DEU EM O GLOBO
Pressionado, Rodrigo Maia, presidente do partido, marca votação para março; Kassab terá que adiar ida para o PMDB
Isabel Braga
BRASÍLIA. Sob intensa pressão de setores de seu partido para encurtar seu mandato como presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) antecipou-se e marcou para 15 de março do próximo ano a eleição para a escolha de uma nova executiva nacional. A solução surpreendeu os adversários no partido, mas não resolve a divisão interna, já que a medida desencadeia uma disputa pelo novo comando. Uma das consequências da decisão foi retardar a saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que apostava na quebra de uma regra partidária para deixar a legenda e ingressar no PMDB, levando oito ou dez deputados.
Para deixar a legenda, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o mandato é do partido e não do candidato eleito, só uma razão capaz de justificar a saída impede a perda do mandato.
O mandato de Rodrigo acaba em dezembro de 2011. Um grupo do DEM, liderado pelo ex-senador Jorge Bornhausen (SC), pressionava pela saída dele do cargo, defendendo a antecipação das convenções partidárias (municipais, estaduais e nacional ) até maio. Maia afirmou que, a princípio, não será candidato à sua sucessão.
- Eu não poderia ser responsável pela implosão deste partido nem pela decisão dos filiados de deixar o partido - disse Rodrigo.
Agripino Maia pode assumir mandato tampão
Um dos nomes citados pelos parlamentares do DEM para assumir o comando do mandato tampão da executiva provisória é o do senador José Agripino Maia (RN), que elogiou a decisão de Rodrigo:
- O presidente abriu parte de seu mandato em nome da unidade do partido. Não desejo (a presidência), mas a vida inteira nunca rejeitei missão partidária. Mas não entrarei em disputa.
Ontem, Rodrigo disse que a forma como o candidato do PSDB, José Serra, conduziu sua campanha foi "desastrosa e não agregou nada à oposição". Para ele, Serra fez uma campanha solitária e individualista, ouvindo apenas seu marqueteiro. Apesar das críticas, Rodrigo disse que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), foi correto com o DEM:
- O presidente Sérgio Guerra foi irrepreensível no que combinou conosco. Tudo o que estava ao alcance do Guerra, ele fez. Não posso dizer o mesmo do candidato Serra - atacou Maia.
Pressionado, Rodrigo Maia, presidente do partido, marca votação para março; Kassab terá que adiar ida para o PMDB
Isabel Braga
BRASÍLIA. Sob intensa pressão de setores de seu partido para encurtar seu mandato como presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) antecipou-se e marcou para 15 de março do próximo ano a eleição para a escolha de uma nova executiva nacional. A solução surpreendeu os adversários no partido, mas não resolve a divisão interna, já que a medida desencadeia uma disputa pelo novo comando. Uma das consequências da decisão foi retardar a saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que apostava na quebra de uma regra partidária para deixar a legenda e ingressar no PMDB, levando oito ou dez deputados.
Para deixar a legenda, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o mandato é do partido e não do candidato eleito, só uma razão capaz de justificar a saída impede a perda do mandato.
O mandato de Rodrigo acaba em dezembro de 2011. Um grupo do DEM, liderado pelo ex-senador Jorge Bornhausen (SC), pressionava pela saída dele do cargo, defendendo a antecipação das convenções partidárias (municipais, estaduais e nacional ) até maio. Maia afirmou que, a princípio, não será candidato à sua sucessão.
- Eu não poderia ser responsável pela implosão deste partido nem pela decisão dos filiados de deixar o partido - disse Rodrigo.
Agripino Maia pode assumir mandato tampão
Um dos nomes citados pelos parlamentares do DEM para assumir o comando do mandato tampão da executiva provisória é o do senador José Agripino Maia (RN), que elogiou a decisão de Rodrigo:
- O presidente abriu parte de seu mandato em nome da unidade do partido. Não desejo (a presidência), mas a vida inteira nunca rejeitei missão partidária. Mas não entrarei em disputa.
Ontem, Rodrigo disse que a forma como o candidato do PSDB, José Serra, conduziu sua campanha foi "desastrosa e não agregou nada à oposição". Para ele, Serra fez uma campanha solitária e individualista, ouvindo apenas seu marqueteiro. Apesar das críticas, Rodrigo disse que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), foi correto com o DEM:
- O presidente Sérgio Guerra foi irrepreensível no que combinou conosco. Tudo o que estava ao alcance do Guerra, ele fez. Não posso dizer o mesmo do candidato Serra - atacou Maia.
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