DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
O fato de o anúncio do vice na chapa de José Serra, o senador Álvaro Dias, ter vazado, em vez de ter sido anunciado, resume o ambiente de campanha do PSDB: confuso e desarticulado.
A escolha - provisória ou definitiva, não se sabe - não foi de Serra, mas do partido, sem consulta aos aliados, num gesto mais na linha de um clube de notáveis que de um partido.
O problema é que restou um único notável a bordo: o próprio Serra. Aécio Neves internou-se em Minas e Fernando Henrique, rejeitado como um patinho feio, foi cuidar da própria vida.
A campanha centrou-se no candidato; a estrutura é precária, cada um é porta-voz de si mesmo. Nesse contexto, o principal aliado, o DEM, soube pelo Twitter de Roberto Jefferson, do PTB, que havia sido preterido por uma chapa puro-sangue, com Dias no lugar de Aécio.
Serra já decidira que, sem Aécio, o melhor seria um vice figurativo, o que o levou a nomes inexpressivos, desconsiderando o acordo de que, naquela hipótese, a vaga seria do DEM, humilhando o aliado, que percebeu o desconforto ideológico que causava.
O Twitter de Jefferson uniu o DEM. E as próximas horas definirão o destino da aliança: se efetiva ou burocrática, limitada a acordos regionais sem envolvimento da militância.
A declaração de Dias, de que desiste para pacificar, e o gesto de Pilatos de Serra, dizendo-se alheio à decisão, indicam que tudo pode voltar à estaca zero.
Guerra versus Jarbas
As coisas não vão bem entre o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o senador Jarbas Vasconcelos, palanque de Serra em Pernambuco. Segundo interlocutores de ambos, eles não conversam há mais de dois meses. Uma das razões é que o PSDB não quer indicar a segunda vaga ao Senado (a primeira é do DEM, Marco Maciel). Guerra está irritado com a influência do DEM na campanha, através da boa relação entre Jarbas e o presidente do partido no Estado, Mendonça Filho.
Pesquisa inclui Álvaro Dias
Para complicar mais um pouco a crise com o DEM, o próximo Datafolha já vem com Álvaro Dias como vice de Serra. O instituto protocolou sexta-feira no TSE a pesquisa, cujo resultado deve sair no próximo fim de semana. Na rede Twitter, o veneno ontem era de que o Datafolha soube antes do DEM que o vice seria Álvaro Dias.
A novidade é que o questionário apresentado pelo instituto inclui perguntas sobre o candidato a vice-presidente. Numa delas, o eleitor é questionado se sabe quem é o vice e se ele influencia o voto no candidato. Amadorismo
Desabafo de um senador tucano, antes do vazamento do nome de Dias para vice de Serra. "A campanha está mambembe, tudo é improvisado, há amigos fazendo tarefas por favor, no lugar de profissionais contratados". Um exemplo, segundo ele, é a agenda do candidato, cuja definição depende da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). Reclamou também da concentração das decisões e das informações, e que jamais recebeu um briefing da campanha, que deveria ser diário.
Dilma em Minas
Enquanto o PSDB exibe desorganização, o presidente Lula e sua candidata, Dilma Rousseff, preparam um desembarque glorioso na convenção do PMDB, em Belo Horizonte, na próxima quarta-feira, para lançar a candidatura de Hélio Costa ao governo, com Patrus Ananias de vice. À frente de uma caravana do PMDB, Michel Temer, vice de Dilma.
O fato de o anúncio do vice na chapa de José Serra, o senador Álvaro Dias, ter vazado, em vez de ter sido anunciado, resume o ambiente de campanha do PSDB: confuso e desarticulado.
A escolha - provisória ou definitiva, não se sabe - não foi de Serra, mas do partido, sem consulta aos aliados, num gesto mais na linha de um clube de notáveis que de um partido.
O problema é que restou um único notável a bordo: o próprio Serra. Aécio Neves internou-se em Minas e Fernando Henrique, rejeitado como um patinho feio, foi cuidar da própria vida.
A campanha centrou-se no candidato; a estrutura é precária, cada um é porta-voz de si mesmo. Nesse contexto, o principal aliado, o DEM, soube pelo Twitter de Roberto Jefferson, do PTB, que havia sido preterido por uma chapa puro-sangue, com Dias no lugar de Aécio.
Serra já decidira que, sem Aécio, o melhor seria um vice figurativo, o que o levou a nomes inexpressivos, desconsiderando o acordo de que, naquela hipótese, a vaga seria do DEM, humilhando o aliado, que percebeu o desconforto ideológico que causava.
O Twitter de Jefferson uniu o DEM. E as próximas horas definirão o destino da aliança: se efetiva ou burocrática, limitada a acordos regionais sem envolvimento da militância.
A declaração de Dias, de que desiste para pacificar, e o gesto de Pilatos de Serra, dizendo-se alheio à decisão, indicam que tudo pode voltar à estaca zero.
Guerra versus Jarbas
As coisas não vão bem entre o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o senador Jarbas Vasconcelos, palanque de Serra em Pernambuco. Segundo interlocutores de ambos, eles não conversam há mais de dois meses. Uma das razões é que o PSDB não quer indicar a segunda vaga ao Senado (a primeira é do DEM, Marco Maciel). Guerra está irritado com a influência do DEM na campanha, através da boa relação entre Jarbas e o presidente do partido no Estado, Mendonça Filho.
Pesquisa inclui Álvaro Dias
Para complicar mais um pouco a crise com o DEM, o próximo Datafolha já vem com Álvaro Dias como vice de Serra. O instituto protocolou sexta-feira no TSE a pesquisa, cujo resultado deve sair no próximo fim de semana. Na rede Twitter, o veneno ontem era de que o Datafolha soube antes do DEM que o vice seria Álvaro Dias.
A novidade é que o questionário apresentado pelo instituto inclui perguntas sobre o candidato a vice-presidente. Numa delas, o eleitor é questionado se sabe quem é o vice e se ele influencia o voto no candidato. Amadorismo
Desabafo de um senador tucano, antes do vazamento do nome de Dias para vice de Serra. "A campanha está mambembe, tudo é improvisado, há amigos fazendo tarefas por favor, no lugar de profissionais contratados". Um exemplo, segundo ele, é a agenda do candidato, cuja definição depende da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). Reclamou também da concentração das decisões e das informações, e que jamais recebeu um briefing da campanha, que deveria ser diário.
Dilma em Minas
Enquanto o PSDB exibe desorganização, o presidente Lula e sua candidata, Dilma Rousseff, preparam um desembarque glorioso na convenção do PMDB, em Belo Horizonte, na próxima quarta-feira, para lançar a candidatura de Hélio Costa ao governo, com Patrus Ananias de vice. À frente de uma caravana do PMDB, Michel Temer, vice de Dilma.
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