DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Enquanto a campanha de Dilma Rousseff tenta dar ordem à bagunça para não ter de desmentir e explicar, dia sim, outro também, os erros da candidata ou da sua assessoria -de internet, de imprensa ou política-, a semana deve ser ocupada pelas complexas posições externas brasileiras.
O nosso velho amigo Hugo Chávez vem a Brasília, e o nosso novo amigo Mahmoud Ahmadinejad recebe no Irã o chanceler Celso Amorim. A reunião de Lula ontem com a Caricom (Comunidade do Caribe, com 14 países) foi só refresco.
Chávez vem pedir socorro ao Brasil, pois está às voltas com racionamento de energia na Venezuela, quinto produtor mundial de petróleo. E Amorim vai oferecer socorro hoje a Ahmadinejad, depois de conversar em Brasília com o resto do Bric e do Ibas (Rússia, Índia, China e África do Sul) e de passar por Moscou e Istambul tratando do explosivo programa nuclear iraniano.
A intenção do chanceler é evitar uma catástrofe ou, no mínimo, um vexame diplomático na ida de Lula ao Irã em maio. Deixando de lado por ora a perseguição de minorias e de opositores políticos no país, o que o Brasil tenta é articular um grande lance internacional, com Ahmadinejad dando garantias de que seu programa nuclear é pacífico e os EUA e demais potências acreditando piamente nisso.
O iraniano estaria formalmente "cedendo", e os americanos, adiando a entrada em vigor de mais uma rodada de sanções ao Irã, dando ao Brasil a bela chance de posar como a potência emergente da paz, da negociação, da conciliação. Pronta, portanto, para assumir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e mudar o mundo.
Falta apenas combinar com os (muitos) adversários e fazer esse gol, ou seja, arrancar o acordo. Senão, o resultado final será que Lula quis dar passos maiores que as pernas, não chegou a lugar nenhum e ainda vestiu a camisa de aliado do Irã e da Venezuela. Além de Cuba...
BRASÍLIA - Enquanto a campanha de Dilma Rousseff tenta dar ordem à bagunça para não ter de desmentir e explicar, dia sim, outro também, os erros da candidata ou da sua assessoria -de internet, de imprensa ou política-, a semana deve ser ocupada pelas complexas posições externas brasileiras.
O nosso velho amigo Hugo Chávez vem a Brasília, e o nosso novo amigo Mahmoud Ahmadinejad recebe no Irã o chanceler Celso Amorim. A reunião de Lula ontem com a Caricom (Comunidade do Caribe, com 14 países) foi só refresco.
Chávez vem pedir socorro ao Brasil, pois está às voltas com racionamento de energia na Venezuela, quinto produtor mundial de petróleo. E Amorim vai oferecer socorro hoje a Ahmadinejad, depois de conversar em Brasília com o resto do Bric e do Ibas (Rússia, Índia, China e África do Sul) e de passar por Moscou e Istambul tratando do explosivo programa nuclear iraniano.
A intenção do chanceler é evitar uma catástrofe ou, no mínimo, um vexame diplomático na ida de Lula ao Irã em maio. Deixando de lado por ora a perseguição de minorias e de opositores políticos no país, o que o Brasil tenta é articular um grande lance internacional, com Ahmadinejad dando garantias de que seu programa nuclear é pacífico e os EUA e demais potências acreditando piamente nisso.
O iraniano estaria formalmente "cedendo", e os americanos, adiando a entrada em vigor de mais uma rodada de sanções ao Irã, dando ao Brasil a bela chance de posar como a potência emergente da paz, da negociação, da conciliação. Pronta, portanto, para assumir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e mudar o mundo.
Falta apenas combinar com os (muitos) adversários e fazer esse gol, ou seja, arrancar o acordo. Senão, o resultado final será que Lula quis dar passos maiores que as pernas, não chegou a lugar nenhum e ainda vestiu a camisa de aliado do Irã e da Venezuela. Além de Cuba...
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