DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
PMDB boicota PT, e Dilma aciona cúpula do partido
Por conta de disputa no segundo escalão, líderes peemedebistas não compareceram às posses de petistas, e José Sarney comandará reunião
Christiane Samarco, João Domingos e Marcelo de Moraes
Ante a revolta do PMDB por conta da disputa com o PT pelos cargos importantes do segundo escalão do governo federal, a presidente Dilma Rousseff decidiu acionar o presidente do Senado, José Sarney (AP), para tentar conter a rebelião no partido aliado. A revolta é tão grande que o PMDB boicotou ontem as cerimônias de transmissão de cargo dos ministros petistas.
Convocado por Dilma na emergência da disputa, Sarney marcou para hoje uma reunião em sua casa, a partir das 11 horas, com o vice-presidente da República, Michel Temer, os líderes na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO), e líderes como o senador eleito Eunício de Oliveira (CE) e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ).
Conselho. A disputa partidária foi discutida ontem na primeira reunião do Conselho Político no Planalto, convocada por Dilma. Em duas horas e meia de conversa, a presidente cobrou maior diálogo entre os partidos e priorizaram a questão econômica como principal tema de governo. Foi marcada para o dia 14 a primeira reunião ministerial. Ao final da reunião, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, minimizou a crise. "Com toda sinceridade, não estamos vendo o que alguns órgãos estão noticiando de crise. A relação com o PMDB está muito boa."
Da parte do governo, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, está prometendo aos peemedebistas que, apesar da perda de cargos importantes, eles serão recompensados com outros de orçamentos semelhantes. O PT tomou do PMDB a Secretaria de Atenção à Saúde (orçamento de R$ 45 bilhões), os Correios (R$ 12 bilhões) e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa, orçamento de R$ 5 bilhões).
"Tudo se resolverá no seu tempo e à sua maneira", disse Michel Temer a respeito da indignação do PMDB. "Vai depender de conversações, reuniões e postulações", afirmou ele, que ontem teve um encontro com Palocci. Temer tem procurado demonstrar que estará ao lado de Dilma, mas que não abandonará o seu partido. Tanto é que, em vez de renunciar à presidência do PMDB, ele apenas se licenciou do cargo por quatro meses. A direção do PMDB estabeleceu prazo de 48 horas para que se restabeleça o diálogo com o PT.
O primeiro recado claro do PMDB ontem foi para Alexandre Padilha, que assumiu a Saúde ignorado por peemedebistas. Padilha foi apontado como mentor do corte de cargos do partido no segundo escalão. O outro recado foi para Luiz Sérgio, que será o responsável pela interlocução com o Congresso e liberação de emendas orçamentárias. Na solenidade de posse de Luiz Sérgio, só dois peemedebistas desavisados apareceram: Sérgio Machado, presidente da Transpetro, e o deputado Geraldo Rezende (MS), que não é da cúpula.
PMDB boicota PT, e Dilma aciona cúpula do partido
Por conta de disputa no segundo escalão, líderes peemedebistas não compareceram às posses de petistas, e José Sarney comandará reunião
Christiane Samarco, João Domingos e Marcelo de Moraes
Ante a revolta do PMDB por conta da disputa com o PT pelos cargos importantes do segundo escalão do governo federal, a presidente Dilma Rousseff decidiu acionar o presidente do Senado, José Sarney (AP), para tentar conter a rebelião no partido aliado. A revolta é tão grande que o PMDB boicotou ontem as cerimônias de transmissão de cargo dos ministros petistas.
Convocado por Dilma na emergência da disputa, Sarney marcou para hoje uma reunião em sua casa, a partir das 11 horas, com o vice-presidente da República, Michel Temer, os líderes na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO), e líderes como o senador eleito Eunício de Oliveira (CE) e o deputado federal Eduardo Cunha (RJ).
Conselho. A disputa partidária foi discutida ontem na primeira reunião do Conselho Político no Planalto, convocada por Dilma. Em duas horas e meia de conversa, a presidente cobrou maior diálogo entre os partidos e priorizaram a questão econômica como principal tema de governo. Foi marcada para o dia 14 a primeira reunião ministerial. Ao final da reunião, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, minimizou a crise. "Com toda sinceridade, não estamos vendo o que alguns órgãos estão noticiando de crise. A relação com o PMDB está muito boa."
Da parte do governo, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, está prometendo aos peemedebistas que, apesar da perda de cargos importantes, eles serão recompensados com outros de orçamentos semelhantes. O PT tomou do PMDB a Secretaria de Atenção à Saúde (orçamento de R$ 45 bilhões), os Correios (R$ 12 bilhões) e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa, orçamento de R$ 5 bilhões).
"Tudo se resolverá no seu tempo e à sua maneira", disse Michel Temer a respeito da indignação do PMDB. "Vai depender de conversações, reuniões e postulações", afirmou ele, que ontem teve um encontro com Palocci. Temer tem procurado demonstrar que estará ao lado de Dilma, mas que não abandonará o seu partido. Tanto é que, em vez de renunciar à presidência do PMDB, ele apenas se licenciou do cargo por quatro meses. A direção do PMDB estabeleceu prazo de 48 horas para que se restabeleça o diálogo com o PT.
O primeiro recado claro do PMDB ontem foi para Alexandre Padilha, que assumiu a Saúde ignorado por peemedebistas. Padilha foi apontado como mentor do corte de cargos do partido no segundo escalão. O outro recado foi para Luiz Sérgio, que será o responsável pela interlocução com o Congresso e liberação de emendas orçamentárias. Na solenidade de posse de Luiz Sérgio, só dois peemedebistas desavisados apareceram: Sérgio Machado, presidente da Transpetro, e o deputado Geraldo Rezende (MS), que não é da cúpula.
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