“ Uma vez que a Força Sindical e a CUT foram adversários históricos, é óbvio que a aproximação entre elas não tem nada de programático ou ideológico. Essa afirmação vale para as outras centrais que eram rivais da CUT. É visível o esforço de seus dirigentes - alguns que já estiveram próximos do PSDB - para se legitimarem perante o PT e serem bem-aceitos pelos cutistas. A forte distribuição proporcional de recursos para todas elas e a ideia da recriação da Conclat fazem pensar num amplo movimento, que poderia ir mais além da 'simples' eleição da Dilma e que terminaria na formação de uma só entidade sindical gigante. Lula, já fora da Presidência da República, seria o grande chefe, mais poderoso do que nunca, capaz de cortar qualquer pretensão de independência que sua candidata possa imaginar que teria, caso seja eleita. Seria uma espécie de Perón vindo das classes baixas. “
(Leôncio Martins Rodrigues, em O Estado de S. Paulo, 2 de junho de 2010)
Um comentário:
Muito próprio o texto do prof. Leôncio. Aproveito para lembrar, que quando do debate de legalização das centrais, tomava forma o debate do terceiro mandato. E aqui de Brasília eu chamava a atenção que as centrais(legalizadas) cumpririam papel definitivo naquele debate.
Embora a pressão por parte da sociedade política e civil, eles recuaram, nas não desitiram de encontar um lugar para o Lula, já se por acaso a Dilma ganhar, ele poderá se candidatar a papa porque a política mudará de referência, para o bem e para o mal.
Amauri
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