DEU EM O GLOBO
O cancelamento de uma homenagem ao fundador do movimento sionista criou um mal-estar diplomático na visita do presidente Lula a Israel. A Chancelaria Israelense pediu explicação à embaixada.
Incidente diplomático na chegada
TEL AVIV. Nem bem desembarcou em Israel e o presidente brasileiro já se deparou com um mal-estar diplomático com os israelenses. Lula riscou do cronograma da visita de 36 horas ao país a realização de uma cerimônia em homenagem a Theodor Herzl, o jornalista austro-húngaro fundador do movimento sionista, que levou à criação do Estado de Israel. No evento, marcado para terça-feira, Lula depositaria uma coroa de flores no túmulo de Herzl.
Segundo a rádio israelense Arutz 7, o organizador do evento, Hagai Merom, chamou a decisão de Lula de "insulto" e afirmou que a visita ao local faz parte das "regras de cerimônia e amizade entre países".
A embaixadora Dorit Shavit, diretora-geral para América Latina do Ministério das Relações Exteriores, tentou diminuir a intensidade do incidente. Ela afirmou acreditar que Lula recusou visitar o túmulo porque não sabe quem é Herzl e não porque tenha algo contra o sionismo.
- Na minha avaliação, ele decidiu não ir porque não sabe a importância de Herzl para nós. Ainda temos esperança que ele mude idéia.
Shavit contou que a Chancelaria pediu explicações ao embaixador Pedro Motta Pinto Coelho, que tentou acalmar os israelenses. Fontes do Itamaraty informaram que a decisão foi tomada apenas porque a agenda estava lotada. Nesse mesmo dia, Lula vai ao Museu do Holocausto, almoçará com autoridades e viajará à Cisjordânia, para se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
- Depois do "piripaque" que ele teve em janeiro, estamos tentando dar mais tempo para ele descansar - disse um funcionário do Itamaraty.
Mas a recusa está sendo interpretada, por alguns, como sinal de que o presidente não simpatiza com o movimento que criou Israel. O sionismo é criticado principalmente por países árabes. (D.K.)
O cancelamento de uma homenagem ao fundador do movimento sionista criou um mal-estar diplomático na visita do presidente Lula a Israel. A Chancelaria Israelense pediu explicação à embaixada.
Incidente diplomático na chegada
TEL AVIV. Nem bem desembarcou em Israel e o presidente brasileiro já se deparou com um mal-estar diplomático com os israelenses. Lula riscou do cronograma da visita de 36 horas ao país a realização de uma cerimônia em homenagem a Theodor Herzl, o jornalista austro-húngaro fundador do movimento sionista, que levou à criação do Estado de Israel. No evento, marcado para terça-feira, Lula depositaria uma coroa de flores no túmulo de Herzl.
Segundo a rádio israelense Arutz 7, o organizador do evento, Hagai Merom, chamou a decisão de Lula de "insulto" e afirmou que a visita ao local faz parte das "regras de cerimônia e amizade entre países".
A embaixadora Dorit Shavit, diretora-geral para América Latina do Ministério das Relações Exteriores, tentou diminuir a intensidade do incidente. Ela afirmou acreditar que Lula recusou visitar o túmulo porque não sabe quem é Herzl e não porque tenha algo contra o sionismo.
- Na minha avaliação, ele decidiu não ir porque não sabe a importância de Herzl para nós. Ainda temos esperança que ele mude idéia.
Shavit contou que a Chancelaria pediu explicações ao embaixador Pedro Motta Pinto Coelho, que tentou acalmar os israelenses. Fontes do Itamaraty informaram que a decisão foi tomada apenas porque a agenda estava lotada. Nesse mesmo dia, Lula vai ao Museu do Holocausto, almoçará com autoridades e viajará à Cisjordânia, para se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
- Depois do "piripaque" que ele teve em janeiro, estamos tentando dar mais tempo para ele descansar - disse um funcionário do Itamaraty.
Mas a recusa está sendo interpretada, por alguns, como sinal de que o presidente não simpatiza com o movimento que criou Israel. O sionismo é criticado principalmente por países árabes. (D.K.)
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