DEU EM O GLOBO
Com frases de efeito, Lula procura minimizar denúncias
“Cadê esse tal de sigilo que não apareceu até agora? Cadê o vazamento das informações?”. Em tom irônico, as perguntas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o escândalo na Receita Federal coincidem com outras declarações polêmicas que tentaram minimizar momentos de crise enfrentados pelo governo. No ano de 2005, as denúncias de compras de votos no Congresso Nacional resultaram no caso do mensalão.
Após seis meses permeados por denúncias envolvendo integrantes do governo e da cúpula do PT, o presidente pôs em dúvida a existência da crise.
- Eu tenho certeza que não teve mensalão. Isso me cheira a folclore no Congresso - disse Lula, em entrevista ao programa Roda Viva, na TV Cultura.
No início da discussão sobre o mensalão, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, admitiu ter usado dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral para financiar campanhas. Ao comentar o episódio, numa entrevista exibida pela Rede Globo, Lula minimizou a gravidade do uso de caixa dois promovido dentro do partido:
- O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente.
Na eleição de 2006, em São Paulo, quando pessoas foram flagradas, entre eles petista, com R$1,7 milhão, dinheiro de origem desconhecida para comprar documentos falsos contra tucanos, o presidente Lula declarou:
- Se um bando de aloprados resolve comprar um dossiê, é porque alguém vendeu.
Em outra ocasião, Lula defendeu Severino Cavalcanti (PP), ex-presidente da Câmara dos Deputados.
- O Severino, que foi presidente da Câmara, foi eleito presidente porque a nossa oposição queria derrotar o governo, achando que o Severino iria ser contra o governo. Pois bem, elegeram o Severino.
Não levou muito tempo, eles perceberam que o Severino não era oposição ao governo e trataram de derrubá-lo - disse Lula, num discurso em Pernambuco, com Severino na plateia, em 2008.
Severino renunciou à presidência da Câmara para evitar a cassação de seu mandato, no episódio conhecido como mensalinho. Ele foi acusado de cobrar propina de um empresário para manter a concessão do restaurante do Parlamento.
Lula também defendeu o senador Renan Calheiros (PMDB), que renunciou à presidência do Senado em dezembro de 2007, ameaçado por quebra de decoro parlamentar sob acusação de usar laranjas na compra de duas rádios e um jornal.
Lula desqualificou os adversários de Renan dizendo que eles não tinham “moral” para criticar.
Em 2009, o então presidente do Senado, José Sarney (PMDB), acabou denunciado pela nomeação de parentes e aliados por meio de atos secretos.
Mais uma vez, o presidente da República contestou as evidências apresentadas, e Lula disse:
- O Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum.
Com frases de efeito, Lula procura minimizar denúncias
“Cadê esse tal de sigilo que não apareceu até agora? Cadê o vazamento das informações?”. Em tom irônico, as perguntas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o escândalo na Receita Federal coincidem com outras declarações polêmicas que tentaram minimizar momentos de crise enfrentados pelo governo. No ano de 2005, as denúncias de compras de votos no Congresso Nacional resultaram no caso do mensalão.
Após seis meses permeados por denúncias envolvendo integrantes do governo e da cúpula do PT, o presidente pôs em dúvida a existência da crise.
- Eu tenho certeza que não teve mensalão. Isso me cheira a folclore no Congresso - disse Lula, em entrevista ao programa Roda Viva, na TV Cultura.
No início da discussão sobre o mensalão, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, admitiu ter usado dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral para financiar campanhas. Ao comentar o episódio, numa entrevista exibida pela Rede Globo, Lula minimizou a gravidade do uso de caixa dois promovido dentro do partido:
- O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente.
Na eleição de 2006, em São Paulo, quando pessoas foram flagradas, entre eles petista, com R$1,7 milhão, dinheiro de origem desconhecida para comprar documentos falsos contra tucanos, o presidente Lula declarou:
- Se um bando de aloprados resolve comprar um dossiê, é porque alguém vendeu.
Em outra ocasião, Lula defendeu Severino Cavalcanti (PP), ex-presidente da Câmara dos Deputados.
- O Severino, que foi presidente da Câmara, foi eleito presidente porque a nossa oposição queria derrotar o governo, achando que o Severino iria ser contra o governo. Pois bem, elegeram o Severino.
Não levou muito tempo, eles perceberam que o Severino não era oposição ao governo e trataram de derrubá-lo - disse Lula, num discurso em Pernambuco, com Severino na plateia, em 2008.
Severino renunciou à presidência da Câmara para evitar a cassação de seu mandato, no episódio conhecido como mensalinho. Ele foi acusado de cobrar propina de um empresário para manter a concessão do restaurante do Parlamento.
Lula também defendeu o senador Renan Calheiros (PMDB), que renunciou à presidência do Senado em dezembro de 2007, ameaçado por quebra de decoro parlamentar sob acusação de usar laranjas na compra de duas rádios e um jornal.
Lula desqualificou os adversários de Renan dizendo que eles não tinham “moral” para criticar.
Em 2009, o então presidente do Senado, José Sarney (PMDB), acabou denunciado pela nomeação de parentes e aliados por meio de atos secretos.
Mais uma vez, o presidente da República contestou as evidências apresentadas, e Lula disse:
- O Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum.
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