uma estratégia do tucano para não ser esquecido pelo próprio partido. “A verdade é que o Alckmin não quis ele na campanha de 2006. A verdade é que o Serra não o quer na campanha de 2010”, opinou o presidente, que concedeu a entrevista ao lado de Dilma. Na avaliação de Lula, a atitude do tucano seria, na verdade, uma mágoa pelo reconhecimento internacional do governo petista.
Fernando Henrique alimentou a polêmica durante a semana ao criticar o perfil da ministra e sua capacidade de liderança. “Pode até vir a ser, mas por enquanto ela não é líder. Por enquanto, é o reflexo de um líder”, afirmou o tucano em evento na capital paulista. O sociólogo chegou a comparar a ministra a um “boneco”, cujo ventríloquo seria o próprio presidente Lula.
Silêncio
Lula não mencionou a desavença com o ex-presidente nos dois discursos na capital goiana, onde inaugurou uma barragem e uma escola, além de visitar unidades habitacionais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O petista, no entanto, comparou seu governo ao de seus antecessores. Lula ressaltou o investimento de sua gestão em obras de infraestrutura e voltou a criticar a paralisação de obras em função de indícios de irregularidades. Segundo ele, só o governo Geisel (1974-1979) investiu mais em infraestrutura no país. A diferença, na opinião do petista, é que Geisel endividou o Brasil. “Hoje, o Brasil empresta para o Fundo Monetário Internacional, trouxe de volta as empresas que deixaram o país em busca de investimentos e reaparelhou a engenharia do Exército”, comentou o presidente.
Diante da plateia de cerca de 300 pessoas, Lula encerrou a cerimônia de inauguração da Barragem do Ribeirão João Leite afirmando que a população não pode “deixar o passado voltar”. Sempre ao seu lado, a ministra Dilma Rousseff também discursou nos dois eventos do dia e foi bastante aplaudida pela população. Na inauguração da barragem, um grupo chegou a entoar: “Dilma, presidente socialista do Brasil”.
O Brasil é importante no G-20, no G-8, no G-4. Crie um G que o Brasil está lá. Por isso, não tem país mais preparado para encontrar o Ponto G do que o Brasil”
(Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República)
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