DEU NA FOLHA DE S. PAULO
PMDB também está dividido sobre quem formará chapa com a petista Dilma
No DEM, disputa entre Kátia Abreu e Agripino Maia pode abrir espaçopara Paulo Souto; no PMDB, principais nomes são Temer e Meirelles
Valdo Cruz, Eduardo Scolese e Catia Seabra
A resistência do governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), em aceitar ser vice de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência acirrou a disputa no DEM pela vaga e ameaça produzir um racha no partido, já fragilizado pelo escândalo de corrupção no Distrito Federal.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), reconhece o risco ao defender Aécio para a vaga. "Vamos esperar até maio. Por que iniciar uma disputa se podemos ter Aécio?", justificou.
"Vamos para a convenção", ameaçou o deputado federal Ronaldo Caiado (GO).
Com a expectativa de confronto entre a senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu (TO), e o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN), o ex-governador da Bahia Paulo Souto pode surgir como alternativa.
Kátia tem apoio no comando do DEM. Mas, por sua identificação com os ruralistas, enfrenta resistência de parte do PSDB. Apesar de contar com a simpatia de tucanos, Agripino não dispõe de suporte partidário nem agregaria tantos votos.
Embora não represente um acréscimo expressivo de votos, a indicação de Souto poderia ganhar força caso abrisse canal de negociação com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) na Bahia. O PSDB poderia apoiar Geddel no Estado, se o acordo tirar o PMDB do palanque da pré-candidata petista, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Fora do DEM, o PSDB cogita o nome do prefeito de Curitiba, Beto Richa, caso sua indicação permita um acordo com Osmar Dias (PDT) no Paraná. O nome do senador Francisco Dornelles já foi ventilado. O problema está no seu PP.
Disputa no PMDB
No campo governista, não é diferente. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, agora filiado ao PMDB, acalenta o sonho de ser o candidato a vice na chapa de Dilma, com o aval do presidente Lula.
O projeto de Meirelles, porém, esbarra na resistência do PMDB, que prefere o nome do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP).
Segundo peemedebistas, Meirelles seria um vice de total responsabilidade de Lula, imposto não só ao partido como à própria ministra Dilma.
Se a articulação vingar, a cúpula do PMDB chega a colocar em risco a aliança do partido com Dilma. A ameaça, por enquanto, não é levada a sério dentro do governo Lula.
Apesar de parte da cúpula petista já aceitar Temer, Lula e assessores desejam postergar a definição. De preferência, até as convenções.
Lula aposta no crescimento de Dilma, aumentando o poder de barganha do governo, e crê que poderá argumentar que cedeu em boa parte dos contenciosos estaduais, como em Minas Gerais, onde tende a apoiar Hélio Costa para o governo.
O presidente chega a cogitar a hipótese de Meirelles deixar o BC sob o argumento de que disputará o Senado, ficando como alternativa para a vice.
PMDB também está dividido sobre quem formará chapa com a petista Dilma
No DEM, disputa entre Kátia Abreu e Agripino Maia pode abrir espaçopara Paulo Souto; no PMDB, principais nomes são Temer e Meirelles
Valdo Cruz, Eduardo Scolese e Catia Seabra
A resistência do governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), em aceitar ser vice de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência acirrou a disputa no DEM pela vaga e ameaça produzir um racha no partido, já fragilizado pelo escândalo de corrupção no Distrito Federal.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), reconhece o risco ao defender Aécio para a vaga. "Vamos esperar até maio. Por que iniciar uma disputa se podemos ter Aécio?", justificou.
"Vamos para a convenção", ameaçou o deputado federal Ronaldo Caiado (GO).
Com a expectativa de confronto entre a senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu (TO), e o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN), o ex-governador da Bahia Paulo Souto pode surgir como alternativa.
Kátia tem apoio no comando do DEM. Mas, por sua identificação com os ruralistas, enfrenta resistência de parte do PSDB. Apesar de contar com a simpatia de tucanos, Agripino não dispõe de suporte partidário nem agregaria tantos votos.
Embora não represente um acréscimo expressivo de votos, a indicação de Souto poderia ganhar força caso abrisse canal de negociação com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) na Bahia. O PSDB poderia apoiar Geddel no Estado, se o acordo tirar o PMDB do palanque da pré-candidata petista, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Fora do DEM, o PSDB cogita o nome do prefeito de Curitiba, Beto Richa, caso sua indicação permita um acordo com Osmar Dias (PDT) no Paraná. O nome do senador Francisco Dornelles já foi ventilado. O problema está no seu PP.
Disputa no PMDB
No campo governista, não é diferente. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, agora filiado ao PMDB, acalenta o sonho de ser o candidato a vice na chapa de Dilma, com o aval do presidente Lula.
O projeto de Meirelles, porém, esbarra na resistência do PMDB, que prefere o nome do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP).
Segundo peemedebistas, Meirelles seria um vice de total responsabilidade de Lula, imposto não só ao partido como à própria ministra Dilma.
Se a articulação vingar, a cúpula do PMDB chega a colocar em risco a aliança do partido com Dilma. A ameaça, por enquanto, não é levada a sério dentro do governo Lula.
Apesar de parte da cúpula petista já aceitar Temer, Lula e assessores desejam postergar a definição. De preferência, até as convenções.
Lula aposta no crescimento de Dilma, aumentando o poder de barganha do governo, e crê que poderá argumentar que cedeu em boa parte dos contenciosos estaduais, como em Minas Gerais, onde tende a apoiar Hélio Costa para o governo.
O presidente chega a cogitar a hipótese de Meirelles deixar o BC sob o argumento de que disputará o Senado, ficando como alternativa para a vice.
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