DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Passados 15 dias do início efetivo da campanha (com todos os candidatos em campo), a avaliação consensual é a de que o PSDB conseguiu, até aqui, manter a candidata Dilma Rousseff em permanente atitude defensiva, explicando seus próprios erros e exibindo uma dependência quase física do presidente Lula. O rompimento de Ciro Gomes com Lula, acrescida de uma declaração de superioridade de José Serra, anteontem, levou o clima interno a seu ponto máximo de fervura.
Ciro desqualificou Dilma Rousseff e, ainda que seu estilo desbocado banalize a contundência, nesse caso há um ganho para José Serra que vai além do porcentual de votos que recebe do ex-candidato do PSB. O melhor atestado de legitimidade é aquele passado pelo adversário, porque vem impregnado de autenticidade.
Ao lado disso, constata-se que a estratégia do candidato tucano de reservar ao partido o papel do confronto com Lula, poupando-se para abordagens mais propositivas, tem dado certo. Lula tenta diariamente quebrar essa disciplina tucana, com provocações ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para impor caráter plebiscitário à campanha, mas até agora sem êxito.
O PT deposita na atuação de Lula, na fase pós-Copa do Mundo da campanha, as expectativas de reversão desse quadro, o que tem o efeito colateral de reforçar a imagem de fantoche que a oposição tenta colar em Dilma. Ainda é cedo para previsões, mas alguns governistas já temem que uma reação demorada crie uma tendência em favor de Serra.
Dilma e o MST
Por trás da súbita crítica da candidata Dilma Rousseff ao MST há pesquisas mostrando que parcela expressiva da população rejeita as invasões de terras. Uma dessas pesquisas, encomendada ao Ibope pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), indica que mais de 70% defendem a reforma agrária; 78% são contra as invasões; e 56% consideram que as invasões inviabilizam a reforma agrária. "Não é, portanto, uma profissão de fé na Lei, mas uma declaração técnica", diz a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (TO). "De qualquer forma, que seja bem-vinda ao clube da legalidade, ainda que tenha levado oito anos para se associar", ironiza.
Semeadores versus exterminadores
Passados 15 dias do início efetivo da campanha (com todos os candidatos em campo), a avaliação consensual é a de que o PSDB conseguiu, até aqui, manter a candidata Dilma Rousseff em permanente atitude defensiva, explicando seus próprios erros e exibindo uma dependência quase física do presidente Lula. O rompimento de Ciro Gomes com Lula, acrescida de uma declaração de superioridade de José Serra, anteontem, levou o clima interno a seu ponto máximo de fervura.
Ciro desqualificou Dilma Rousseff e, ainda que seu estilo desbocado banalize a contundência, nesse caso há um ganho para José Serra que vai além do porcentual de votos que recebe do ex-candidato do PSB. O melhor atestado de legitimidade é aquele passado pelo adversário, porque vem impregnado de autenticidade.
Ao lado disso, constata-se que a estratégia do candidato tucano de reservar ao partido o papel do confronto com Lula, poupando-se para abordagens mais propositivas, tem dado certo. Lula tenta diariamente quebrar essa disciplina tucana, com provocações ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para impor caráter plebiscitário à campanha, mas até agora sem êxito.
O PT deposita na atuação de Lula, na fase pós-Copa do Mundo da campanha, as expectativas de reversão desse quadro, o que tem o efeito colateral de reforçar a imagem de fantoche que a oposição tenta colar em Dilma. Ainda é cedo para previsões, mas alguns governistas já temem que uma reação demorada crie uma tendência em favor de Serra.
Dilma e o MST
Por trás da súbita crítica da candidata Dilma Rousseff ao MST há pesquisas mostrando que parcela expressiva da população rejeita as invasões de terras. Uma dessas pesquisas, encomendada ao Ibope pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), indica que mais de 70% defendem a reforma agrária; 78% são contra as invasões; e 56% consideram que as invasões inviabilizam a reforma agrária. "Não é, portanto, uma profissão de fé na Lei, mas uma declaração técnica", diz a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (TO). "De qualquer forma, que seja bem-vinda ao clube da legalidade, ainda que tenha levado oito anos para se associar", ironiza.
Semeadores versus exterminadores
"A parábola do divino semeador", enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel, em 2011, é uma das armas da CNA para enfrentar a campanha "Exterminadores do Futuro", com a qual os ambientalistas demonizam o agronegócio. O enredo custou R$ 3,4 milhões - R$ 1 milhão de indústrias ligadas ao campo; R$1,4 via Lei Rouanet, e o último milhão em venda de camisetas da escola pela instituição.
UNE e Serra
O PSDB prepara uma reação contundente contra a iniciativa da UNE de aprovar moção de repúdio a José Serra. Os tucanos vão lembrar que Serra presidia a UNE quando a ditadura militar se instalou no País e que correu riscos pessoais dos quais os atuais dirigentes da instituição estão preservados. Vão questionar ainda a legitimidade dos recursos superiores a R$ 40 milhões que estão nos cofres da entidade, e que se somam à indenização pela perda da sede no regime militar, de R$ 15 milhões. Haverá também uma cobrança da contabilidade desse dinheiro, que a própria entidade reconhece precária.
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