DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Fernanda Odilla e Leonardo Souza
Fernanda Odilla e Leonardo Souza
DE BRASÍLIA - A Receita Federal demorou 40 dias para começar a investigar se há elo entre os acessos a dados cadastrais do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge em Minas e a quebra de sigilo dele e de outras quatro pessoas ligadas ao PSDB em Mauá e Santo André.
A Folha teve acesso a documento com data de segunda-feira no qual o grupo da corregedoria responsável pela investigação diz que "aguardava o momento oportuno, no decorrer dos trabalhos [...], para verificar possíveis vínculos, ou não, aos acessos realizados em Mauá".
No mesmo ofício, são citados dez acessos a informações básicas de EJ feitos pelo servidor da Receita em Formiga (MG) Gilberto Amarante, filiado ao PT.A lista dos 22 acessos aos dados cadastrais do tucano, entre eles os de responsabilidade de Amarante, foi enviada à corregedoria em 27 de julho.
Diferentemente das consultas realizadas na agência de Mauá, em que foram violados dados fiscais, esses 22 acessos se resumem a informações como endereço, telefone e CPF de Eduardo Jorge.
Doze acessos ocorreram em outros órgãos, como Ministério Público, Banco Central e Polícia Federal, mas sem relevância, segundo a corregedoria.
"Em razão de notícia prematura, dos respectivos acessos veiculados na mídia, [a comissão de inquérito] vem propor encaminhamento de representação", diz ata que faz parte da sindicância da corregedoria da Receita.
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